Aí está,o nosso mapa do Brasil, por Estados, multicolorido.
Como iremos " enfrentar", uma viagem pelo Nordeste, do
Engenho Tamatanduba, em Pedro Velho, RN. ao Cococi,
no Sertão dos Inhamuns, Estado do Ceará, resolvi traçar
a rota nesta postagem da SAGA,com o espaço geográfico
percorrido pela Família Paiva, quando de sua emigração,
por volta de 1843...Provavelmente, percorreram o caminho
mais curto, entre as Capitanias de Pernambuco e do Piauí,
para chagar aos Inhamuns...
( Mapa do Ceará - foto da Wikipédia)
Não sei precisar a distância, nem a quantidade dos dias,
que levou a família Paiva, para atravessar, a cavalo, do extremo
sul do Rio Grande do Norte, à fronteira oeste com o Estado do Piauí.
A "mancha" vermelha, no mapa, é o município de Parambu, cujo território foi habitado, antes
das Entradas vindas de Pernambuco, pelos índios jucás, candandus e inhamuns. Com a doação
de sesmarias ao longo do rio Puiú e a disseminação da criação de gado bovino na região surgiu um
povoado com o nome São Pedro do Cachoeiro formado em torno das fazendas de gado e de uma
capela, cujo patrimônio foi doado em 1772 por Enéas de Castro Feitosa. O município tem sete distritos:
Parambu (sede), Cococi, Gavião, Miranda, Monte Sion, Novo Assis e Oiticica.
Tentei me "camuflar", com esta indumentária, "verde canavial",
mas, mesmo assim, sou notada na foto... além do que, estou "falando"...
MINHA FALA: - Esta é a porteira da entrada principal do Engenho Tamatanduba.
Na estrada que passa aqui, à minha frente, ficava a Mata da Vara, onde havia a
Ladeira do Suspiro, em cujas margens escondiam-se os "cabras", de Dendé Arcoverde,
de um lado, e de Brito Paiva, do outro, sempre dispostos para emboscadas....
Nesta porteira, no dia 2 de fevereiro de 1842, chegou o cavalo de meu bisavô Vicente Ferreira
de Paiva, ainda com a sela, mas, sem o dono montado nele....seu corpo, inerte, ficara em Pedras de Fogo...
Desta porteira, saiu minha bisavó, Anna Joaquina de Castro Paiva,a Donana, viúva de Vicente, o Centú, acompanhada por dois enteados, os três filhos menores e alguns poucos escravos...com destino ao Cococi, nos Sertões dos Innhamuns, oeste do Ceará, limítrofe com o Estado do Piauí, no Nordeste brasileiro...
Este caminho, à minha direita, seguindo atrás, já bem distante da porteira,
leva à capelinha que ainda deve estar em ruinas...já que o IPHAN, não deu respostas
ao meu requerimento, para uma possível avaliação e restauração da mesma...
Aí, do meu lado esquerdo, o querido amigo Galvão (Prof. Francisco
Alves Galvão Neto, Historiador/Pesquisador), meu "condutor" e orientador,
na facilitação para se localizar o Engenho Tamatanduba, a capelinha , as referências
bibliográficas , sobre o Engenho Tamatanduba, o Cunhaú, e os "personagens principais"
desse enredo real: o Brigadeiro e o Prof. Brito Paiva.
Segundo Galvão, esta casa, aí onde estamos, não é a casa original onde residia a família Paiva.
A casa original, era de taipa ( construção típica do nordeste, antigamente, com barro e varas).O local, é
mesmo da casa antiga...Esta informação, me foi passada por Galvão, no momento desta foto....
A partir da foto abaixo, já é COCOCI, no SERTÃO DOS INHAMUNS - CEARÁ...
O Sertão dos Inhamuns, que tem cobertura vegetal de caatinga, tanto arbórea quanto de arbusto , é
formado pelos municípios de Aiuaba, Tauá, Arneiroz, Parambu, Catarina, Saboeiro e Cococi..
Cococi, fica a 450 Km de Fortaleza. Para chegar à Tauá, fomos de ônibus comum, meu marido e eu, saindo da Rodoviária Engenheiro Tomé Sabóia, de Fortaleza. Foram 7 horas de viagem...
Esta é a Igreja de N. Sra. da Conceição, em Cococí, na chamada
região dos Inhamuns. É uma igreja bem preservada, como se vê pela foto.
Nela, é celebrada missa, apenas uma vez por ano, no dia 8 de dezembro, data da celebração
de sua padroeira. A igreja/capela é mantida por Dona Dolores Feitosa, membro da Família
Feitosa, uma das mais influentes da região. Quando retornei com meu marido, do Rio Grande do
Norte, em 2007, ao visitarmos o Engenho Tamatanduba, dias depois fomos conhecer o Cococi.
