Contingências e sentimentos da família
J. Paiva
Nesta foto, vê-se a Rua 25 Março, em Fortaleza, no antigo bairro
Outeiro,onde ficava o sítio comprado por Maria Isabel, mãe de
Manoel.de Oliveira Paiva, ao ficar viúva do Mestre João.
Era localizado à esquerda, na parte inferior, tendo sido adquirido
em 1871. A foto é do início do século XX. Muito mudou...aí...
(Foto: Arquivo Nirez).
Outeiro,onde ficava o sítio comprado por Maria Isabel, mãe de
Manoel.de Oliveira Paiva, ao ficar viúva do Mestre João.
Era localizado à esquerda, na parte inferior, tendo sido adquirido
em 1871. A foto é do início do século XX. Muito mudou...aí...
(Foto: Arquivo Nirez).
Praça Cristo Redentor, vendo-se ao fundo a Igreja da Prainha (N.S.
da Conceição da Prainha) que era frequentada pela família Oliveira
Paiva . A Igreja é do século XIX, mas a torre com a praça, foi
construída na 2ª década do século XX.. Tanto a torre do Cristo Redentor,
como a Igreja da Prainha, estão sendo preservadas. (Foto: Arquivo Nirez)
da Conceição da Prainha) que era frequentada pela família Oliveira
Paiva . A Igreja é do século XIX, mas a torre com a praça, foi
construída na 2ª década do século XX.. Tanto a torre do Cristo Redentor,
como a Igreja da Prainha, estão sendo preservadas. (Foto: Arquivo Nirez)
A ladeira, vista na foto, vem dar na Praia de Iracema, bem à frente.
Descemos muito essa ladeira, para irmos tomar banhos de mar.
Os degraus e os trilhos de bonde, já não existem. Hoje, é via
de carros, com intenso movimento. ( Foto: Arquivo Nirez).
O casario do Bairro da Prainha, vista do alto, da igreja. A
torre, que se avista ao longe, é de uma edificação que hoje
abriga a Secretaria da Fazenda do Estado (SEFAZ). Já não
o coqueiral da época...próximo ao mar (antiga Praia do Peixe,
hoje Praia de Iracema - Foto: Arquivo Nirez).
Fotos atuais, em detalhes, da Igreja da Prainha, que passou por
algumas reformas. O Cristo na Cruz, que fica à frente da igreja,
é uma obra que foi executada pelo Mestre João (João Francisco
de Oliveira), pai de Manoel de Oliveira Paiva (meu bisavô paterno).
(Fotos: Oficina de Projetos)
Imagem de Santa Catarina Labouré, Irmã de
Caridade. Assim, era o "hábito" das Irmãs de
Caridade francesas, que vieram para o Ceará em 1864.
Esse tipo de indumentária, inclusive o chapéu, chamado de
"corneta", permaneceu em uso até os anos 1960, salvo engano...!
(Imagem: blog ORAÇÃO E VIDA DE SANTOS).
torre, que se avista ao longe, é de uma edificação que hoje
abriga a Secretaria da Fazenda do Estado (SEFAZ). Já não
o coqueiral da época...próximo ao mar (antiga Praia do Peixe,
hoje Praia de Iracema - Foto: Arquivo Nirez).
Fotos atuais, em detalhes, da Igreja da Prainha, que passou por
algumas reformas. O Cristo na Cruz, que fica à frente da igreja,
é uma obra que foi executada pelo Mestre João (João Francisco
de Oliveira), pai de Manoel de Oliveira Paiva (meu bisavô paterno).
(Fotos: Oficina de Projetos)
Imagem de Santa Catarina Labouré, Irmã de
Caridade. Assim, era o "hábito" das Irmãs de
Caridade francesas, que vieram para o Ceará em 1864.
Esse tipo de indumentária, inclusive o chapéu, chamado de
"corneta", permaneceu em uso até os anos 1960, salvo engano...!
(Imagem: blog ORAÇÃO E VIDA DE SANTOS).
Mas vamos descer do terreno elevado das crenças e das virtudes, a fim de apreciarmos as tristes contingências materiais em que ficára a mãe de Manoel de Oliveira Paiva.
