O poeta da abolição
J. Paiva
A bela Fortaleza d'outrora....
.....que tinha, até, em pleno centro da cidade, um cajueiro "botador"...
....mágicos jardins, igrejas, cata-ventos, chafarizes, coretos....
....e que, da beira- mar, se avistava o longe...a se perder no horizonte...
Com a seca de 1877, "teve uma indigestão de peste e de pobreza"..
....e que, da beira- mar, se avistava o longe...a se perder no horizonte...
Com a seca de 1877, "teve uma indigestão de peste e de pobreza"..
Não muito distante, em Messejana, muitos iam refazer suas forças...
(Imagens do google e arquivo nirez).
"Pormenor do mapa da costa do Ceará de 1629 (Albanez), no qual
se destaca a área de Mesejana" (aldeia dos índios Potyguaras).
Etmologicamente o toponímio Messejana originou-se do árabe masjana,
que significa prisão ou cárcere. O nome não tem origem indígena, como
muitos pensam, pois foi inspirado no nome da já existente vila de Messejana,
no conselho de Aljustrel, em Portugal. (Fonte: Wikipédia)
Em 1883, isto é, no mesmo ano em que para cá regressara, publicou o conto "Zabelinha ou a Tacha Maldita". Era o homem original em tudo, que intitulou seu curto prefácio com um estranho "Escutem...", e terminou com um "Até outra", como se tudo lhe fosse impulso do coração, aguilhoado em luta ingente pelo ideal, assim como, oito anos mais tarde, teria que começar o romance "Dona Guidinha do Poço" com um desabusado "De primeiro..." acompanhando a ignorância tão somente livresca do nosso povo, que ele tanto amava quando modelou seus tipos com o barro que bem conhecia...
"Isabel era um poema escrito em papel de embrulho", que viera, pertencendo à nobreza do sertão, quando
"Outrora esta cidade, a bela Fortaleza,
Teve uma indigestão de peste e de pobreza:
Os lindos arrebaldes eram campo enorme
Coberto de barracas de homens semi-nús."
Parece-nos, afora a peste, que a "loura desposada do sol" não mudou muito de 1877 para 1951, a seca do ano passado, até mesmo 1952. Dona Mariana, sua enfatuada avó que se dizia: "sou pobre e miserável, mas hei de honrar os meus", queria que ela casasse com o Chiquinho, pobre libertino, filho de Dona Marciana, "de olhos encovados pela vigília, olhar cínico, faces pardacentas", que disto tudo "ia se refazer em Messejana" pois era sabido
"Que fôra para a Europa, inda menino,
Aprender a riscar na pedra o giz
Nas grandes faculdades de Pariz.
Aprendera, porém uma outra cousa
Que costuma levar o moço à lousa
Não deixa de saber engenharias
Quem conhece o champagne
Muito embóra o que ganhe
Ponha a juro no jôgo e nas orgias"
Acontece que Dona Marciana, mãe do indesejável tipo, era a madrinha de Izabel, neta da aristocrática Dona Mariana; mas João, um marceneiro que,
" Filho da raça cruzada
De branco, negro e tupi,
Tinha a pele bronzeada,
Não era filho daqui",
pretendia a mão de Izabel, que ao seu amor correspondia. Numa palestra que, pela convivência em casa da madrinha, tem com o esquálido e corroido Chiquinho, a um atrevimento deste, joga-o ao chão com rija bofetada, como se fora uma múmia. Com o tempo faz o casamento, e só depois é que souberam que o "mulato João, marido de Izabel...fugiu do cativeiro", o que a altiva avó considerava pior cousa que matar roubar e ferir...Mas,
"Ao homem forte, ao rijo coração,
As cousas tendem incessantemente,
Obedecendo a um centro de atração.
Assim,o pardo João vive contente:
Ele e Iza, um ser só, um coração,
Mas - sustentando a velha - finalmete."
Por J. Paiva
...continua...
"Isabel era um poema escrito em papel de embrulho", que viera, pertencendo à nobreza do sertão, quando
"Outrora esta cidade, a bela Fortaleza,
Teve uma indigestão de peste e de pobreza:
Os lindos arrebaldes eram campo enorme
Coberto de barracas de homens semi-nús."