Na cidade de Tauá, que compõe a Região dos Inhamuns, fomos bem recebidos por Dona Dolores
Feitosa que dirige a Fundação Bernardo Feitosa, colocando à nossa disposição seu carro e motorista
particular, que conduziu-nos ao Cococi, distante 43 km de Tauá...Para atravessar a antiga fazenda, passa-se por sete porteiras. Vai-se abrindo cada porteira, deixando-as escancaradas, para a passagem do carr, Só
no retorno, vai-se fechando, uma a uma, à medida que que se atravessa...cada uma das sete porteiras...
Esta garotinha comigo na foto, é filha de uma das moradoras do Cococi.
Apenas duas famílias residem atualmente nessa cidade que é conhecida como
"Cidade Fantasma".
Uma das moradoras, é responsável pela limpeza da igreja e pela chave. Sempre que chega um
"turista" curioso, a senhora gentilmente abre as portas do templo.
(Foto : acervo próprio - Lúcia Paiva)
Interior da Igreja de N. Sra. da Conceição, no Cococi- Inhamuns- CE.
O coronel Francisco Alves Feitosa, viveu os seus últimos dias na fzenda
Cococi,. Essa igreja/capela, foi inaugurada por ele em 1748, seguindo o
modelo da igreja de Feitosa, em Portugal, que tem altar lateral, junto ao
arco do altar-mor.(Fonte: http://genealogiafreire.com.br.)
(Foto: acervo próprio- Lúcia Paiva)
Altar-mor da Igreja de N. Sra. da Conceição , em Cococi-CE
(Foto: acervo próprio - Lúcia Paiva)'.
Foto tirada do casarão, também abandonado, que pertenceu ao
Major Feitosa, político e descendente dos primeiros Feitosa que "criaram"
o então povoado/fazenda Cococi... (Foto: acervo próprio - Lúcia Paiva).
Este senhor, que está ao meu lado, é o motorista de Dona Dolores
Feitosa, que gentilmente cedeu o seu carro para que meu marido e
eu vistássemos a cidade abandonada. Relatei, à Dona Dolores Feitosa,
da emigração da família Paiva. para o Ceará, vinda do Engenho Tamatanduba,
permanecendo primeiro em Cococi por algum tempo, um ou dois anos talvez,
para só depois ir se instalar em Fortaleza, capital do Ceará...distante 450 Km...
Este é o casarão , também abandonado, que foi residência do Major Feitosa....
(Foto: acervo próprio: Lúcia Paiva).
(Foto: blog de Altaneira)
Casas em ruínas, na "Cidade Fantasma", Cococi....
(Foto: blog de Altaneira)
Casas em ruinas na "Cidade Fantasma", Cococi...
Segundo a vice-presidente da Fundação Bernardo Feitosa, Fátima
Feitosa, os únicos registros históricos apontam a fundação de Cococi em 1708,
pós a chegada do Coronel Francisco Alves Feitosa, na região dos Inhamuns. Com isso,
pode-se chegar à conclusão de que o processo de colonização dos Inhamuns passou por
Cococi. Foi designado município em 1954, mas em 1968 foi destituido passando a ser distrito
de Parambu. A cidade de Cococi possuiu apenas dois prefeitos, o Major Feitosa e Leandro Custódio
(que aparece, no vídeo publicado abaixo), que é, também, da família Feitosa....
(Foto: acervo próprio - Lúcia Paiva)
(Foto tirada a partir do Casarão que foi residência do Major Feitosa)
Este vídeo, em complemento com a série de fotos, dão bem
a ideia do foi , e do que é, o Cococi de hoje...
A emoção que sentí, ao entrar no Cococi, foi semelhante a que
senti ao entrar no Engenho Tamatanduba......imaginar que, nestes dois
lugares estiveram meus ascendentes paternos... que os filhos de Donana,
estiveram a correr e a brincar em suas ínfâncias despreocupadas, sem o
alcance do drama vivencial por que passava sua mãe, precocemente viúva...
Imagino o apoio e a imensa coragem de Antônio Pereira de Brito Paiva,
ao assumir o "comando" de uma família, "substituindo" o pai assassinado...dali em
diante, passaria a ser o "pai" dos irmãos menores e trataria a madrasta como se fora sua mãe..