Ela não podia continuar na casa onde uma hipoteca a precipitara. Não sei se pela exiguidade de espaço, ou por outro motivo. De um casal de escravos que, entre poucas coisas, lhe restara de uma partilha com herdeiros de dois casamentos de seu pai, filhos de uma escrava da família, vendera o Anselmo, de quem Manoel de Oliveira Paiva se lembrava certamente criando um moleque com êsse nome no romance "Dona Guidinha do Poço", astucioso que era o verdadeiro Anselmo, que molhava um pedaço de pão de milho no no azeite da lamparina acesa, ante um nicho de São Francisco das Chagas. Pedia licença ao santo, e como êle se calava naturalmente, molhava o cuscús no azeite de côco e o comia, rindo da própria astúcia.
Rendeu o negrinho 800 mil reis, e minha avó chorava ao desfazer-se dêle, a quem queria como a um filho, forçada pelas circunstâncias duríssimas em que ficára com a morte de Mestre João. Sua irmãzinha Paula era a Madrinha Paula, "de girau", minha e de minha irmã. Tudo se acabou, tudo entrou para a eternidade...
Com êsse dinheiro, aforára um grande terreno no Outeiro. Lá foi construída uma casa de taipa, que na tradição de todos ficou conhecida como a "Casa Velha", ao ser demolida. Dali, enquanto meu tio Manoel de Oliveira Paiva ia entrar no Seminário do Crato, pois fizera sua Primeira Comunhão ao tempo da Missão do Padre Onoratti e, demonstrara vocação ao sacerdócio, isto em 1875, parte de suas irmãs, inclusive minha mãe, ingressaram no Orfanato do Colégio da Imaculada Conceição, cuja Superiora era a Irmã Bazet, de quem lá em casa tanto se falava bem, como nas demais Irmãs que aqui chegaram em 1864.
Três de minhas tias, entre mais ou menos 1875 e 1879, entraram no postulado das Filhas de São Vicente de Paulo, e tornaram-se verdadeiros Anjos da Guarda da nossa família. Com duas me correspondi desde os meus 7 anos. A última veio a falecer no Colégio Santa Izabel, em Petrópolis, a 1º de julho de 1945, aos 91 anos de idade e mais de 70 de vocação. Minha avó foi uma das mais antigas e assíduas Senhoras de Caridade Visitantes; e até poucos dias antes de morrer, aos 88 anos de idade, em 1898, minha avó-bisavó, viuva de meu avô assassinado em 1842, ia todos os dias, acompanhado pelo sr. Áfio Bezerra de Menezes, da nossa casa na Praça do Colégio ou Rua 25 de Março para a Capela Velha, como assim era conhecida a antiga Capela das Irmãs, ao lado da igreja do Pequeno Grande, cuja construção apenas se iniciára.
Enquanto Manoel de Oliveira Paiva seguia seu destino de sacertdote que um insólito incidente impediu de sêr; de militar a quem a moléstia pôs fora da carreira; de romancista que só teria de ser realmente conhecido e glorificado 60 anos após a morte, ficava o outro irmão, João de Oliveira Paiva. Pobre e enfrentando a criação e educação de não pequena família, minha avó, hábil aliás em prendas domésticas, no entanto pela madrugada fazia angu de milho, e lá ia à sua infalível Missa na Prainha. O filho João, depois que o angu ficava frio, cortava os mercados, punha-os sobre um tabuleiro, jogava-o sobre a cabeça de um negrinho e saia pela rua a vender o angu de milho feito pela mãe de Manoel de Oliveira Paiva. João de Oliveira Paiva, casado depois na família Menescal Frota, de Arronches, não teve o espírito inventivo de seu pai, porém nenhum instrumento de música para êle tinha segrêdo, a uns afinando, a outros restaurando, a outros deslocando peças para reconstruir um terceiro. Tibúrcio Targino, com êle muito aprendera, e há pouco tempo faleceu, pobre e ignorado, o velho Mestre Antônio, afinador de piano, a quem chamávamos Antônio Conselheiro, e que tudo devia a João de Oliveira Paiva, cuja memória idolatrava.
Foi portanto, em meio a essas contingências de vida mas vivendo um ambiente doméstico de trabalho, piedade e virtudes, que se tornou adolescente Manoel de Oliveira Paiva. Vamos já compreendendo que não era simples atavismo, uma ruminação mental e crenças desfeitas, o traço religioso, embora com alguns senões, que atravessa sua obra literária. Vê-lo-emos com a continuação destas notas, que mais me sáem do coração que da mente, se grafar no papel...
Por J. Paiva
...continua...