Parece-nos, afora a peste, que a "loura desposada do sol" não mudou muito de 1877 para 1951, a seca do ano passado, até mesmo 1952. Dona Mariana, sua enfatuada avó que se dizia: "sou pobre e miserável, mas hei de honrar os meus", queria que ela casasse com o Chiquinho, pobre libertino, filho de Dona Marciana, "de olhos encovados pela vigília, olhar cínico, faces pardacentas", que disto tudo "ia se refazer em Messejana" pois era sabido
"Que fôra para a Europa, inda menino,
Aprender a riscar na pedra o giz
Nas grandes faculdades de Pariz.
Aprendera, porém uma outra cousa
Que costuma levar o moço à lousa
Não deixa de saber engenharias
Quem conhece o champagne
Muito embóra o que ganhe
Ponha a juro no jôgo e nas orgias"
Acontece que Dona Marciana, mãe do indesejável tipo, era a madrinha de Izabel, neta da aristocrática Dona Mariana; mas João, um marceneiro que,
" Filho da raça cruzada
De branco, negro e tupi,
Tinha a pele bronzeada,
Não era filho daqui",
pretendia a mão de Izabel, que ao seu amor correspondia. Numa palestra que, pela convivência em casa da madrinha, tem com o esquálido e corroido Chiquinho, a um atrevimento deste, joga-o ao chão com rija bofetada, como se fora uma múmia. Com o tempo faz o casamento, e só depois é que souberam que o "mulato João, marido de Izabel...fugiu do cativeiro", o que a altiva avó considerava pior cousa que matar roubar e ferir...Mas,
"Ao homem forte, ao rijo coração,
As cousas tendem incessantemente,
Obedecendo a um centro de atração.
Assim,o pardo João vive contente:
Ele e Iza, um ser só, um coração,
Mas - sustentando a velha - finalmete."
Por J. Paiva
...continua...
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NOTAS:
1- Mantive a ortografia original, do texto biográfico escrito por J. Paiva, quando de sua publicação em 1952, no jornal O NORDESTE, de Fortaleza;
2- Desde o primeiro capítulo, tenho antecipado, à digitação do texto, imagens e legendas relacionadas à narrativa da biografia de Manoel de Oliveira Paiva, escrita por José Joaquim de Oliveira Paiva (J. Paiva), sobrinho do biografado e meu pai,
com a intenção de trazer o leitor o mais próximo possível dos fatos e da época em que tudo se desenrolou;
3- O próximo capítulo, ainda tem como sub-título "O poeta da abolição", para em seguida, nos capítulos XXI, XXII e XXIII, surgir um outro : "O assalto das ideias"...Não perca!!!
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Em uma semana estarei de volta ...Um abraço!
O QUE DIZER !
ResponderExcluirobrigada.
bem semana que vem eu volto.PARABENS.
me estacionei, aqui.
fique bem,beijocas.
apareça para se encantar não com bela literatura,
mas com belas imagens escolhidas com muito CARINHO.
Obrigada, Adriana,
Excluirvenha sim, pra semana, eu a espero...
Com certeza, ire me encantar com as suas belas imagens.
Beijo, com carinho,
da Lúcia
Fotos lindas, história, até o cajueiro botador... Gosto e admiro teu trabalho e imagino o quanto de pesquisa...beijos,lindo fds!chica
ResponderExcluirProcure saber mais, sobre o "cajueiro botador" de Fortaleza, digite assim mesmo, no google...(é bem interessante, chica).
ExcluirObrigada, beijos!
QUE FOTOS LINDAS E QUANTOS ENSINAMENTOS MARAVILHOSO, CARA LÚCIA!!
ResponderExcluirDESEJO-TE UM LINDO FINAL DE SEMANA!
ABRAÇÃO...
Querida DONA GAM, agradeço sua vinda e comentário.
ExcluirUm feliz fim de semana, com meu abraço...
Oi, Lúcia! Desculpe minha ignorância, mas eu ia mesmo perguntar o que era um "botador". Depois de ler o comentário da Chica, estou pensando que seja algum tipo de cajueiro. É isso? Gostei muito da postagem e dos poemas. Beijos!