*******
A emigração da Família Paiva para o Ceará, "instalando-se",
primeiro, no então povoado Cococi, não foi aleatória, ao "escolher" uma região um tanto "inóspita" como é a caatinga do
Sertão dos Inhamuns. Não, não foi. No Cococi já viviam, desde
o início do século XVII , a família Alves Feitosa, parentes da
família Paiva. Essa ligação, só ficou bem esclarecida, para
mim, depois de muitas pesquisas...No entanto, não sei precisar,
ainda, o grau de parentesco, entre as duas famílias....É
possível que venha a ser pelo sobrenome Castro, de minha
bisavó Anna Joaquina de CASTRO Paiva.
A pesquisa genealógica prossegue....
Nos escritos de meu pai encontro: -" O sangue dos Inhamuns não mudou o sangue dos Bons, Burros e Bravos, de que falava, entre sicero e maldoso, João Brígido. Havia Sacerdotes e Fazendeiros, e entre aqueles Mons. Pedro Leopoldo de Araújo Feitosa, Vigário da Sé e autor de "As Belezas da Religião", isso no começo do século XX , antes dos nossos 10 anos.
De Lourenço de Castro Alves Feitosa, escrevera o maravilhoso Barão de Studart no Dicionário Bio-Bibliográfico Cearense 2º volume, 1913:
"Seu pai era neto do Capitão Bernardo Freire de Castro, senhor do Engenho Tamatanduba, no Rio Grande do Norte, filho do Sargento-Mor Leandro Custódio de Oliveira Castro, de Tamatanduba, e de Eufrásia Alves Feitosa, bisneta do Cel. Alves Feitosa, o fundaor do Cococi, rio dos Jucás, e sua mãe era filha Major José Alves Pedrosa, também bisneto daquele fundador, e de D. Ana Gonçalves Vieira, filha única do Cel. Joaquim Chaves, o prisioneiro do Governador João Carlos e que morreu no Limoeiro do Norte.
Lourenço Feitosa, como seus irmãos, foi mandado estudar desde as 1as.letras em Fortaleza, onde frequentou emtre 1853 e 1854 a escola do professor Spíndola, que gosava de grande nomeada como pedagogo, morando na casa do Cel. Paiva, seu parente pelo lado paterno"
Ainda lemos na biografia do Pe. Francisco Máximo de Feitosa e Castro, seu irmão, a mesma referência ao parente paterno, Cel. Antônio Pereira de Brito Paiva que, vindo do Rio Grande do Norte, em 1843, logo após a morte de seu Pai, Vicente Ferreira de Paiva, patriarca da Família, assassinado a 3 de fevereiro de 1842, emigrou com todos os Paiva pelo perigo de novo choque com André Arcoverde de Albuquerque Maranhão, ou André do Cunhaú.
Além desses escritos, deixados por meu pai, onde ele cita grandes
historiadores cearenses, como João Brígido e o Barão de Studart,
tenho buscado fontes que venham a esclarecer, definitivamente, a emigração da Família Paiva para o Ceará, e sua ligação com as
famílias Freire de Castro/Alves Feitosa, que a acolheu, na
fazenda/povoado Cococi, no Sertão dos Inhamuns...
Recentemente, acessei o o site www.genealogiafreire.com.br , do
qual transcrevo parte do texto, logo abaixo:
"Originário do sertão dos Inhamuns, no Sudoeste do Estado do Ceará, a Família Jucá é uma das mais numerosas do Nordeste e hoje está presente em todo o território brasileiro, ela surgiu,ainda o século XVII, no seio da Família Feitosa, para prestar duas homenagens: à memória do capitão-mor Bernardo Freire de Castro, senhor de engenho em Tamatanduba, um dos mais prósperos da Capitania do Rio Grande do Norte, e dos índios Jucás, que dominaram as cabeceira do rio Jaguaribe. O sargento-mor Leandro Custódio de Oliveira Castro mudou-se para os Inhamuns a fim de criar gado, depois de um romance desfeito, em sua terra natal, com a prima Ana Tereza, com quem teve um filho. Ainda jovem, ele se casou com Eufrásia Alves Feitosa. A família Feitosa era a mais importante e a mais numerosa dos Inhamuns desde o início do povoamento da região, onde se projetou, graças à criação de gado, como a maior expressão econômica e política. O primeiro Jucá, o Patriarca Bernardo Freire de Castro, era um dos dez filhos do casal Leandro Custódio de Oliveira Castro - Eufrásia Alves Feitosa."