Ela não podia continuar na casa onde uma hipoteca a precipitara. Não sei se pela exiguidade de espaço, ou por outro motivo. De um casal de escravos que, entre poucas coisas, lhe restara de uma partilha com herdeiros de dois casamentos de seu pai, filhos de uma escrava da família, vendera o Anselmo, de quem Manoel de Oliveira Paiva se lembrava certamente criando um moleque com êsse nome no romance "Dona Guidinha do Poço", astucioso que era o verdadeiro Anselmo, que molhava um pedaço de pão de milho no no azeite da lamparina acesa, ante um nicho de São Francisco das Chagas. Pedia licença ao santo, e como êle se calava naturalmente, molhava o cuscús no azeite de côco e o comia, rindo da própria astúcia.
Rendeu o negrinho 800 mil reis, e minha avó chorava ao desfazer-se dêle, a quem queria como a um filho, forçada pelas circunstâncias duríssimas em que ficára com a morte de Mestre João. Sua irmãzinha Paula era a Madrinha Paula, "de girau", minha e de minha irmã. Tudo se acabou, tudo entrou para a eternidade...
Com êsse dinheiro, aforára um grande terreno no Outeiro. Lá foi construída uma casa de taipa, que na tradição de todos ficou conhecida como a "Casa Velha", ao ser demolida. Dali, enquanto meu tio Manoel de Oliveira Paiva ia entrar no Seminário do Crato, pois fizera sua Primeira Comunhão ao tempo da Missão do Padre Onoratti e, demonstrara vocação ao sacerdócio, isto em 1875, parte de suas irmãs, inclusive minha mãe, ingressaram no Orfanato do Colégio da Imaculada Conceição, cuja Superiora era a Irmã Bazet, de quem lá em casa tanto se falava bem, como nas demais Irmãs que aqui chegaram em 1864.
Três de minhas tias, entre mais ou menos 1875 e 1879, entraram no postulado das Filhas de São Vicente de Paulo, e tornaram-se verdadeiros Anjos da Guarda da nossa família. Com duas me correspondi desde os meus 7 anos. A última veio a falecer no Colégio Santa Izabel, em Petrópolis, a 1º de julho de 1945, aos 91 anos de idade e mais de 70 de vocação. Minha avó foi uma das mais antigas e assíduas Senhoras de Caridade Visitantes; e até poucos dias antes de morrer, aos 88 anos de idade, em 1898, minha avó-bisavó, viuva de meu avô assassinado em 1842, ia todos os dias, acompanhado pelo sr. Áfio Bezerra de Menezes, da nossa casa na Praça do Colégio ou Rua 25 de Março para a Capela Velha, como assim era conhecida a antiga Capela das Irmãs, ao lado da igreja do Pequeno Grande, cuja construção apenas se iniciára.
Enquanto Manoel de Oliveira Paiva seguia seu destino de sacertdote que um insólito incidente impediu de sêr; de militar a quem a moléstia pôs fora da carreira; de romancista que só teria de ser realmente conhecido e glorificado 60 anos após a morte, ficava o outro irmão, João de Oliveira Paiva. Pobre e enfrentando a criação e educação de não pequena família, minha avó, hábil aliás em prendas domésticas, no entanto pela madrugada fazia angu de milho, e lá ia à sua infalível Missa na Prainha. O filho João, depois que o angu ficava frio, cortava os mercados, punha-os sobre um tabuleiro, jogava-o sobre a cabeça de um negrinho e saia pela rua a vender o angu de milho feito pela mãe de Manoel de Oliveira Paiva. João de Oliveira Paiva, casado depois na família Menescal Frota, de Arronches, não teve o espírito inventivo de seu pai, porém nenhum instrumento de música para êle tinha segrêdo, a uns afinando, a outros restaurando, a outros deslocando peças para reconstruir um terceiro. Tibúrcio Targino, com êle muito aprendera, e há pouco tempo faleceu, pobre e ignorado, o velho Mestre Antônio, afinador de piano, a quem chamávamos Antônio Conselheiro, e que tudo devia a João de Oliveira Paiva, cuja memória idolatrava.
Foi portanto, em meio a essas contingências de vida mas vivendo um ambiente doméstico de trabalho, piedade e virtudes, que se tornou adolescente Manoel de Oliveira Paiva. Vamos já compreendendo que não era simples atavismo, uma ruminação mental e crenças desfeitas, o traço religioso, embora com alguns senões, que atravessa sua obra literária. Vê-lo-emos com a continuação destas notas, que mais me sáem do coração que da mente, se grafar no papel...
