CONTO DE OLIVEIRA PAIVA (1861-1892)...
Igreja do Pequeno Grande tendo, ao lado, o Colégio da Imaculada
Conceição. A Igreja foi construída posteriormente ao colégio. Neste
Colégio estudaram todas as irmãs de Oliveira Paiva, sendo que,
três delas tornaram-se Irmãs de Caridade.(Foto: Arquivo Nirez)
Manuel de Oliveira Paiva nasceu em Fortaleza, em 22 de junho de 1861. Vivendo no seio de uma família extremamente católica, foi enviado muito cedo, aos 14 anos de idade, para cursar o Seminário do Crato, no Ceará. Na realidade, o referido seminário foi instaurado no ano de seu ingresso nele: 1875. Era o único aluno da capital, Fortaleza, todos os demais, da 1ª turma, saíram de cidades do interior do estado do Ceará.
Nas biografias, que até hoje lí, do escritor, consta como ele tendo "cursado" o seminário. No entanto, ele permaneceu no seminário por pouco mais de um ano. O motivo de sua saída, cujo teor é relatado em uma biografia inédita do escritor, elaborada por José Joaquim de Oliveira Paiva(1895-1977), (seu sobrinho materno e meu pai), é bastante inusitada, e será assunto de uma postagem futura...
Depois de pouco tempo de sua saída do Seminário do Crato, Oliveira Paiva resolveu seguir a carreira militar no Rio de Janeiro. Paralelo aos seus estudos na área de Engenharia, na Escola Militar, desenvolveu suas atividades intelectuais, escrevendo em jornais da própria corporação onde servia.
Acometido de tuberculose, algum tempo depois, retornou várias vezes à sua terra natal, para o tratamento da doença. Numa de suas vindas, veio a falecer. Era o dia 29 de setembro de 1892, e contava, apenas, 31 anos de idade. Deixou viúva, sua própria sobrinha, Tereza, com quem se casara dois anos antes, e uma filha, Jacinta, com 10 meses de idade.
Tereza, a "prima Tetê" como meu pai a chamava, casou-se em segundas núpcias, alguns anos depois. No dia 9 de outubro de 1892, em virtude de sua morte, o jornal "O Operário" , de Fortaleza, publicou um número especial com uma POLIANTÉIA, onde consta o depoimento de 30 amigos do escritor. Esse tema, também, será trazido a estas páginas, oportunamente.
Maria Isabel Paiva de Oliveira e Jacinta de oliveira
Paiva, mãe e filha de Manuel de Oliveira Paiva.
Jacinta, tornou-se freira franciscana, vindo a falecer
no ano de 1942, ano em que eu nasci. Há poucos
anos fiz pesquisa sobre sua vida religiosa. A causa
de sua morte, foi a mesma de seu pai: tuberculose.
(Foto: Arquivo próprio)
Vale aqui dizer que sua mãe, Maria Isabel, muito se abateu, por ver seu sonho, de ter um filho padre, desfeito...Mais triste ficou, ainda, quando o viu partir para a Corte (como era chamado o Rio de Janeiro, por ser a Capital do Império, então). Ao vê-lo retornar algumas vezes a Fortaleza, mas doente, a pobre mãe sentia um misto de alegria e desventura...A morte prematura do filho, deixando-lhe uma neta órfã de pai, em tão tenra idade, veio tornar o quadro ainda mais desolador...
O que consolava Maria Isabel, era ter, além da neta, mais um filho homem, João (poeta e músico), e seis filhas mulheres. Três, destas filhas, escolheram o matrimônio, as outras três, optaram por serem freiras (Irmãs de Caridade, de São Vicente de Paulo). Estas três irmãs, iniciaram-se no apostolado do Colégio da Imaculada Conceição, cuja foto ilustra o início desta postagem.
Irmãs de Caridade. (Foto do blog Acaraú para recordar)
A PAIXÃO
(Por Manuel de Oliveira Paiva )
Daquela varanda ela assistia às cerimônias. É verdade que alí, por ser muito alto, sentia-se toda aquela calidez incômoda todos aqueles eflúvios do corpo humano viciando o ar e subindo invisivelmente a enrubecer-lhe a tez e a perseguir-lhe o nariguinho afilado; mas por si: o mesmo estava constantemente a agitar o seu grande leque de seda, que afastava-se e aproximava-se do seu coração como uma enorme borboleta negra.
Havia claridade pouca, suficiente porém para o livro da semana santa poder espelhar-se no olhar calmo e profundo e inocente, as carreirinhas de tipos muito negrinhos no papel branco.
Todavia, a falar a verdade, aqulas palavras não podiam despertar-lhe idéia alguma, visto como em um só peito não se podiam abrigar dois amores ao mesmo tempo pela lei física da impenetrabilidade.
E assim, descansava o olhar, que era o veículo por onde o seu espírito mais se impressionava, percorrendo vagarosamente o grande todo do templo. Tudo era vendado.
A vidraçaria pintada do coro impregnava de palor os lados do imenso vulto escuro do órgão. Os cantores, de preto, arrumavam-se entre os fiéis que invadiam o recinto a eles reservado, e nem o pavilhão de ofclide brilhava com o seu reflexo de arame.
De um lado, ali no coro, aglomeravam-se em ordem as educandas do colégio, e via-se o chapéu das irmãs de caridade, como grandes aves que querem voar. A ordem superior de varandas, bilateralmente, estava repleta, e a inferior, com os seus balaustres brancos e o seu coreto de linhas de cadeiras ascendentes.
Era como num teatro em que houvesse enchente à cunha.
As grossas colunas da nave pareciam caçapar-se ao peso das parede altíssimas.
