No Seminário do Crato
J. Paiva
O município de Fortaleza, capital do Ceará, está distante 567 km
do município do Crato que fica localizado no sopé da Chapada do
Araripe, no extremo-sul do estado, na Microrregião do Cariri...
(Wikipédia)
Chapada do Araripe.Região do Cariri. Crato. (Wikipédia)
Índios da Tribo Cariri, primeiros habitantes da Região do Cariri.(Imagem: google)
Índios Cariri. (Foto: blog Caricaturas).
Índio Cariri (foto: blog Cultura do Cariri)
Cícero Romão Batista, nasceu no Crato,
em 1844 e faleceu em 1934, em Juazeiro
do Norte, Estudou e ordenou-se no
Seminário da Prainha, em Fortaleza.
Na foto, com 80 anos de idade.
( Fonte: Wikipédia).
Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, preservando a cultura do Crato. (blog Cultura do Cariri).
O vídeo, abaixo, é uma homenagem ao cantor Luiz Gonzaga, pelo centenário de seu nascimento, a se completar neste 2012. O "Rei do Baião" canta a composição de José Jatahay, "Eu vou pro Crato". Luiz Gonzaga, conhecido também por Gonzagão, nasceu em Exu, distante 62 Km do Crato. Exú, fica no Cariri Pernambucano, no sopé da Serra do Araripe...
Apreciem e se alegrem, ouvindo o "forró pé de serra", com a gostosa sanfona do "Lua", antes de ler, abaixo do vídeo, o escrito de J. Paiva...
Apreciem e se alegrem, ouvindo o "forró pé de serra", com a gostosa sanfona do "Lua", antes de ler, abaixo do vídeo, o escrito de J. Paiva...
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Assumira a Reitoria da Casa de Estudos o Padre Enrile, tendo como auxiliares os padres Richoux e Brayde, frequentando as aulas 41 meninos. Não sabemos se porquê o Seminário de Fortaleza, não comportava maior número de alunos, ou porquê antes tivesse em vista o Reitor mandar aqui para o Crato algum menino mais piedoso e já um pouco instruido, o único da capital ou acompanhado de outros, seguira Manoel de Oliveira Paiva, aos 14 anos incompletos, se estamos certos da data, que com muita probabilidade foi logo no início das aulas. Supomos que êle era uma "avis rara" no meio de algumas dezenas de meninos matutos da zona do Cariri, que talvez fossem angariados para experiência, afim de dar início aos estudos. Possuía Manoel de Oliveira Paiva uma vocação em flor, sujeita, sem dúvida, ao fluxo do ambiente para êle desconhecido, aos incidentes imprevisíveis. Sua mãe, Maria Isabel de Paiva Oliveira, e sua avó materna, Ana Joaquina de Castro Paiva, entregues a uma fervorosa mas consciente devoção, deviam sentir-se revigoradas, na sua pobreza, por essa vocação começada.
Meu tio Manoel de Oliveira Paiva era um menino talentoso, porém irrequieto e altivo. Afirma-se que os colegas mais rudes ou negligentes nos estudos sentiam-se com ciumes e inveja pelas boas notas que êle obtinha constantemente. O Reitor cada vez se totrnava mais doente, pela marcha da moléstia, pelos trabalhos e preocupações. Surgiu então, naquele abarracamento que servia de edifício para aulas e hospedagem, uma acusação surda contra a honestidade de Manoel de Oliveira Paiva, dizem que a propósito do furto de uma ave do quintal ou de outra coisa. Chamado o acusado, obtidas testemunhas às quais foi dado crédito porque por parte dele apenas se defendeu com a sua ingênua boa fé, o Reitor, padre Enrile,, nada se apresentando a seu favor, e afim de manter a moralidade e disciplina do estabelecimento e talvez mais contribuindo para isso seu estado de saúde, quis aplicar ao menino uma punição exemplar, recusando-se porém Oliveira Paiva a estender-lhe a mão, alegando estar inocente. Excitou-se o ânimo do austero Reitor, que exilou, ato contínuo, o aluno para uma choupana que ficava no fim do sítio do Seminário em construção. Em meu tio desapareceu a reflexão que poderia ter na idade que contava, num meio hostil, que não tinha até então sido o seu habitat, longe dos seus, que teriam podido intervir imediatamente. Revoltou-se como pode, tornou-se irritado,compondo uma marcha cheia de dignidade e rebeldia infantil:
"Quando vim da minha terra
Não foi para ser soldado:
Foi p'ra ser seminarista
E não p'ra ser maltratado!"