Por J. Paiva
...continua...
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NOTAS:
1- Optei por transcrever esse texto biográfico, sobre Manoel de Oliveira Paiva, escrito e publicado em 1952 por J. Paiva, mantendo a forma original da época, em sua ortografia.
2- Sempre que possível, trarei imagens que possam "levar" o leitor a ter uma ideia de como era o "cenário" da Fortaleza da época, ou próximo à época, em que viveu Manoel de Oliveira Paiva, o personagem principal dessa história de família.
3- Quero aqui, tocar na dolorosa "ferida" daquela época: a escravatura. Por "ironia", a mãe do biografado vendeu um escravo que criava como a um "filho"... Assim, era: famílias abastadas, "possuiam" escravos. No entanto, Manoel de Oliveira Paiva tornou-se um dos maiores baluartes, no Ceará, no movimento abolicionistas, como pode-se constatar em sua obra, em sua vida...
4- O Sr. Áfio Bezerra de Menezes, que acompanhava a minha bisavó-trisavó paterna, a quem J. Paiva, meu pai, se refere no seu texto acima, viria a ser meu meu bisavô e tio- avô materno.
O "parentesco duplo", se deve ao fato de que, tanto meu avô paterno, quanto meu avô materno, casaram-se, ambos, com uma sua sobrinha.
5- Os próximos capítulos, o VI, o VII e o VIII terão o seguinte sub-título: "Dona Guidinha" no quadro da época.
4- O Sr. Áfio Bezerra de Menezes, que acompanhava a minha bisavó-trisavó paterna, a quem J. Paiva, meu pai, se refere no seu texto acima, viria a ser meu meu bisavô e tio- avô materno.
O "parentesco duplo", se deve ao fato de que, tanto meu avô paterno, quanto meu avô materno, casaram-se, ambos, com uma sua sobrinha.
5- Os próximos capítulos, o VI, o VII e o VIII terão o seguinte sub-título: "Dona Guidinha" no quadro da época.
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Mais uma semana, e estarei de volta.....Um abraço!
Mais uma pequena parte de um puzle muito bem oordenado que nos mostra uma família integrada numa época não muito longinqua.
ResponderExcluirUm abraço e volte logo
É mesmo um quebra-cabeça, que estamos montando, com paciência e muito amor, pelos que se foram mas que sempre estarão presentes em nossa memória.
ExcluirObrigada, Elvira, e beijinhos
da Lúcia
Que belo acervo fotográfico! Já estava curiosa a respeito da "Guidinha do poço" e você agora nos adiantou que ela chegará em breve.Que bom! O passado nos contando a sua história ...aguardo este belo recorte de nossa brasilidade.
ResponderExcluirUm abraço
Temos grandes pesquisadores, historiadores, que formaram um extraordinário acervo fotográfico de nossa cidade. Miguel Azevedo, o "NIREZ", é um deles.
ExcluirVolte, sim, Guaraciaba, para o próximo capítulo.
Muito grata, um abraço,
da Lúcia
Querida continuo a acompanhar esta saga lindíssima da tua família.Amei as imagens ilustrativas com destaque a Santa Catarina.Bjs no coração Eloah
ResponderExcluirQue bom, querida Eloah, que está sempre a acompanhar a história que estou a contar. Santa Catarina, é linda!
ExcluirBeijos, com afeto,
da Lúcia
Adorei a igreja ao fundo da ladeira. Mais um lindo capítulo de vida e história aqui trazido! beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirEssa ladeira, tem uma história à parte, merece um post especial. A história, é longa, mas espero você sempre, chica querida.
ExcluirUm beijo, da lúcia
vim assinar a lista de presença
ResponderExcluirnesta aula de historia....obrigada!
amei tb a foto da igreja.
beijo
Você, também,nunca leva falta, Margoh, e sempre carinhosa. Obrigada! A Igreja a Prainha,é mesmo linda!
ExcluirCarinhoso beijo,
a Lúcia
Uma história sempre cheia de enredo com periécias que nos prendem até ao fim
ResponderExcluirUma maravilha essas fotografias, mesmo não conhecendo a região. Então essa escultura do Cristo está um assombro!
Triste a história da escravatura, salvaguardada pelo amor maternal.
Uma família que dava uma novela querida amiga Lúcia!
Grande abraço
Muito ainda está por vir, Manu querida. É um enredo que parece agradar, como são as novelas.