Prosseguindo, essa narrativa, o site de genealogia registra:
"(......) Convidou ele à mulher para um passeio no meio da família no Rio Grande do Norte. De viagem, Leandro Custódio disse à sua mulher que, chegando à sua terra, Ana Tereza viria visitá-la, e que D. Eufrásia teria que ficar gostando muito dela, e que, quando a amizade estivesse feita entre as duas D. Eufrásia dissesse que tinha um pedido para lhe fazer e tinha a certeza que que Ana Tereza daria a palavra atendendo ao pedido; e assim, D. Eufrásia pedisse o pequeno Leandro, para criá-lo. Tudo assim aconteceu, mas Ana. quando entregou o menino disse que dava a ela , porém a Leandro não daria nunca, porque ele era muito ruim."
Mais adiante, lê-se um trecho importante, para a nossa postagem :
"Pouco se sabe sobre o capitão Bernardo Freire de Castro, pai do sargento-mor Leandro Custódio de Oliveira Castro, ele era o senhor do Engenho Tamatanduba, na Capitania do rio Grande do Norte, que no dia 11 de janeiro de 1701 saiu da tutela da Capitania da Bahia, para ficar subordinada à Capitania de Pernambuco. A sua independência administrativa ocorreu com a carta régia de 12 de setembro de 1770. Vale lembrar que o casamento do sargento-mor Leandro Custódio de Oliveira Castro com Eufrásia Alves Feitosa ocorreu em 1789".
Procedi às transcrições acima, para que possamos melhor entender
quem foram os proprietários do Engenho Tamatanduba. Ainda
permanecem dúvidas, quanto à situação da Família Paiva no
"contexto" daquela propridade. Sabemos que a Família Albuquerque Maranhão detinha a maioria das terras da região
sul do Rio Grande do Norte.
No livro "O Engenho do Cunhaú à Luz de Um Inventário", de Olavo de Medeiros Filho, encontramos, à página 80, o seguinte:
"O Espólio de dona Antônia Josefa do Espírito Santo Ribeiro era devedor às seguintes pessoas:
FRANCISCO DE BARROS LEITE............................316$760
Filhos de JOÃO DE ALBUQUERQUE MARANHÃO, do Miriti
...............................................................................1:127$665
LEANDRO CUSTÓDIO DE OLIVEIRA, sargento-mor"de resto da
compra do ENGENHO TAMATANDUBA"............2:208$329
ANTÔNIO MANUEL MOREIRA, "de resto de seu ordenado, que vencia"........................................................................30$135
É importante registrar aqui que os bens da família Albuquerque Maranhão foram todos confiscados em 1817, por ordem do Provedor da Fazenda Real. Somente em 1823, quando haviam sido perdoados os réus daquela Revolução, ocorreu o inventário dos bens que haviam pertencido à Senhora do Cunhaú.
Suponho que, a partir desta data, André Arcoverde de Albuquerque Maranhão, o Dendé Arcoverde, tornou-se o Senhor do Cunhaú.
Possivelmente, o Engenho Tamatanduba , pertencendo à sua família , passou a ser arrendado. Não sei precisar, qual seria a situação da
família Paiva, na forma de "inquilinato", ao residir no Engenho Tamatanduba, de 1838 a 1843.
Neste mesmo Inventário, há uma interessante descrição do Engenho Tamatanduba, em que é citado BERNARDO DE CASTRO FREIRE, que é o mesmo Bernardo Freire de Castro,
que julgo importante aqui transcrever:
"O Engenho TAMATANDUBA, de fabricar açucar, com casa de vivenda, casa de moenda, casa de caldeira e de purgar, uma capela de pedra-e-cal, o engenho aparamentado de todo o necessário, com caldeira de cobre grande, e mais outra de cobre pequena, cinco tachas de ferro coado, mais quatro ditas de cobre, um aparador de espuma de cobre, mais duas....velhas de cobre, e duas espumadeiras velhas, e uma repartideira; com as terras a ele pertencentes, que constam das escrituras que a Inventariante tem em seu poder, com os partidos de cana e situações nele encravada, possuído por compra, o qual engenho se acha arrendado, por escritura pública, ao herdeiro João de Albuquerque Maranhão Júnior, trienal, com toda a sua fábrica de escravos, bois e cavalos, como tudo consta da escritura passada, nas Notas do Escrivão, digo Notas do Cartório de Vila Flor, cujo arrendamento vence o primeiro pagamento em maio de mil oitocentos e vinte quatro, como tudo consta da escritura que ela, Inventariante, mandou passar pelo tabelião daquela dita vila, no qual Engenho tem os herdeiros do falecido Bernardo de Castro Freire a quantia de seiscentos mil reis"...................................................600:000$000
Assim, mostramos em que contexto ocorreu a emigração da família Paiva, do rio Grande do Norte para o Ceará, a partir do assassinato do meu bisavô paterno, Vicente Ferreira de Paiva, em
fevereiro de 1842.....