CÔRO:
"Alerta, alerta, alerta, estou alerta!"
"Tive pai e tenho mãe
Que me deram educação:
Pertenço a nobre família,
Brasileiro de nação!"
Havia outras cópias, cuja memória se perdeu.
Um parente, Comandante do Destacamento de Polícia, soube do estado de abandono e de desespero em que se encontrava meu tio, e, na impossibilidade de poder este continuar no Seminário, agora com sua própria repulsa e revolta , tratou de fazê-lo regressar a Fortaleza, tendo assim início o seu desajustamento com o futuro que para êle idealizara minha avó, que via fugir sua esperança de ver um filho sacerdote, mal começára os seus estudos no longínquo Seminário do Crato.
Por J. Paiva
...continua...
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NOTAS:
1- Em todos os capítulos da biografia de Manoel de Oliveira Paiva, aqui postados, venho mantendo a forma ortográfica original de 1952, quando publicado no jornal "O NORDESTE";
2- As imagens ilustrativas, que antecedem ao texto biográfico, de autoria de J. Paiva (meu pai), tem a intenção de oferecer, ao leitor, um pouco do cenário do Crato, sua religiosidade, cultura, sua gente...;
3- " Uma vocação em disponibilidade" é o sub-título do próximo capítulo da biografia de Manoel de Oliveira Paiva.
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Até a próxima semana.................um abraço!
Querida Lúcia
ResponderExcluirDisse-lhe numa resposta ao seu comentário do post anterior que não tinha conseguido aceder a este, mas agora fica o dito por não dito, pois agora já está acessível. :)
Mas voltarei amanhã para ler tudo com vagar e apreciar as ilustrações.
Beijinhos e boa noite.
Olinda
A internet tem nos pregado algumas peças.
ExcluirVi seu comentário anterior. Espero você, com
carinho. Beijinhos, boa tarde... Lúcia
Boa noite minha querida !
ResponderExcluirSua postagem é muito cultural...
Este ano se tem uma justa homenagem àquele que imortalizou
o forró em todos os recantos do Brasil e até no exterior.
Está completando 100 anos de seu nascimento.
E a cidade de Campina Grande(PB)Brasil, está prestando sua
homenagem a Luiz Gonzaga,conhecido como o Rei do Baião.
bjsssssssssssssssss
Olá, minha querida amiga escritora!
ExcluirObrigada, por tanto carinho. Você, como boa paraibana,
deve admirar e curtir muito o forró e seu maior representante que foi Luiz Lua Gonzaga. Desde pequena, eu o assistia nos palanques dos comícios políticos, ele
vinha muito cantar em Fortaleza.Estará sempre vivo. Tenho visto, as homenagens em Campina Grande e por todo o Brasil.
Beijos
Amiga Lúcia,
ResponderExcluirBoa noite,minha querida.
Gostei de ver as fotos antigas dos indios,do Padrinho Padre Cícero e da banda com seus trajes característicos.Vi o vídeo e me encantei com a voz de nosso querido Luiz Gonzaga...a letra e a melodia,muito lindas.
A história que seu pai narrou me trouxe muita pena e tristeza...pelo tratamento injusto dispensado ao estudioso seminarista e por saber que estas injustiças eram comuns,causadas pela inveja e pelo ciume.Sempre as houve e sempre as haverá,pois o ser humano tem esta dualidade,o mal caminha sempre pari passu com o bem.
Pobre rapaz e pobre da sua mãe tendo os seus sonhos frustrados.
Bela e instigante postagem,amiga.
Bjsssss mineiros,
Leninha
Olá, querida amiga Leninha.
ExcluirEssas fotos ilustram bem a Região do Cariri e sua boa gente. O Padim e o Lua são mesmo dois grande ícones daquela região. O primeiro carrega multidões, ainda, nas romarias a Juazeiro do Norte. O Lua, é também imortal, com sua simpatia e gostosa música, tendo deixado inúmeros seguidores, perpetuando a sua bela arte...
Quanto ao Manoel, foi muito triste a sua frustração e revolta pela injustiça, pela punição, extensiva à família, que ainda hoje repercute...
Obrigada, pelo carinho.
Beijinhos,
da Lúcia
Lúcia, obrigada pela carinhosa visita ao Rabiscos, amei.