ExcluirA escravatura, comparando ao holocaustro,foi também uma mancha terrível, para a humanidade.Restaram as consequências.
Forte abraço, amiga,
da Lúcia
Minha querida amiga Lúcia
ResponderExcluirMais um passeio por Fortaleza de que gostei muito, tomando contacto com o que era e a explicação do que é agora.
Mais um trecho da biografia de Manoel de Oliveira Paiva, que mostra como a sua família era activa não se deixando abater pelos dificuldades. O episódio do Anselmo molhando o pão no azeite da lamparina, fez-me sorrir. E senti a mágoa da avó do seu pai ao vendê-lo. Costumes de outros tempos, a escravatura que levava a esses extremos. Gostei de João de Oliveira Paiva pelo seu jeito com os instrumentos musicais. Penso que também ele, à sua maneira, era inventivo.
A saga da sua família mostra-nos os sentimentos, os afectos, o dinamismo, próprios de uma grande Família.
Beijos.
Olinda
É Olinda, não creio que seja "pecado" eu dizer que muito me orgulho dessa minha adorada família. Agradeço ao meu pai,por ele ter deixado anotado toda essa história. Sem o seu zelo e amor, pelos seus familiares, eu não estaria agora a compartilhar todos esses fatos, vivências...
ExcluirObrigada, minha querida amiga.
Beijinhos, com muito carinho,
da Lúcia
Maninha Lúcia:
ResponderExcluirPenso que já sabe o desgosto que tive.
Ainda não consigo ler com atenção, por isso, não comentei.
Vou começar a pôr a cabeça no lugar, para conseguir ver a sua Saga.
Desculpa, sim?
Beijinho triste da
Maria
Maria, irmã querida
ExcluirNão sei, que desgosto você teve, mas irei procurar saber. Logo depois que responder por aqui, irei ao seu Alcatruzes da Roda. Agora, estou aflita.
Beijos, maninha,
da Lúcia
Olá Lúcia.....
ResponderExcluirEste é mais um belo episódio, que me "prendeu"....!!!!
Nunca é demais dizer que se trata de uma linda história, de uma grande e linda família....!!!
Voltarei para continuar a ler e a aprender tanta coisa bonita....!!!!
Beijinhos
Tenha um bom fim de semana....
Albertina
Fico feliz, Albertina, que o episódio tenha lhe "prendido". Agradeço, tanto carinho neste seu comentário. Volte, sempre.
ExcluirUm bom fim de semana, beijinhos!
Lúcia
Lucinhamiga
ResponderExcluirUm homem chega aqui e fica deslumbrado. Deslumbrado pela capacidade de quem meteu pés ao caminho para contar uma História de uma Família que é a da narradora.
O que leva, pelo menos leva-me, a viciar-me no desenrolar dos anos dos Paivas e por isso não poder deixar de passar por cá. A única saga de que me aproximo, pé-ante-pé é a dos Melos, originários da Raia, Salcete, cujo primeiro baptizado foi um tal D. Ignácio, cuja pedra tumular em Rachol vi, agora, pela primeira vez.
E digo aproximar-me porque a família é a da Raquel e o tal D. Ignácio de Melo, foi à pia baptismal em 1582. Deixou de chamar-se Raikar...
Prontos, sem s, por aqui me fico e por aqui vou voltar, como sempre.
Xêros da tal Kel Alcântara de Melo, balchão de carne de porco e qjs para tu
Ferreiramigo
ExcluirJá estava zangada, mas com saudades. Dei um castiguinho, não indo à Travessa. Fiz um teste e valeu rsrs. Agora sim, vou lá, tirar o atraso.
Pois é, esses nossos goeses, tem umas ascendências nobres, o Gambeta, também tinha. Gostei, de saber sobre os antepassados da Kel.
Vou "congelar" o balchão de carne de porco, para saborear melhor, tranquilamente, no domingo. os qjs já vou traçando...
Xêros, com qjs de coalho, pra tu e a Kel.
Lúcia querida,
ResponderExcluirDuas fotos prenderam a minha atenção:a magnífica representação do Cristo na Cruz executada com perfeiçao e a ladeira,com sua escadaria...mas de resto esta viagem que nos proporciona é o creme de la creme,fantástica,enriquecedora.
Deu-me pena a sina do pobre Anselmo...e de sua trisavó por ter que se desfazer do escravo,criado como filho.
Na próxima semana aqui estarei,sentadinha em sua Cadeirinha,a ouvir as suas agradáveis narrativas.E as de seu pai.