*******
NOTA:1. Minha bisavó, Anna Joaquina de Castro Paiva, acompanhada de seus enteados Miguel e Antônio Pereira de Brito
Paiva e dos seus filhos Maria Isabel, Manoel e
José Joaquim Castro Paiva, após uma estada de
mais ou menos um ano nos Inhamuns, na fazenda
Cococi, transferiu-se para a capital
do Ceará.
Fortaleza, tornou-se o refúgio da grei...
2. Sua enteada,Maria Benvinda, quando da
da emigração, já havia se casado, tinha filhos
e residia em outra cidade...portanto, não emigrou
para o Ceará com a família Paiva.
3. A próxima postagem terá como "cenário"
a Fortaleza da metade do século XIX, com
a família Paiva vivendo nela....O episódio, terá
como título, "NO BAÚ DAS RELÍQUIAS, UMA
LÁPIDE TUMULAR"....(IN) SAGA DE UMA FAMÍLIA (VIII).
*******
Estou indo..........mas retorno.................Um abraço!
Lúcia, após 1822, o sistema de doação de sesmaria foi extinto sem regulamentar nenhuma lei sobre a aquisição de terras. Entre 1822 e 1850 ficou valendo a posse. Muitos proprietários simplesmente tomavam as terras pela força. Acredito que aconteceu isso: uma briga por terra numa época em que o poder estava além da lei!
ResponderExcluirMeu amigo Galvão, boas vindas!
ResponderExcluirComo de costume, com a sua prestimosa
e competente contribuição, enriquecendo
mais esta história, que também é sua...
Certamente, você tem razão no que diz.
Até hoje, ainda há poder além da lei, em
vários setores da sociedade...
Um abraço, amigo
Lúcia
ResponderExcluirEstou cá, com a minha ignorância, para te dizer que gosto mas não tenho outros fundamentos.
Beijo
SOL da Esteva
http://acordarsonhando.blogspot.com/
Estupendas las cosas que nos dejas.
ResponderExcluirSaludos y un abrazo.
Impressionante esta história que nos conta. Sua visita por esses lugares deve ter sido emocionante,pois seus ascendentes paternos por lá viveram. Uma cidade próspera por lutas políticas a que ponto chegou.
ResponderExcluirUm grande abraço.
Olá, Sol, o que importa é o gostar e voltar
ResponderExcluirsempre, os fundamentos a gente deixa para os
historiadores, principalmente os da terra...
Um beijo
Grata, Ricardo, por sua vinda
ResponderExcluire pelas palavras.
Um abraço
Lúcia uma viagem documentada, mostrada com maestria.
ResponderExcluirUma história e tanto!
Xeros
Oi, Élys.
ResponderExcluirÉ inimaginável, a emoção, nos dois sítios.
O Engenho Tamatanduba ainda é encantador,
só lamentei pela capelinha, em ruinas.
No Cococi, é desolador, e ocorre o inverso:
o único "consolo" é a bela capelinha preservada.
Forte abraço, amigo.
Lúciamiga
ResponderExcluirEm primeiro lugar: és uma açambarcadora de prémios. Os outros concorrentes já te juram pela pele, cuidadddoooooooooo!!!!!! O livreco já seguiu de barco à vela, oxalá não caia ao mar e se afogue...
Mais um excelente (e persistente) trabalho de pesquisa. Com o qual um miserável tuga como eu aprende coisas de que nunca ouvira falar. Parabéns e obrigado.
Minha linda, como sabes, restringi-me um tanto na blogosfera. Por isso não tenho aparecido por cá; mas, prometo que vou tentar vir mais vezes, que a Cadeirinha e tu própria merecem-no.
Abçs nos homi, xêros da Kel & qjs para tu
Obrigada, Ana Karla, por tão elogioso
ResponderExcluircomentário. Tento fazer o melhor e com
intensa paixão pela história...
Beijos
Ferreiramigo, nasci com a "cara virada pra Lua",
ResponderExcluirtenho sido bastante premiada na vida. Ficarei "plantada" no porto, aguardando o tal barco, que
traz meu preciso livro.
Sei que está a navegar menos, agora.
Agradeço a sua vinda à Cadeirinha e o carinhos
comentário.
Um abraço
Uma maravilha de história que mostra tua determinação em ir, vasculhar o passado...Lindo!bjs,chica
ResponderExcluirObrigada, chica,sou mesmo determinada,
ResponderExcluirpersigo e persigo. Não sossego, enquanto
não descubro o que busco.Sou movida à tenacidade.
Um beijo, amiga
Boa tarde, Lúcia
ResponderExcluirMais um emocionante capítulo dessa saga fabulosa, contado com a mestria habitual.