ResponderExcluirVim conhecer teu cantinho e gostei do que li, é sempre bom aprender um pouco mais.
Deixo beijos de boa noite e de um amanhecer de paz.
Seu Rabisco, são adoráveis.
ExcluirObrigada, por ter vindo. Que bom, que gostou.
Volte sempre!
Muita paz e beijinhos,
da Lúcia
Lucia, estou seguindo a história e conhecendo a sua história. Tenho uma poesia que fiz qdo da morte de Luiz Gonzaga, logo publicarei no meu blog de poesia. Bjos.
ResponderExcluirObrigada, Eder, por ter vindo conhecer a minha história.
ExcluirQuero ver a poesia publicada, estou lhe seguindo >>>
Beijos!
Adorei ver todas as fotos, o vídeo e gostei de ler todo o texto!
ResponderExcluirQue bom, helia, ter adorado tudo. Obrigada!
ExcluirUm abraço!
Oi, Lucia!
ResponderExcluirDeve ter sido doloroso para ele, um jovenzinho ainda ingênuo, com a cabecinha tão povoada de sonhos, querendo colocar em prática sua vocação, se deparar com tamanha hostilidade. Com certeza foi decepcionante, muito embora a vida nos defronte com situações difíceis, para que possamos fazer melhor nossas escolhas.
Neijos, amiga
Socorro Melo
Acredito que ele tenha sofrido muito. Vivia numa grande família, com um único irmão pouco mais novo que ele e
Excluirter passar tanta humilhação, provocada por colegas de sua idade. Foi frustração para ele e para a família.
Um beijo, Socorro amiga,
da Lúcia
Oi,Lúcia
ResponderExcluirestou gostando demais do seu trabalho,pois além do aspecto
primoroso da pesquisa cultural e iconográfica existe a proposta de caráter emocional profundo que traduz na sensibilidade de uma família que cultua os seus antepassados que de certa forma continuam presentes neste trabalho e principalmente tendo apossibilidade de expor as
razões que os moviam e que também continua. Fiquei admirada
com a força de caráter de Manoel e acho que ele foi completamente verdadeiro em sua revolta.Perdeu a Igreja, ganhou a sociedade....Asemana passada postei um comentário mas por problemas na internet não foi publicado.
aproveito para dizer o que já havia dito;consegui entrar no acervo literário da obra de Manoel Paiva de acordo com sua orientação e já li os primeiros nove capítulos de Dona Guidinha do Poço (Primeiro livro) e antes de conhecer o episódio que hoje você colocou através de seu pai, eu observei com surpresa as características da forma de como ele tratou o tema, a descrição dos personagens, que me pareceu bem adiante de seu próprio tempo, de uma forma bem avançada, já quase século XX.Realmente um orgulho contar com uma pessoa tão íntegra e talentosa na família
Um abraço.
Olá, Guaraciaba
ExcluirSua opinião sobre esse meu trabalho, muito me incentiva, como eu já dissera. Todo esse meu interesse e prazer em relatar sobre a família, a quem dou imenso valor, considero uma verdadeira herança. Talvez por pertencer a duas famílias que muitos chamam de "ilustres", aqui em nossa cidade. Minha mãe,teve a mãe casada com tio e, dada a consanguinidade,cultuavam muito a família, que é Bezerra de Menezes.Meu pai, também teve mãe casada com tio, acontecendo a mesma consanguinidade, na família Oliveira Paiva.
No século XIX, Fortaleza era uma pequena província. Muitos membros das duas famílias, se destacavam na política, magistério, jornalismo, música...enfim, nos meios sócios-culturais. Nas duas famílias há alguns Genealogistas, Historiadores e Pesquisadores que procuram manter a "chama acesa" no patrimônio imaterial de ambas as famílias.
Um outro ponto, que também considero "herança", é a questão moral, essa "força de caráter", que percebemos em Manoel.
Dona Guidinha do Poço, tem sido matéria de muitos estudos acadêmicos. Você fez uma acertada observação, quanto à visão avançada de Oliveira Paiva.
Tenho um livro, À Margem de Dona Guidinha do Poço, de Ismael Pordeus (cearense),onde é feito um paralelo entre a história real e a ficção.
Obrigada, Guaraciaba, por vir sempre
Um abraço!
Olá Lúcia..
ResponderExcluirAqui estou uma vez mais deliciada com mais um episódio desta interessantíssima história e também com as fotos que apresenta.....!!!
