quinta-feira, 14 de abril de 2011

"DONA MAZÉ" : DUAS DATAS DE ANIVERSÁRIO...

Éramos seis, os filhos da "Dona Mazé"... Meu pai, parentes e amigos, a chamavam sem o "Dona", este era usado pelos
de mais cerimônia, no costume de antigamente...
No registro do Cartório João de Deus, uns dos mais antigos de
Fortaleza, está apenas Maria José. Seus pais eram: João Batista
Bezerra de Menezes e Maria Carolina Bezerra de Menezes. Sua
mãe, era sobrinha de seu pai. Depois de crescida, ela passou

Encarte do CD, na voz da cantora/compositora Márcia Paiva,
neta da "Dona Mazé", constando 7 das canções prediletas da
homenageada, cujo 1º Centenário de nascimento ocorreu no dia
13 de abril de 2008, em Fortaleza-CE.




a registrar o  seu nome como Maria José Soares Bezerra de Menezes. Ao casar-se com meu pai, José Joaquim de Olveira Paiva, excluiu o Soares e o Menezes, acrescentando o Paiva.

Mamãe nos contava que nascera no dia 13 de abril de 1908.
Porém, seu pai acreditava que o úmero 13 não trazia sorte e
registrou-a como tendo nascido a 14.Tendo seu pai falecido
 quando ela tinha um ano e meio, ao chegar à idade da
"razão" , não sendo supersticiosa, passou a comemorar, o seu
aniversário, sempre no dia 13 de abril.

Na data do centenário de nascimento de "Dona Mazé", a famíla,
reunida,  comemorou em festa de intensa alegria. Mesmo que sua
boníssima alma já tivesse voado, como um lindo passarinho, em 1981. O lugar escolhido, foi o "salão de festas" do Solar do Benfica, onde moro. O programa foi simples: música ao vivo, na voz de sua neta Márcia Paiva, incluindo no repertório as "canções
prediletas da Dona Mazé"; um telão projetando fotos de momentos
de sua vida em famíla : "comes e bebes"; bolo com 100 velinhas;
distribuição do CD. Tudo bem planejado e cheio de amor...

CD - fora da capa - constando sete canções, das que mamãe mais
gostava de cantar em casa:  na cozinha, na sala,no banheiro....


Ao final, todos entoaram o tradicional "parabéns pra você", seguido de um, uníssono, "nós te amamos ,Vovó Mazé", gritado
pelos netos.

Hoje, é a data do aniversário "oficial" da minha mãe. A data que
ela nunca considerou: 14 de abril. Ontem, é que era o dia mais apropriado para esta postagem: 13 de abril. Este, era o dia  que ela considerou, até a sua alma voar, como um passarinho,em 05 de
julho de 1981.
Entanto, homenageei, ontem, minha terra mãe, Fortaleza, que completa anos, coincidentemente, no mesmo dia que a minha mãe
genética, "Dona Mazé".

Para justificar, minha filial atitude, uma mentirinha "piedosa":

- "Procedi assim, mamãe querida, para agradar, ao menos uma vez ,

Encarte, da contra-capa do CD, constando o nome das 7 canções
prediletas de "Dona Mazé"  e uma foto sua, 1 ano antes de sua
alma virar " passarinho "e voar...

ao vovô, que se foi tão cedo e não pode acompanhar o seu desenvolvimento físico e psicológico"...


Fico a me perguntar: será, que a minha mãe teria sido influenciada pelo pai, quanto ao nº 13, se a "viagem"  dele tivesse
ocorrido muitos anos depois???




Palavra empenhada:...........eu volto, um abraço!,

12 comentários:

  1. Bom dia, interessante e gostei, lembrou minha Tia Dina que esta com 93 anos e muito lucida, nao quer ninguem morando com ela ou fazendo as coisa por ela...saudades...Bjin e fique com DEUS!

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  2. Obrigada, Simone, acabei de retornar
    do seu blog e recordei Érico Veríssimo,
    no "Olhai os Lírios do Campo".
    Beijos!

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  3. Amiga, que post maravilhoso!
    Nossa, suas memórias nos
    levam numa viagem rumo ao
    passado, eu amo!!!

    Beijos

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  4. Querida Leila,vc anda escrevendo tanto
    no seu (ops!), na sua Fortaleza Nobre
    que fica com pouco tempo para visitar
    esta humilde (nem tanto rsrs) Cadeirinha...
    Que bom, q gostou!
    Amo o presente mas muito mais o passado!
    Beijos

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  5. Lucinha
    Que linda festa fizeram a Dona Mazé! Quisemos fazer mais ou menos o mesmo no dia dos 100 anos de meu pai, falecido há 10 anos mas, meu irmão estava no hospital muito doente e, nada foi feito. A minha mãe adorava músiquinhas brasileiras, devia conhecer algumas das de Dona Mazé.
    Amor insubstituivel, o das mães. Vem sempre à cabeça da gente, tanto nos bons, como nos maus momentos.
    Vou voltar sempre. Ando com muito trabalho mas, vou voltar breve.
    Beijos
    Maria

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  6. Maria,
    estou feliz por você ter vindo, já sinto a
    sua falta. Gosto muito do Alcatruz de Roda,
    nossas ideias se assemelhem. Em 1995, havíamos
    festejado os 100 do nosso pai. É bom manter a famíla unida, fazendo esses encontros para conservar a memória do importante que se foi.
    Vou postar as letras das 7 canções, continuando a minha homenagem à Dona Mazé...
    Beijos
    Lucia

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  7. Pois é, querida amiga, mas mesmo quando não comento, sempre estou lendo suas memórias maravilhosas!

    Beijinhos e bom domingo!

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  8. Só hoje, vi esse comentário,Leila.
    Obrigada, pela visita...
    Beijo

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  9. Vi o seu comentário no "Travessa do Ferreira" e não resisti a espreitar.
    Gostei, sobretudo, da forma linda como lida com os seus afectos. Vê-se que está de bem com a vida.

    Bj

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  10. A vida é linda, AC (vou descobrir, o A e o C)!
    Aqui, o 'seu' afecto, é sem o c, mas tem o mesmo significado.
    Pois, lido bem, mesmo, com o dito cujo..rsrs.
    Obrigada,pela espreita e entrada, na Cadeirinaha.
    Beijo

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  11. Amiga,passei para lhe desejar uma Páscoa bem feliz,mas,não resisti e fui "fuçar" nos escritos.
    Como disse, estou adorando tudo e, mesmo q/ n/ tenha tempo p/ comentários,venho sempre aqui. bjs

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  12. É sempre um grande prazer a sua visita.
    Entendo as ausências, o dia é pequeno para
    tantos afazeres.
    Obrigada
    Tenha uma Santa Páscoa
    Beijos,Miriamiga

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