Bjsssss,
Leninha
Querida amiga,Leninha, é muito gostoso, pelo carinho, o seu comentário. Estamos compartilhando as nossas histórias, que têm um bocado em comum.
ExcluirA história do Anselmo, e muito mais da vida de meu tio-avô romancista, ele transportava, grande parte para seus romances e poesias.
Obrigada, minha querida, por estar sempre aqui.
Beijos,
da lúcia
...e antes de descansar a minha noite, vim dar-te um pouco daquele bolo e um beijinho!
ResponderExcluirAbraço querida amiga Lúcia|
Só agora, vi sua carinhosa mensagem, acompanhada do bolo de laranja. Vou saborear logo mais no chá das cinco.
ExcluirObrigada, querida Manu,
beijos!
Oi Lúcia,
ResponderExcluirLi, com atenção, mais este capítulo interessante da história de sua família, que, pelo que observo, é motivo de orgulho para você.
Acho lindo quando se valoriza a história familiar.
Beijo.
Obrigada, Vera Lúcia! É, sim, motivo de orgulho, toda a história de minha família, desde os primórdios...
ExcluirA família, é o que de mais importante, na nossa vida.
Beijos, querida,
da Lúcia
Agradeço a visita ao meu blogue. Agradeço também estas memórias que li, ávida, porque o tempo de antanho é sempre cheio de descoberta.
ResponderExcluirVoltarei porque este blogue vai fazer parte dos que sigo com regularidade.
Beijo
Laura
Agora, já sei "quem és, que fazes aqui". O nome, muito interessante me chamou à atenção e fui lá. Gostei.
ExcluirPronto, estamos combinadas, Laura: nos visitaremos, para trocar impressões.
Beijo,
da Lúcia, com votos de um excelente domingo...
Olá querida Lúcia,
ResponderExcluirGostei imensamente da leitura de mais um capítulo da história
de vida de seus antepassados. Imagino a alegria que sentes ao colocar no papel uma história assim tão querida para você.
Devem brotar saudades em seu coração, de um tempo que já se foi, mas que deixou viva em sua memória um passado tão ilustre.
Um grande beijo, amiga. E um ótimo final de semana.
Maria Paraguassu.
Olá, minha querida amiga Paraguaçu, obrigada, por palavras com carinho e tão elogiosas. Sinto saudades e tenho alegria nessas recordações. É um misto gostoso!
ExcluirTenha um bom domingo.
Beijos,
da Lúcia
Lúcia,
ResponderExcluirEram tempos difíceis aqueles... em face a desventura, muitos tinham que se desfazer de bens preciosos para a sobrevivência. Quanto à escravatura... uma passagem muito triste na nossa história.
Xêro.
Muito difíceis, Estela. Papai escreveu o que aí está há 60 anos, sobre fatos ocorridos uns 60 anos antes.
ExcluirXêro, amiga!
Bom domingo prá ti amiga querida !
ResponderExcluirSaga que impreciona,e eu gosto de ler as histórias vividas e reais...
bjs de dia de domingo!
Obrigada, querida escritora, amiga!
ExcluirEssa saga vem sendo contada, geração após geração,
e é com grande prazer que repasso às próximas.
Bom domingo, com beijinho especial. Severa!
Querida amiga passando para continuar a ler as suas brilhantes crónicas, que nos trazem ao presente histórias de outros tempos.
ResponderExcluirBom domingo
Beijinhos
Maria
Maria, querida amiga, obrigada. Gosto de relembrar o passado, selecionar o que considero importante e compartilhar.
ExcluirBoa semana, hoje já é segunda...
Beijinhos,
da Lúcia
Cara Lúcia,
ResponderExcluirVim retribuir sua visita e gostei muito do que li e vi, por isso já vou me instalar por aqui.
Sua família é muito bonita, aqui em casa nós também adoramos animais, principalmente os cãezinhos!!!
Até breve.
Bom domingo!!!
Abraço.
Gostei imenso do seu blog. Obrigada, por ter vindo, Luisa.
ExcluirAnimais, em casa, é tudo de bom!
Até breve.
Boa semana,beijos,
da Lúcia
deixo um abraço!
ResponderExcluirObrigada, manuela baptista,
Excluirum abraço!
Lucinha, irmã amiga:
ResponderExcluirComo Fortaleza era linda! Faz lembrar velhas terras portuguesas. Espero que continue bonita, apesar das modificações a que o tempo obrigou. Belíssimo, o Cristo.