Sobretudo gostei muito dos índios....
Quanto ao video do Luiz Gonzaga.., ADOREI....!!! já o ouvi pelo menos umas dez vezes e não me canso....!!!
Relativamente ao seu tio Manoel, não há dúvida que tinha um grande carácter e uma personalidade muito forte e bem vincada, pois com apenas 14 anos revoltar-se dessa forma perante uma tal injustiça....., não é para qualquer um....!!!
Parabéns Lúcia
Tenha um bom fim de semana
Um abraço
Albertina
Creio que os índios são os que mais merecem a nossa consideração e aplausos. Acho bonito, a região levar o nome da maior tribo que aí existia na época do "batismo" da terra.
ExcluirOs outros que aqui foram reverenciados, merecem nossos aplausos, além de louvar o belo exemplo de caráter do "tio Manoel". Admiro-os, profundamente.
Obrigada, Albertina, um forte abraço,
da Lúcia
Agora já está explicada a saída do Seminário; não foi falta de vocação, mas, sim imposição da injustiça. Foi triste o caso, mas pode-se sempre fazer sacerdócio sem se ser padre, por isso, creio que o Manoel se calhar até foi mais útil à comunidade fora do seminário do que se tivesse sido ordenado. A vida dá as suas voltas, mas quase sempre acerta. Gostei de ouvir o nosso rei do baião; já não o ouvia desde que deixei o Brasil. Como sempre, aqui te deixo os parabéns por este teu trabalho e cá estarei para o próximo capítulo.Obrigada pela partilha de assuntos que a todos enriquecem. Um beijinho, amiga e fica bem! Até breve!
ResponderExcluirEmília
Os biógrafos de Oliveira Paiva, quando se referem aos seus estudos, apenas mencionam que ele "frequentou" ou "estudou" no Seminário do Crato. Apenas a família, sabia do verdadeiro motivo. Quem vem acompanhando essa narrativa biográfica, fica surpreso com o que foi revelado por J. Paiva. Este incidente, segundo meu pai, sempre foi relembrado em família.
ExcluirTenho a mesma opinião sua quanto ao Manoel ter "escapado" de ser sacerdote. Tivesse tido uma vida longa, acredito que a sua obra seria extensa e de grande repercussão, haja visto a que causou Dona Guidinha do Poço.
Obrigada, querida amiga Emília.
Bom final de semana e beijinhos, da Lúcia...Até breve!
Reportei-me à 1952 e sempre muito boa a saga que vai escrevendo. As imagens e vídeo complementaram com primor seu post.
ResponderExcluirEstou na tipoia por 60 dias e tc com um dedo, mas passarei por aqui paqra te ler.
Bjkas doces
Nesse tipo de narrativa, ainda mais ilustradas, nos reportamos mesmo à época. Obrigada, querida!
ExcluirSinto muito, pelo dedinho. Sare logo e bem!
Beijinhos, Marly,
da Lúcia
É bom conhecer outras histórias....Estou a adorar...
ResponderExcluirO vidio é maravilhoso
Beijo
Também gosto, Andrade...Gosto também de apreciar as belas quadras populares em azulejo, de Portugal e as tuas lina pinturas computadorizadas...
ExcluirObrigada.
Beijo,
da Lúcia
Lúcia;
ResponderExcluirComo já te disse, tenho andado ocupado com roçados e atividades afins, razão pela qual, minhas visitas à Cadeirinha tem sido esparças. Quando venho à cidade, atualizo a leitura das várias postagens.
Dizer que gosto muito do que escreves e postas seria redundância. Gostaria, no entanto, de afirmar que tenho me enriquecido muito com a tua narrativa.
Um grande abraço, e até a próxima volta.
Tenho sentido muito a sua falta, amigo, não só aqui como lá na Torre. Esta sua roça, faz-lhe muito bem,parece-me, mas nos retira o prazer de ler, mais amiúde, os seus maravilhosos escritos.
ExcluirObrigada, pelos carinhosos elogios, Clóvis querido.
Volte logo, um abraço,
da Lúcia
Oi Lúcia,
ResponderExcluirGostei que ele tivesse se recusado a levar os bolos da palmatória, mesmo que por isso tenha sido exilado na choupana. É revoltante pagar pelo que não fez!
Padre Cícero, figura importante neste nosso Nordeste.
Luiz Gonzaga, maior representante da música nordestina, Rei do nosso Baião.