ResponderExcluirO cearense é que não pode ignorar a interessante história (um tanto lendária) do "cajueiro botador",
ExcluirÉ que o tal cajueiro dava (botava, em "cearensês")frutos o ano todo. Além de, embaixo deles, ficarem homens ilustres a contar mentiras, no dia 1º de abril. Busque no google,e clique no Portal da Historia do Ceará, que tem fotos antigas.
Obrigada, por vir sempre. Beijos!
Excelentes fotos e boas lições de história:)!
ResponderExcluirBjo
Gosto, que goste, Lins!
ExcluirBeijo, escrivinhador poeta (dos muito bons)...
Oi,Lúcia...que bom estar de volta.Fotos lindas de um tempo antigo...lembrei-me de Iracema "verdes mares bravios de minha terra natal" (estou certa?- José de Alencar?) O texto poético de Manoel Paiva me impressiona sempre pela acuídade social,a visão sociológica de se reveste. Deixo-lhe um abraço afetuoso.
ResponderExcluirVenho todos os dias, à Cadeirinha, responder aos meus queridos leitores. As postagens é que tenho feito semanalmente, para ter tempo de "coletar" e selecionar as imagens.
ExcluirVocê está certíssima, quanto à Iracema, de Aencar.
Vou apenas complementar a estrofe:
"Verdes mares bravios da minha terra natal,
onde canta a jandaia, nas frondes da carnaúba
com líquido de esmeralda, aos raios do sol nascente
prolongando as alvas praias, ensolaradas de coqueirais.
........
-Bem vindo o estrangeiro, dos campos dos Tabajaras,
senhores das aldeias, e à cabana de Araquém, pai de Iracema"
Sim, Guaraciaba, esta visão sociológica está presente em toda a obra, de Oliveira Paiva. Mais uma razão, para que eu a resgate e traga para compartilhar aqui.
Obrigada, pelo carinho.
Meu abraço.
Oi, Lúcia
ResponderExcluirUma reliquia essas fotos heim! linda a história.
Quanto aos mobiles passa sim para sua amiga com certeza ela vai gostar.
Bom fim de semana.
bjs
Rô
É mesmo uma relíquia, essas fotos, Rosângela.
ExcluirA cópia da história, eu tenho, as belas fotos, a maioria, busco na internet, pelas informações que possuo.
Bom final de semana.
Beijinhos,
da Lúcia
¸.•°`♪♪♫
ResponderExcluirÉ ótimo passar por aqui.
Bom fim de semana!
Beijinhos.
°ºBrasil♫º
♫♪.•彡♡彡•.♪♫
Você,a sua magia e as lindas palavras cercadas de notas musicais e doçura, Inês...
ExcluirObrigada, beijinhos.
Bonitas a história e as fotos!
ResponderExcluirUma boa semana
Obrigada, helia, tenha uma boa semana.
Excluiruma abraço
Oi Lucinha
ResponderExcluirFaz-me bem este mergulhar na história. As férias começam a escoar-se por entre os dias.
Beijinho
Olá, querido Kim, que bom que você gosta e mergulaha, mesmo no final das férias...Obrigada, amigo, beijos!
ExcluirO bom de vir aqui é estar inserido nesta historia que voce bem partilha conosco.
ResponderExcluirAs ilustrações são fantasticas e historicas.
Parabens sempre minha amiga.
Um bemo fim de semana a voce com paz e luz.
Meu carinhoso abraço.
Não satisfeita em trazer apenas o texto, quis trazer mais esse complemento à história que são as imagens relacionadas a ele. Obrigada, Toninho.
ExcluirMeu desejo de paz, com um forte abraço
Mais um excelente texto. Curioso que em Portugal no Alentejo, distrito de Beja concelho de Aljustrel fica uma terra com este nome. Messejana.
ResponderExcluirUm abraço e bom Domingo.
à margem, o Jardim do vídeo é o Eden Budha Park no Bombarral.