Quanto à história, minha querida, aí como aqui, as grandes fortunas, tinham sempre, mau fim. Famílias enormes, gente pensando, que o dinheiro nasce como capim e gastando bem, em pouco tempo as farturas dão em faltas.
Quantas fortunas foram desbaratadas assim!
Na minha família, isso aconteceu, dos dois lados. Restam as fotos das belas damas, alguns móveis, poucas peças de joelharia. Quintas, casas e outros bens, voaram como fumo.
Beijinho, irmãzinha querida
Maria
Que bom, irmã querida! Venha passar uns dias aqui. Passearemos à beira mar, ou iremos à serra de Maranguape, que fica pertinho. Já pensou? Vá pensando!!!
ExcluirÉ, Maria, faz mesmo lembrar velhas portuguesas, não esqueça, que fomos "moldados" à portuguesa...rsrs...
Em tudo, nossos povos, nossas terras e costumes se parecem. Apesar, dos pesares, gosto disso.
Estou percebendo, que houve grandes melhoras no seu ânimo. Faço votos, que a cada dia você fique mais alegrinha.
Beijinhos, querida irmãzinha,
da Lúcia
Lucia
ResponderExcluirEu tambem estou em falta com voce. Mas como o dia das maes é sempre no dia que estamos desejo lhe um mês muito agradavel para voce e todas as maes de sua familia.
Fiquei encantada com este texto.
Pena mame nao estar com vontade de ler senao iria lhe mostrar.
Ela tambem estudou em colegio de freiras dominicanas em Araxa e tinha duas parentas freiras.
Estou sem internet por que o profissional nao veio instalar ate hoje
com carinho Monica
A dona de casa esta uma doidura aprendendo um monte de coisas e lendo muito
Que bom, ter você de volta, Moniquinha.
ExcluirÉ verdade, as mães tem todos os dias para si.Essa escolha de um só é "papo-furado"!!! Todos os dias a gente passa, cozinha, costura, blogueia...então, é todo o dia, o nosso dia....
Pena, está sem net. Mas logo, logo terá.
Você já sabe tanto, mas somos eternos aprendizes...
Beijinhos, Moniquinha,
da lúcia
Sempre é bom passar por aqui e ler um poco dessa linda história que você nos passa com tanta sensibilidade.
ResponderExcluirBeijos.
E é sempre muito bom tê-lo aqui,Élys, deixando palavras tão boas, que nos tocam até a alma.
ExcluirBeijos, amigo,
da Lúcia
Oi, Lúcia!
ResponderExcluirO Cristo, defronte da igreja, foi o Mestre João que fez? Adorei. É uma imagem linda. Ele era realmente um grande artesão.
A história da sua família é muito interessante, realmente digna de um livro. E à medida que vamos conhecendo, vamos nos afeiçoando aos personagens, admirando suas virtudes, coragem, habilidades, e sofrendo com os infortúnios.
Um grande abraço
Socorro Melo
Foi sim, Socorro. Está com meu irmão mais velho, quatro cristos bem pequenos, que o Mestre João teria feito como teste prévio para a confecção desse que está à frente da igreja.
ExcluirA história, tem muitos fatos curiosos, alegres e tristes, com a fé religiosa sempre em volta...
Um abraço,
da lúcia
situar-nos com fotos da época é de uma delicadeza ímpar!
ResponderExcluiradoro este blog!
Que bom, que você gosta, Paula Patrícia.
ExcluirObrigada, poo palavras tão carinhosa.
Um beijo,
da Lúcia
A nossa vida dá muitas voltas e não podemos ter a certeza que os vindouros terão algum amor à casa que os viu nascer e também àqueles que tudo lhes ofereceram gratuitamente.
ResponderExcluirNos vivêmos aqui algum tempo e tudo o que possuímos é emprestado.
Quando morremos partimos sem nada.
É bem verdade, Luis, a certeza só temos de nós, dos nossos próprios sentimentos, nessas questões.
ExcluirNada temos de nosso, quanto a parte material.
Nada levamos dessa vida, mas deixamos um legado moral e afetivo, às futuras gerações.
Obrigada, por sua presença. Um abraço!