Bela postagem!
Xêro.
Era um menino e, certamente, não merecia palmatória.
ExcluirTinha boa educação e caráter bem formado. Isso ele mostrou mais tarde, ao lutar frente às injustiças sociais, principalmente na luta pela libertação do escravos.
Escolhi "a dedo" os homenageados, relacionados ao Crato, ao Nordeste, acredito. Obrigada, amiga, pela presença.
Xêro!
Como já te disse, estou adorando acompanhar essa história e além de tudo mais,adorei ver Luiz Gonzaga homenageado!! beijos,lindo fds!chica
ResponderExcluirQue bom chica querida. Gosto, de ouví-la a repetir que está gostando. Só me incentiva... e muito. Obrigada.
ExcluirLuiz Gonzaga, escuto desde menina, nos palanques dos políticos, em época de eleição, nos festejos juninos...
Beijos!
Querida continuas arrasando com este resgate histórico.Ilustrações perfeitas porque podemos visualizar os personagens e os lugares onde tudo se passou.Parabéns!
ResponderExcluirQuero agradecer teu carinho e teus comentários generosos no meu Blog.Obrigada doce amiga.
Tenhas um lindo final de semana.Bjs Eloah
Eloah, minha linda amiga, sempre tão doce, nas palavras!
ExcluirObrigada. Fico muito feliz, com a sua presença aqui.
Bom domingo.
Beijos,
da Lúcia
continuo com a história,
ResponderExcluirmas lindo, lindo, o forró!
e o Gonzaguinha, que conheço melhor, será decerto, filho do Gonzagão
um abraço
Obrigada, Manuela. O forró já é uma delícia,
Excluirna voz e sanfona do Gonzagão, que é pai do Gonzaguinha,
era ainda mais gostoso. Pai e filho já não estão em nosso meio, mas são eternos, pela herança que ficou, da música e no carisma de ambos.
Um abraço carinhoso,
da Lúcia
Lucia
ResponderExcluirVoce foi formidavel. Gostei de saber de todas as histórias.
com carinho e amizade de Monica
Oi, Moniquinha, estava sentindo a sua falta.
ExcluirObrigada, amiga, pela presença sempre tão carinhosa.
Beijos,
da Lúcia
Finalmente um amigo conseguiu descobrir o que se passava com o meu pc e repará-lo.
ResponderExcluirPeço desculpa pela ausência, mas se a princípio conseguia abrir alguns depois deixei por completo de conseguir abrir. Levei horas a correr o antivírus a desinstalar programas e a reinstala-los e nada. Por fim um amigo através de um amigo virtual, através de um programa de controlo remoto, levou quase três horas a mexer nele e conseguiu pô-lo como novo. Bem Hajam os amigos.
Antigamente em Portugal todas as famílias andsiavam por ter um filho padre pois isso lhes dava um estatuto especial. Continuo a acompanhar com muito interesse esta biografia, e já baixei o livro mas ainda não consegui lê-lo.
Um abraço e bom fim de semana
Elvira, preciso voltar ao SEXTA-FEIRA, tenho me ausentado. Vou já lá.Obrigada,não precisa se justificar!
ExcluirHá muita semelhança, entre nossos países, nessa herança religiosa e em muitos outros aspectos.O Brasil,é filho!
Obrigada, por sua assídua presença.Bom domingo,um abraço.
Boa noite, querida Lúcia
ResponderExcluirEis-me de volta, já com uns dias de atraso.:)
Li com muita atenção a provação por que passou o Senhor Manoel de Oliveira Paiva, no Seminário do Crato, criança de 14, numa idade em que as injustiças calam bem fundo no nosso coração.Para mais num lugar que deveria ser de santidade, tão longe da família, logicamente se sentindo desamparado. Que lindos versos ele fez, confessando a sua revolta!
Entre as ilustrações, apreciei muito as dos Índios Cariri, os primeiros habitantes do Crato.
Amiga, excelente esta homenagem a Luís Gonzaga. Já tinha tido conhecimento do centenário do seu nascimento através do 'Folhetim Cultural'.O que temos de melhor é a nossa cultura, a nossa música e as nossas tradições.
Bom domingo.
Beijinhos
Olinda
É comovente, ver uma quase criança, passar por esse tipo de provação. Ele era como "um peixe, fora d'água", com a injustiça, revoltou-se. Perdeu, a Igreja, um possível grande sacerdote.