Foi construído como homenagem às estátuas com mais de 2000 anos que os terroristas destruíram no Afeganistão. É um local onde se pode passear e meditar. Eu não conhecia e gostei muito. O vídeo anterior é do Senhor Bom Jesus do Carvalhal e dista um km do jardim
Um abraço
Obrigada, elvira. Talvez você não tenha percebido mas faço referência à Messejana de Portugal, no conselho de Aljustrel. Fui ao seu blog Sexta-feira e lá deixei registrado que eu havia pesquisado na Wikipédia, de onde trouxe o mapa aí postado.
ExcluirObrigada, por me trazer a explicação sobre aquele belo jardim oriental, postado lá no seu Sexta-feira. Achei magnífico.
Um abraço, amiga.
Você nos dá a oportunidade de conhecermos a história, as fotografias são muito interessante e complementam o seu texto, parabéns. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirObrigada, Yayá. É exatamente esse, o meu intuito, complementar o texto de J.Paiva, o biógrafo (que é meu pai), para uma melhor compreensão da época. Um abraço.
ExcluirDesculpe amiga. Li o post já bem tarde e ainda por cima com uma tremenda dor no pulso. Lembro que li a palavra que era uma aldeia índia, o significado da palavra mas a comentar,devo-me ter esquecido. Um abraço e bom Domingo
ResponderExcluirNão há de que pedir desculpa, elvira,a minha observação sobre o registro acerca das duas Messejanas(a brasileira e portuguesa) só teve a intenção de esclarecer. É assim mesmo, estamos aqui para comentar e, às vezes algo passa desapercebido ou podemos esquecer, confundir ou algo assim. No final, fica tudo certo, amiga!
ExcluirObrigada, um beijo! Boa semana!
Que fotos interessantes! E então, o pobre João conseguiu ficar com seu amor? Muita paz!
ResponderExcluirObrigada, Denise!...Sim, João e Izabel, certamente, "foram felizes para sempre", como nos contos de fada...
ExcluirMuita paz, querida!
Muito querida Lúcia,
ResponderExcluirMais uma vez me admiro e me encanto com as histórias de teu pai...e com as fotos com que,habilmente, ilustras e enriqueces o texto já por si tão rico.
E esta história de João e Izabel,certamente, me parece um belo conto de fadas,como disseste acima.
Aguardando a próxima semana,vou também pesquisar sobre o cajueiro "botador".
Bjsssss e uma semana muito feliz,amiga,
Leninha
Querida Leninha, quanto carinho nesta sua apreciação. Meu pai era um exímio contador de histórias, principalmente sobre a família. "Zabelinha ou a tacha maldita", é um misto de poema, cancioneiro e peça de teatro. A gente encontra na internet, digitando "Obra completa de Oliveira Paiva". Possivemente, estarei um dia postando aqui, como já fiz com alguns de seus contos e poesias.
ResponderExcluirObrigada, pelo carinho.
Feliz semana, amiga,
muitos beijinhos,
da Lúcia
Oi Lúcia
ResponderExcluirAs fotos são preciosidades ,gosto imenso, uma recordação que não se apaga e reavivada pelas imagens .
Muito bom registrar um tempo passado de um grande poeta , abrindo o leque pra que todos o conheçam lendo e apreciando seus textos.
Obrigada e volto assim que der.
abraços
Não é à toa que eu as "exploro" tanto, abuso mesmo, do uso delas rs..É, Lis, eu precisava trazer à luz, este poeta, por ter nos deixado um legado que deve ser público. Volte sempre, é um imenso prazer.
ExcluirUm beijo!
Uma viagem na história.
ResponderExcluirQue bom, que você está junto, nessa viagem.
ExcluirObrigada, forte abraço.
Olá, Lúcia!
ResponderExcluirObrigada pela visita ao meu "Ruas e papéis" e pelo comentário. Gostei do seu blog, desde o nome... lindas fotos e poesias. É fascinante a nossa língua e suas transformações pelo tempo e pelos lugares.
Um abraço!
Gostei muito do seu "Ruas e papéis". Obrigada, por ter vindo à Cadeirinha, pelo elogio tão carinhoso.