Posso imaginar a sua emoção pisando terras outrora ocupadas por seus ancestrais!
As fotos estão impecáveis, complementando uma narrativa excelente. Também gostei muito do vídeo.
Aguarsa-se o próximo episódio.
Uma semana feliz. Beijinhos
Lucia,
ResponderExcluirQuero lhe parabenizar por este trabalho maravilhoso, que com certeza não é fácil, e é necessário muito empenho e dedicação. No entanto, já antevejo a sua alegria e satisfação, de vê-lo concluído.Imagino que reconstituir a saga de uma família é além de instigante, desafiador.
Fiquei impressionada com Cococí, a cidade fantasma.
Adorei o vídeo, as fotos, enfim.
Nota 1000!
Beijos
Socorro Melo
Minha querida Lúcia
ResponderExcluirEm primeiro lugar o mapa do Brasil, fundamental para se perceber muita coisa, como seja, a distância percorrida pela sua família.Distância realmente muito grande, sabendo que naquela época os meios de transporte não eram nada fáceis.E esta distância só seria percorrida sabendo de antemão que havia pessoas amigas ou familiares à sua espera...como, aliás, a Lúcia referencia.
As fotos conduzem-nos àqueles tempos.As de Cococí fazem pena perante as ruínas, sabendo que ali viveu gente trabalhadora, dinâmica que deu muito de si àquela terra...Faço ideia da sua emoção vivenciando tudo isso e tendo em conta que a sua família passou por ali.
Parabéns por esta pesquisa e por esta história, verídica, que partilha connosco. Voltarei para ver e ouvir o video.
Beijos
Olinda
Mariazita querida, sempre gentil, com seus
ResponderExcluirelogios que me enchem de alegria, pois quero
acreditar. A emoção é imensurável. Trouxe até um
um punhado, das duas terras...Amo, essas buscas...
Fico muito grata, à amiga de além mar...
Beijinhos
Oi, Socorro, realmente sem empenho e dedicação
ResponderExcluirpouco se realiza. Ao se realizar, o que se pretende,é compensador o resultado, em cada etapa. Ainda restam desvendar algumas "nebulosas"...mas, vamos em frente, no desafio...
Que bom, que gostou.Obrigada!
Beijinhos
Olinda, minha querida.No seu comentário,e no de
ResponderExcluirmuitos, percebo que minha narração deixa bem claro
toda a sequência dos fatos ocorridos desde a morte de meu bisavô. As ilustrações, mesmo com fotos atuais(poucas são as antigas),faz com que o leitor se situe melhor no ambiente onde a história se passa...
Obrigada, por vir sempre, avaliando com tanto carinho o que eu venho narrando.
Beijinhos
Olá querida!
ResponderExcluirTô me sentindo até importante com tantos elogios lá no blog vindos de alguém tão especial.Obrigada por suas palavras, são muito carinhosas.
Ontem estava lendo essa postagem e tive que parar no meio do caminho, pois o telefone me interrompeu... demorei no papo que era com gente de longe e acabei não voltando. Ainda a pouco me sentei e retomei a leitura... novamente fui interrompida com minha filha me chamando para assistir a uma entrevista da Palmirinha na TV... Bom, lá fui eu novamente... Agora chega de interrupções. Li tudinho, tudinho. Assisti ao vídeo... fiquei vagando por aquele lugar imaginando mil coisas. A saída de cada família rumo não sei onde. (Minha cabeça deu um nó quando imaginei a cidade de meu avô, também desaparecendo do mapa, só que em função da gripe espanhola).
Me sinto andando por aí, lendo seus relatos e vendo as fotos.Vc expõe a história com maestria.
Deve ser fantástico sair em busca da própria história familiar e constatar a riqueza do trajeto percorrido por todos os ancestrais. Me senti de verde canavial ali naquela porteira com vc (cabe mais um na viagem?). Ali na Igreja resistindo, está minha Nossa Senhora de devoção... a Imaculada Conceição, representada em minha primeira postagem do Cerca Viva. Nem sei explicar o que sinto lendo tudo isso. Só posso dizer que vai fundo ao coração.
Nunca pensei que uma cadeirinha poderia me levar tão longe e me envolver em uma história tão enriquecedora.
Os Paiva jamais poderiam imaginar que Lúcia os fizesse atravessar fronteiras e mais fronteiras...
Bjks nesse lindo coração Paiviano
Renata http://cercaviva.blogspot.com/
Guidinha, amiga querida, não são elogios que faço a você, lá no Cerca Viva, é que lá pulsa a sua vida, o que você cria, a partir de um elemento comum,corriqueiro, como no caso do seu último post:um casamento.Você é uma "fadartista"...(não confundir com "fadista" rsrsrs...