ExcluirOs índios, são o que há de mais caro. Hoje, com a "civilização" restam pouquíssimos...
A cultura,a música e a as nossas tradições são mesmo o há de melhor e, portanto, desvemos preservá-las para as novas gerações.
Bom domingo, querida amiga Olinda
Beijinhos, da Lúcia...
que temos de melhor, quando
Olá Lúcia,
ResponderExcluirVocê teve um um membro espiritualmente ilustre em sua família, hein? Já li muito sobre Bezerra de Menezes. Grande exemplo!
Acompanhei este seu relato e gostei muito da marcha composta pelo seu tio, que devia estar mesmo muito revoltado e soube, através dela, demonstrar sua indignação.
Também gostei da ilustração e da homenagem merecida a Luiz Gonzaga. Adoro um forró (rsrsrs).
Ótimo domingo!
Beijo.
Obrigada, Vera Lúcia! Adolfo Bezerra de Menezes, foi um ser humano que sou pregou o Bem. Tornou-se mesmo um homem ilustre, pelos seus feitos, até como político, defendendo as grandes causas,como Deputado, no Rio de Janeiro.
ExcluirMeu tio Manuel,se considerarmos o que sofreu, em sua curta vida, foi um "mártir", deixando, também, um belo exemplo à família.
Quanto ao forró, e ao Gonzagão, são deliciosos!
Bom domingo, Vera Lúcia
Beijos
Bom dia Lúcia!
ResponderExcluirVim para uma visita e agradecer sua passagem lá nas paginas de meu blog. E ao conhecer o que aqui nos mostraste, fiquei feliz por ler este texto que aqui nos foi apresentado.
Abraços do velho Jota.
Bom dia, velho Jota.
ExcluirFoi um grande prazer, estar lendo as suas páginas.
Obrigada, por ter vindo. Tenho tratado de membros da família, que me antecederam e deixaram um rico legado...
Um abraço,
da lúcia
aqui estou eu a aprender; o que é um prazer:)!
ResponderExcluirAbraço
Você, é sempre bem vindo, Lins!
ExcluirObrigada, um abraço
Olá Lúcia,
ResponderExcluirGrata por ter visitado meu blog e por seu gentil comentário.
Vi seu blog, com olhos de ver, e amei a música de Gonzaga, que desconhecia. É música do sertão?
Fiquei sabendo informações sobre seu digníssimo tio. As imagens são bem bonitas e significativas.
Bom dia, excelente semana.
Abraços da Luz.
Obrigada, Luz, por ter vindo.
ExcluirO Luiz Gonzaga, chamado de Gonzagão depois que o filho, Gonzaguinha, se revelou também cantor, é mesmo um sertanejo, cantador das coisas do sertão, como "chote, maracatu e baião", os ritmos que são acompanhados de sanfona (acordeon) e dão um bom "arrata pé", que é o gostoso "forró", música típica do sertão, mas que há muito se dança também nas metrópoles...
Um beijo,
da Lúcia
Oi, Lúcia. prazer tê-la comigo.
ResponderExcluirbeijos
O prazer também é meu, Piedade.
ExcluirBeijos!
Sempre que passo aqui, levo um punhado de conhecimentos.
ResponderExcluirMuito interessante o seu blogue.
beijinhos
Obrigada, Maria da Fonte.
ExcluirÉ um grande prazer, tê-la aqui.
Beijinhos,
da Lúcia
Querida Lúcia.
ResponderExcluirComo me sinto feliz em receber uma visita como a sua, um belo comentário tão carinhoso , com detalhes tão verdadeiros.
Feliz fico também por sua visita a Bergild.Dê-lhe um abraço por mim. Ela tem sido uma amiga e confidente até. Embora tenhamos bastante diferença de idade.
Também me ajudou muito aqui no blog.
Mas seu espaço é excelente de muito conteúdo e cultura.
Passarei aqui muitas vezes mais pra mais conhecimento.
Eu só posto algo com os quais me identifico ou me dizem algo.
Mas procure-me no Fb se quiser, poderemos conversar mais.
Um grande abraço . Edna Campos.
Achei muito interessante, a forma como encontrei seu blog,Edna. Havia localizado o espaço, em pesquisa e, pensando que havia perdido, não havia anotado o link, encontro-a novamente, os Filhotes Adorados.