ExcluirFiz questão de manter a grafia e trazer imagens da época. Um abraço, Regina!
artigo bom e completo
ResponderExcluirEu gosto
adicionar visão e conhecimento que eu
obrigado
Obrigada, Perikanan e parabéns por
Excluirjá está escrevendo em português.
Um abraço
As suas fotos enriquecem o seu texto que nos dá a conhecer um conto deste ilustre poeta. Uma excelente 4ª feira, minha querida!
ResponderExcluirÉ verdade, Elisabete, fotos tem esse poder, de enriquecer um texto. Obrigada, querida, volte sempre.
ExcluirUm abraço
Olá Lúcia......., boa tarde....
ResponderExcluirHá já alguns dias que não passava por aqui....., mas,mais uma vez, fiquei deliciada como seu texto e com as bonitas fotos da sua "BELA FORTALEZA DE OUTRORA"....!!!
Parabéns Lúcia....!!
Um grande abraço
Albertina Granja
Oi, Albertina, já voltou das férias e em grande estilo.
ExcluirVocê conhece a minha Fortaleza e de meu grande amor por ela. Obrigada, pelo carinho e presença sempre querida.
Um beijo,
da Lúcia
Minha amiga
ResponderExcluirsempre bom passar por aqui
as fotos saõ belíssimas
beijos
Obrigada, Lili, sua visita é sempre um prazer.
ExcluirBeijinhos
Oh, homem de coragem este. Lutar contra uma realidade que não se via a possibilidade de mudar.
ResponderExcluirParabéns pelo post. Bjs
Muita coragem, sim, foi um bravo homem, junto aos companheiros de luta. Obrigada, Princesa!Beijos...
ExcluirSuper interessante e curiosa esta história Lúcia, parabéns! Gr. Bj. minha querida!
ResponderExcluirObrigada, Cris.
ExcluirUm beijo!
OI LUCIA!
ResponderExcluirVIR AQUI É UM DELEITE, OLHO AS FOTOS ANTIGAS QUE ME APAIXONAM, E ESTES TEXTOS TRANSCRITOS, TRAZENDO TODA A HISTÓRIA DE UMA ÉPOCA.
ABRÇS
zilanicelia.blogspot.com.br/
Click AQUI
Essas fotos são mesmo apaixonantes. Os textos, o texto da história tinha mesmo que vir à tona, nesse compartilhamento...
ExcluirUm abraço, Lani
✿✿
ResponderExcluirAmiga, beijinhos.
Bom fim de semana!
✿✿✿
Obrigada, amiga.
ExcluirBeijinhos!
Olá Lúcia, vim retribuir a sua visita. Somos colegas e quis vir aqui. Mas está de férias? Tem tempo sem nenhuma postagem, vai voltar não vai?
ResponderExcluirFico à espera
Beijo
Olá JP! Tenho publicado uma matéria por semana. Esta, tem exatamente uma semana. Enquanto você digitava o seu comentário eu postava a matéria de hoje.
ExcluirUm beijo
ResponderExcluirQuerida Lúcia
Bom dia
Uma pergunta: o que é um cajueiro 'botador'? Sou muito curiosa, não acha?
Excelente abordagem ao problema sociológico no que diz respeito à conciliação entre negros, índios, brancos e à própria miscigenação, na história de Iza e João, inserida nestes capítulos sobre o Abolicionismo. A sua aceitação ou não, mas o amor fala mais alto...
Bom fim de semana.
Beijos
Olinda
Oi, Olinda, respondi às suas perguntas no post posterior a este deixando este comentário sem resposta,vendo somente agora. Desculpe, amiga.
ExcluirCajueiro "botador" diz respeito a um cajueiro que "dava" frutos o ano todo. O verbo "botar", para nós cearenses, tem o significado de colocar, por, dar, de acordo com o sentido da frase. Digite no "google": CAJUEIRO BOTADOR DE FORTALEZA - alí você entenderá bem sobre esse cajueiro que virou uma lenda.
Você encontra também, na Wikisource, o poema "Zabelinha ou a Tacha Maldita", de Oliveira Paiva, digitando no google : Obra completa de oliveira Paiva.
Um beijo, perdoe-me a demora, em responder o seu comentário. Até!