ResponderExcluirEntão, gostou da viagem pelo nordeste. Querendo conhecer mais, sobre o Cococi é só ir no google e no youtube. Sobre Tamatanduba, só se encontra em artigos raros, de historiadores, sem ilustrações...
Obrigada,Guidinha, por ter vindo, fique sempre à vontade na Cadeirinha, como eu me sinto, junto à sua linda Cerca Viva...
Cheiros, bem cearenses
Uma excelente lição de história! Continuo a aprender!
ResponderExcluirAbraço
Olá Lucia!!
ResponderExcluirPassando para deixar um beijo enorme!
Desejar uma ótima tarde e chamar você a vir me dar um beijo.
Espero por vc no Alma!
Olá Lúcia
ResponderExcluirAtravés do blog Fortaleza Nobre encontrei a sua "cadeirinha de arruar" e, confesso que ao ler seu post, fiquei mais compelida a continuar minhas pesquisas com relação à saga de minha família. Eu e minha prima Ana, estamos pesquisando e traçando as primeiras peças do mosaico da saga de Ana, a Donana, nossa Avó Materna. E, incrível como seu post me deu mais entusiamo, até porque estive no ano passado na região e tive a certeza de que por ai passou o casal Rosa e Joaquim que deram origem à Donana, nossa avó querida. Parabéns pelo site, parabéns pelos posts, e sinceramente, desejo-lhe muito sucesso no seu livro! E, caso possa, gostaria de manter contato contigo para trocar informações! Paz e Bem
Célia Augusta
Querida Lúcia,
ResponderExcluirEstou a ver que não sou a única verdinha...
Obrigada pelos elógios no blog do Kim !
beijinhos e bom fim de semana
Verdinha
Lúcia, interessante o que traz para contar. Adorei seu comentário no meu blog e agora tbm estou te seguindo.
ResponderExcluirbjs
Gotas, das de orvalho...rs
Lucia
ResponderExcluirQue maravilha de viagem!
Me fez lembrar papai. Uma vez ele e mamae foram em Alegre no ES para conhecer uma cidade que tinha sido de nosos antepassados. E foi uma choradeira só.
TIO Tonho me disse que seu primo enviou lhe um email para saber sobre se o nosso Paiva e o de voces existe ligação pois tio Tonho é especialista em arvore genealogica.
Perguntando pra mamae ela contou que papai tinha umas cartas de parentes do Nordeste.
Mas ele passou a carta pra meu tio que já ésta falecido.
com carinho Monica
Oi Lúcia,
ResponderExcluirO que achei mais curioso é essa permanência de duas famílias na cidade fantasma...
Obrigada pelos votos de feliz aniversário.
Beijocas.
O tempo é impiedoso, amiga Lúcia. Vai esculpindo suas marcas nas cidades, nos lugares e nas pessoas. Foi verdadeiramente uma saga, mais ainda levando-se em conta as circunstâncias em que se deu.
ResponderExcluirO teu trabalho de resgate dessa história, não tenha dúvidas, será de muita importância para o conhecimento da posteridade. As cidades poderão sumir, as pessoas poderão sumir, mas a história ficará registrada nos teus escritos.
Parabéns pela persistência.
Grande abraço.
Álvaro,poetamigo, você é que é um
ResponderExcluirgentil "aluno", eu apenas sou uma
simples contadora de "causos" reais.
Volte, sempre...
Abraço
Olá, Vinícius, obrigada,
ResponderExcluirvou já lá, levar meu beijo,obrigada...
Inté, meu neto
Célia Augusta, que bom, esse seu interesse
ResponderExcluirem escrever a saga da sua família. Por coincidência, meu avô é (José)Joaquim e minha
avó é Rosa.Mas não tiveram filha de nome Ana...
Fique à vontade, meu e-mail é:
paiva.lupaiva.lucia8@gmail.com
Obrigada, pelo comentário
Oi, Verdinha, adorei a postagem do Kim.
ResponderExcluirBom domingo, amiga
Beijinhos
Oi, Moniquinha
ResponderExcluirA viagem, é uma aventura real. Fiz questão,
de mostrar todos os cantos...Procure se inteirar
com o Tio Tonho, essa ligação das nossas árvores.
Um beijo, amiga
Oi, Estela.
ResponderExcluirTudo indica que a permanência das duas
famílias, é de interesse dos Feitosa.
Ao manter a igreja preservada, com uma missa
anual, a mídia divulga e a "tradição" da
Família Feitosa não morre. São muitos,
os políticos dessa família, no Sertão dos
Inhamuns.