ExcluirObrigada, pelos elogios e carinho. Vou procurar você no FB. A Begilde, mesmo sem conhecer pessoalmente, tornou-se muito querida para mim. Que bom, serem tão amiga...
Volte sempre. Um carinhoso abraço,
da Lúcia
Lucia....
ResponderExcluirQuanto capricho!!
Uma aula..... e as fotos ilustrando...adorei tudo!
Um beijo...e semana de paz a vc!!!
Obrigada, MA.
ExcluirSeus trabalhos,é que estão à cada dia
com mais esmero e arte. Lindos demais!
Boa semana, beijinhos.
Lúcia,
ResponderExcluirUm forte e sentído abraço!
Cada vez que visito este espaço aprendo e desta vez até mostrei as imagens com uma breve descrição do conteúdo escrito para os meus meninos.Ficaram curiosos...É a nossa cultura que ultrapassa os limites geográficos através da Internet,através desse talento de saber contar que você tem,parabéns!
Estendo minhas congratulações pelas notícias de núpcias do teu filho,muitas felicidades para ele e a eleita.
A você,deixo um até breve!Da Cadeirinha de Arruar entrou nos meus blogs preferidos!
(ps:Edna - uma pessoa querida por mim...Abraço!)
Querida Bergilde,obrigada!
ExcluirVi lá que está em férias. Que maravilha encontrei
no FILHOTES ADORADOS. Bateu a saudade do meu menino na escola. Pois é, já virou "homem sério", responsável.
Adorei visitar a Edna. Que bom, tê-las aqui,tão amigas que são.
Obrigada, pelo carinho.
Um beijo, da Lúcia
Olá Lúcia,
ResponderExcluirSempre valorizando a memória das personalidades tão importantes à terra que te dedicaste a escrever.
Um grande abraço!
Olá, Campani
ExcluirTodas essas personalidades,são mesmo muito importantes para mim e para a historiografia da nossa terras.É grande o prazer em escrever e compartilhar..
Obrigada, um forte abraço!
Lúcia, decerto Manoel fora uma figura ímpar, dentro da literatura cearense. Mas sua vinda para o Seminário do Crato só acresceu a plêiade composta naquele recanto, pois, como grita a história, o povo do Cariri Cearense sempre esteve na dianteira dos grandes acontecimentos, em todas as esferas. Matutos, ou na língua gentílica, caboclos, sem dúvida, porém sagazes e inventivos, muitos dos quais se ombrearam aos ícones nacionais. No "Cratim de açúcar" nasceram heróis e santos, a literatura foi apenas uma consequência da ebulição intelectiva e cultural. Mas meus parabéns, ficou ótima a sua matéria! Um Abraço!
ResponderExcluirVeja bem, Heitor, ou releia o início do texto de J. Paiva, quando ele usa a palavra "matuto",ao fazer conjecturas a respeito da ida de apenas um menino da capital do Ceará, para ir estudar "no longínquo Seminário do Crato". A conotação alí, a meu ver, em nada menospreza a gente do "Cariri Cearense".
ExcluirMeu pai, apenas insinua que Manoel, sendo da capital e os demais do interior, deveria sentir-se uma "avis rara", devido aos costumes da época. Com certeza, havia, então, 1875, uma ABISSAL diferença nos estudos e nos costumes, entre Fortaleza e o Crato.
É inegável que inúmeros homens, do Cariri Cearense, "se ombrearam aos ícones nacionais", conforme a sua afirmação.
Não se sinta ofendido. Houve um grande equívoco, sua interpretação, exaltando-se os ânimos.
"Mas", agradeço os seus parabéns! Um abraço!
Olá Lúcia,
ResponderExcluirObrigada por sua agradável e sempre bem-vinda visita.
Desejo-lhe uma ótima noite.
Beijo.
Tenho imenso prazer, em visitá-la, Vera Lúcia.
ExcluirTenha um lindo dia, minha querida.
Beijinhos!
Perdoe-me, Lúcia, é que as vezes me excedo no bairrismo! Neste minuto estou transcrevendo uma carta dele, Manoel de Oliveira Paiva, feita em 1776. É interessantíssima a verve que ele possuía, já aos 15 anos. E, apesar de o mesmo expressar, na sobredita missiva, certa satisfação naquele Seminário, reclama com bastante diplomacia do cargo de porteiro que o Pe. Enrile o incumbira. O talento dele era congênito. Um abraço, e me desculpe pelas tolices.