Mais um capítulo muito interessante sobre essa grande família que, como sempre acontece, teve os seus altos e baixos. Adorei a sagacidade do negrinho " roubando" o azeite do santo. Tinha que haver muita esperteza nesses tempos. Acho que fazes muito bem em manter a escrita original, pois assim ficamos a conhecer a ortografia da época. A religiosidade naquele tempo era muita. Aqui em Portugal todas as famílias tentavam que o filho mais velho fosse padre, principalmente nas aldeias. O irmão mais velho do meu marido era padre ( faleceu há 3 anos) e a irmã a seguir teve que o acompanhar para que dele tratasse; assim fez e não casou; agora vive sozinha; era esse o costume. Viveu sempre bem, mas, claro, em função do Sr Abade. Gostei, como sempre, Lúcia e cá estarei para seguir esta saga maravilhosa. Fica bem, amiga e até breve. Beijinhos
ResponderExcluirEmília
Sinto, e fico feliz, que você compartilha dos sentimentos dessa época, pelas semelhanças que existem nos nossos costumes antigos, herdados dos portugueses.
ExcluirÉ com se morássemos em um mesmo território, sem o Atlântico a separar. Muito pelo contrário, até parece que é o oceano o maior unificador de nossos povos.
Muitas irmãs acompanharam seus irmãos padres, quando elas próprias não iam para o convento. Os destinos, eram traçados, pelos pais, influenciados pela igreja.
Beijinhos, Emília e obrigada
Lúcia
Lucia só agora a ficha caiu. Eu tenho uma amiga que é doida por Fortaleza. Às vezes morro de medo de perdê-la para o Estado. rs rs.
ResponderExcluirAdoro seus posts. Aprendo muito.
Um beijo.
Vou passar o seu link para a minha amiga.
Voltei a tempo, de responder a você hoje. Estava viajando pelos blogs maravilhosos, como seu. Saí de lá nesse instante e você chegou primeiro.
ExcluirQuem vem pra cá, costuma ficar rsrs...
Passe sim, o link.
Obrigada, amigo.
Oi Lúcia
ResponderExcluirObrigada pela presença no meu blog.
Vou ficar um pouquinho por aqui pra ler mais a respeito de tudo que escreves.Conhece-la um pouco,ok?
Fortaleza ,linda cidade, conheço de passagem .
Um abraço grande
Oi, Lis, "caí" no seu blog e adorei. Quando gosto deixo comentário e, até instalo meu retratinho rsrs...
ExcluirObrigada, por ter vindo. Ter passado por Fortaleza, já foi um começo, agora conheça-a mais e também a mim.
Um beijo,
da Lúcia
Volto já, amiga Lúcia.
ResponderExcluirVou primeiro linkar o seu Blog
Beijos
Linka lá, que espero cá, ou portuguesa querida!
ExcluirBeijos
.
ResponderExcluirE aí, Lúcia. tudo bem?
Estou te esperando no Bar.
No Bar do Escritor, HOJE.
Faça o teu comentário no texto
do silvioafonso que eu, por ele,
ficarei agradecido.
http://bardoescritor.blogspot.com.br
Um beijo,
Palhaço Poeta
.
Diga lá, ou Palhaço Poeta!
ExcluirVou lá no Bar do Escritor,
e terei que comentar...
Tu vens cá, na Cadeireinha,
e só faz me convocar...
Mesmo assim, eu volto lá>>>
(coisas de palhaço!!!)
Beijo, até lá..
Abençoado Manoel de Oliveira Paiva.
ResponderExcluirA escravatura é uma nódoa enorme e horrível na História da Humanidade.
Não conheço nada do Brasil, por isso adoro ler sobre a vossa terra. Fortaleza ficará na minha memória e vontade de conhecer.
Beijinhos
Ná
Muito abençoado, esse meu tio Manoel, com alma
Excluire sangue de português. A família teve escravos,
mas foi ele dos que mais lutaram para soltar seus grilhões. Sua poesia, seus escritos dizem isso...
Quando possível, venha à Fortaleza. Conheço teu Porto,
amo "nosso" Portugal.
Beijinhos,
da Lúcia
É admirável a sua obra! Digna de todo louvor, pois está sendo realizada, vê-se, com extremado amor! Parabéns pela sua competência. Admiro muito esse tipo de pesquisa! Grande abraço!
ResponderExcluirSó agora vi esse seu comentário, Maria Luiza, mais de 1 mês depois. Sou meio desligada rsrs. Obrigada, pelas elogiosas palavras. Esforço-me, para fazer o melhor.
ExcluirVolte sempre! um abraço,
da Lúcia