Um beijo, amiga
Olá Clóvis
ResponderExcluirEu espero que assim seja. Esse é o meu intuito.
A história, precisa ser revelada, aos da terra, aos que virão. Não sou historiadora,escrevo o que sei e o que vou descobrindo.A persistência, herdei de meu pai. Obrigada, amigo, pelo incentivo e carinho.
Meu abraço
Viajar é tuuuudo de bom. Não conheço o nordeste. Só até a Bahia. É um dos meus sonhos!!!
ResponderExcluirBeijos, querida!
Querida Lúcia
ResponderExcluirVoltei pelo vídeo.E valeu a pena.Adorei ver Coccoci e ouvir as explicações que nos são dadas.Quase que tive saudades daquele lugar, daquele tempo, daquelas pessoas que lá viveram...Pena as casas e o resto não serem restaurados.
Outra parte que vim reler foi o trecho relacionado com os equipamentos do Engenho.Já sabe que tenho uma certa fixação por esta matéria... :)
Beijo e uma boa semana.
Olinda
Olá, Sônia,
ResponderExcluirvenha então realizar o seu sonho",
viajar é mesmo tudo de bom...
Beijo
Olinda, querida
ResponderExcluirme parece, que há interesses (ocultos rs)
para "manter" as casas em ruinas, a "cidade fantasma". Por quê manter apenas a capela reservada? Da maneira que está, parece, Cococi
tornou-se atração turística. Quanto à descrição
do engenho, é mesmo muito bonita...sei da sua
"fixação port essa matéria" rs...
Beijo, querida, boa semana
Lúcia querida,estive de férias,mas estou de volta e já tomei assento na mágica cadeirinha de arruar,para seguir viagem com você.E me sinto na cidade fantasma,conversando com as famílias que alí permanecem;na igreja tão linda fazendo os meus três pedidos(tradição familiar:todas as vezes que se entra,pela primeira vez em uma igreja,rezam-se 3 Pai Nossos,3 Ave Marias e três Glórias Ao Pai;e se fazem 3 pedidos).
ResponderExcluirDepois ajudei a abrir as sete porteiras,escutando o barulhinho característico e visitei as casas de seus antepassados...
Enfim,tive uma aula de geografia e história
,de parte de uma verdadeira mestra no assunto.
E o engenho me fez lembrar a fazenda de meu avô,no estado do Rio,pois era também uma fazenda de cana e de café.
Aguardo com ansiedade outro capítulo desta bela saga.
Bjssssssssss,Leninha
Amiga Leninha, já tão querida e com tantas afinidades, fico-lhe grata por estar sempre a tomar assento nesta Cadeirinha que é de todos. Parece que essa tradição dos 3 pedidos, com rezas, se estendeu pelo país afora...aqui também temos.
ResponderExcluirTambém gozei uns dias de férias e o capítulo seguinte não foi concluido...estou a dar os últimos retoques.
Beijinhos
Mariazita, querida, deixei de comentar o seu comentário, nesta postagem. Nesse mesmo dia fui primeiro ao seu blog e, por distração "passei em branco" pra você. Desculpe-me, costumo responder a todos. Fico-lhe grata pelos elogios e por sua apreciação.
ResponderExcluirUm abraço fraterno
Lúcia
Não conhecia a história dessa cidade Cococi, é incrível, nos faz viajar. meu distrito Araticum, um dia também já foi cidade, só que por pocous dias.
ResponderExcluirNo dia 27 de Setembro de 1963, Araticum foi elevado a categoria de cidade
com o nome de “Grijalva Costa” nome do pai de um dos idealizadores desse projeto, porem antes da primeira eleição, o sonho acabou, a revolução de 27 de setembro de 1964, do presidente Castelo Branco, revogou a criação dos novos municípios.
até hoje continuamos como distrito de Ubajara.
Fico imaginando um lugar que já teve prefeito, e hoje e deserto,é incrivel.
Parabéns
Grande abraço.
Meu caro historiador, só hoje, vi seu comentário.
ResponderExcluirMuito interessante. É um pena, uma cidade nascer e
"viver" tão pouco.
Obrigada, pela visita e comentário.
Um grande abraço.
Coincidentemente estou lendo o livro A Casa de Cunhau, de Luis da Cämara Cascudo, o qual trata de grande parte da historia e genealogia dos que viveram naquela casa. Como eh fascinante a historia do nosso povo, principalmente no centenario da Revolucao Pernambucana.
ResponderExcluirOlá Lúcia, boa noite! Sou descendente direto de Bernardo Freire de Castro, e gostaria de saber se ainda existe e se é possível chegar ao engenho de Tamatanduba??
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