ResponderExcluirNão há nada a perdoar, caríssimo Heitor!Acho muito justo, o seu bairrismo, garanto-lhe que teria o mesmo se eu fosse "filha" desse "Cratim de Açucar" e de tão grandes talentos e que tanto nos orgulha de sermos cearenses.
ExcluirQuanto à carta de Oliveira Paiva, certa vez você me enviou uma cópia por e-mail mas eu a perdi, por ter tido o tal e-mail bloqueado, antes de salvá-la.Sou muito "desajeitada" em internet. Peço-lhe, portanto que envie para o meu endereço atual, essa carta que você cita e algum outro documento, relativa ao escritor. Ficarei muito agradecida.
E-mail: lubpaiva@gmail.com
P.S. Vi que você retornou à publicação em seu formidável blog. Já li um bocado mas, por serem muito extensas, as matérias, estou apreciando com calma, para, só então, comentar.
Um forte abraço!
Olá Lúcia,
ResponderExcluirSabia que eu pensei que ja aqui tinha vindo?
Passei para deixar um abraço e eis que tenho uma bela surpresa.
Adorei a atitude e o caráter de um jovem que numa rebeldia bem amadurecida não condescendeu com a injustiça.
Antigamente ter um sacerdote na família era uma bênção. E tive tios-avós da parte do meu pai ( um foi Reitor do Seminário de Braga, muito autero, dizem...), e da parte da minha mãe esteve aí no Brasil, mas penso que no Rio ou perto. Por isso compreendo o mau estar gerado.
E como sempre, uma maravilhosa narrativa com uma fantástica reportagem fotográfica.
E amei a música. Adoro o forró! A propósito, o que é a rapadura? Já vi no dicionário mas não chega...
Grande abraço, Lúcia
Manu, querida, às vezes também faço essas visitas duplas, penso que já comentei e fico surpresa, quando percebo que não.
ExcluirO meu ti-avô já menino mostrava a sua integridade, seu forte e bom caráter.Tem sido a marca genética mais marcante por gerações. Nossas famílias, luso-brasileiras, muito se assemelham, nas formações, de determinadas épocas. Somos "crias", não poderia ser diferente. Seria interessante saber quem foi esse seu tio-avô que foi sacerdote aqui no Brasil..
Forró é um gênero de música muito animado, gostosa de se ouvir e de se dançar, alegra qualquer pessoa.
Rapadura, é um doce feito de melado da cana-de-açucar, em forma de tijolos, muito duro. Faz-se em grandes tachos e, quando no ponto, põe-se nas grandes formas, retangulares, para esfriar. É originária dos grades engenhos do "ciclo da cana". Haviam as casas de engenho, dos Senhores de Engenho. Ainda se produz, mas não como antigamente.
Obrigada, amiga.Forte abraço, da lúcia
Muito obrigada pelo seu esclarecimento querida amiga.
ResponderExcluirClaro que a rapadura é brasileiríssima. Eles são fantásticos! Fortes em tudo!...É preciso ( como se diz aqui) "ter lata"! Eu conheço dos imenso livros de culinária brasileiros mas o dicionário não esclarecia o suficiente.
Perguntarei à minha mãe ou ao ao meu tio que mora aí no Rio, onde este tio esteve. Em Teresópolis foi o centro da família Regadas onde ainda hoje há um Parque( e penso que uma rua ) com o nome da família da minha mãe.
Dava uma história muito interessante, pode crer.Mas não tenho elememtos suficientes daí.
Ah! E se quiser mimar mais o filhote, pesquise doces conventuais la no blog...
E muitos muitos parabéns e imensas felicidades para ele!
Grande abraço, Lúcia
Eu adoro rapadura! Obrigada, querida Manu.
ExcluirVou pesquisar um pouco sobre a família Regadas.
Eu ia tanto a Teresópolis, quando morei no Rio, mas não conhecia você. Pretendo voltar lá, no ano que vem.
Obrigada, pela dica dos doces. Saiba que ele está se revelando um exímio cozinheiro, especializando-se em massas e doces.
Abraço, amiga!
Ninguém sai daqui vazio,muito pelo contrário...parte levando a história daqui,sempre mais rico...é muito bom fazer parte desse teu mundo!!!
ResponderExcluirQue bom, vê-la aqui, Crista! Minhas histórias
Excluirtem gosto de vida, acho, por se tratar de família,
deve ser isso que as tornam ricas...
Obrigada, pelo carinho.
Beijos