Grandes véus negros encobriam as duas capelas colaterais. Nas aras velas de cera de um amarelo sombrio e cru, em castiçais pretos e cada nicho estava transformado numa janela escura.
O doirado das obras de talha destacava-se apenas, bordando o custoso emolduramento dos altares como uns longínquos luzimentos mundanos.
La dentro da capela-mor as janelas de varandas auribrancas estavam prenumbradas. Do enorme pano que tocava no teto e erguia-se ao fundo do templo sentia-se baforar toda aquela escuridão que se equilibrava no ar, e dilatava-se por todos os cantos. O mármore róseo do arco da capela-mor abria em iris sobre aquela nuvem negra; e lá no tapete multicolorido, os padres, uns de batina e sobrepeliz de rendas, outros de alva e casula cor do sol, diziam segredos em voz alta, ora paravam, ora iam, ora vinham, ora assentavam,, misteriosos, vagarosamente, lendo em grandes livros, queimando incenso, e soltando para o espaço, como aves negras, umas após outras, as notas tristes do cantochão. A fumacinha como prateada do incenso perdia-se logo.
Algumas vezes punham a mitra, depois de beijá-la, sobre a fronte encanecida do diocesano, e este levantava-se com o seu rico capelo de ouro.. Aparecia, às vezes,, com o seu roquete de finíssimo bordado, com a batina roxa, e a sua murça que lhe dava uns ares reverentes, e o grosso trancelim com a cruz cravejada caindo sobre o peito e o anel de esposo da igreja, às vezes com pesadas capas de rei, com púrpura e arminhos; às vezes com a longa santidade das vestimentas pontifícias.
Mas os sentimentos dos fiéis não estava geralmente para esse recinto do sanctus sanctorum, para o simbólico erudito das cerimônias, para a piedade do ato, dentre aquela multidão a mais não poder, com o espírito lia-se os espíritos na direção ou no vago das pupilas, na atitude dos ouvidos, nos lábios em sorrisos, em conversação, ou em recolhimento, na fronte, no porte, no todo compungido ou disfarçado, religioso ou mundano.
Da capela do Sacramento, ouvia-se bater um martelo, ensurdecido, acolchoado e, de quando em vez, a rangedeira abafada de uns passos cautelosos. Naturalmente, preparos de novas cerimônias.
Grunhiam os pesados gonzos de uma longa porta sumida num dos corredores, entrando ou saindo alguém, e um jato de claridade branca e diurna, despejava-se pela igreja. Depois voltava o escuro.
Nas altíssimas janelas da nave, que dão para cima dos telhados, o dia salpicava apenas pela fímbria dos tristes véus pretos, e ornava de estrelas os buraquinhos do pano. Pedacinhos de claridade caiam esfarinhados, na parede. O órgão às vezes mugia, às vezes balava, ou soluçava e gemia, acompanhado pelo violoncelo, pelo ofclide, pela flauta e pelo delgado violino penetrante sob o grosso esvoaçar das vozes dos cantores.
Era uma provocação desabrida para as lágrimas.
E, enfim, no púlpito suspenso na parede, cujo caimento parecia repassado do esfuminho, apareceu o padre, um rapaz gordo, alvo, risonho, fazendo muito por tornar-se carrancudo com as largas mangas do seu roquete caindo sobre a toalha que arrodeava o corpo da tribuna.
Virou-se para o santuário e persegnou-se largamente. E, depois, com as duas mãos nas bordas do púlpito, debruçando-se para o auditório, começou, alto e pousado e vibrante:
- Et inclinato capite...tradit spiritum!...
E toda aquela multidão distribuida e apinhado pelos corredores, pelas varandas, pelo coro, pelo corpo da igreja, pelo pé dos altares, por todos os cantos, prestou olhos e ouvidos.
O pregador se destacava bem. Um pouco acima de seus cabelos crespos ficava o alto da porta, ornado de um frontão que desprendia uma auréola, como um sol desabrolhando. O corpo da tribuna findava em uma maçaneta, para baixo, como um cacho de uvas de ouro atado à ponta de uma cortina. E todos olhavam para cima, e o padre continuava na placidez da sagrada eloqüência.
De quando em vez saia-lhe como um raio trêmulo, como uma faísca elétrica entre os rebordos das nuvens aclarados e escurecidos momentaneamente.
E prosseguia a chuva abundante da palavra de Deus.
Como a chuva ensopa com o inverno e fazem nascer as sementes no agreste, assim as almas estremunhavam, acordavam e, metidas no sombrio, na luz coada, no morno, despertavam da carne pecaminosa e esterilizada...
Em dado momento, apareceu nas mãos do pregador uma tela pendurada, um lençol branco e nele estampado a imagem de um homem despido, com uma toalha nos rins.
E, em lágrimas, num trêmulo crescente, a mão vacilante, cheio de dor, o padre murmurava choroso:
- Ei-lo, ei-lo o vosso pai, o vosso amigo, o vosso irmão,, o vosso Jesus...ei-lo... assim maltratado, assim golpeado...Esta cabeça cheia de ciência, rasgada por uma coroa de espinhos; este coração fonte de amor, atravessado por uma lança; estes joelhos, que só se dobravam para levantar os mortos e curar os enfermos, descarnados até os ossos; estas mãos repassadas de divino eflúvio, esmagadas barbaramente por duros cravos; estes pés, que palmilharam sobre as ondas, conjuntamente arrepelados e arrebentados com um cravo dilacerante; estes ombros, vede-os cristãos, vede-os como ficaram no peso da cruz...vede-os..."
E a mor parte dos fiéis soluçava...Já não se via contínuo e embastido movimentos de leques pela superfície da multidão. Ouvia-se um guincho de uma mulher nervosa e o assoar do bendito muco do choro santo...
Sentia-se uma consternação inexprimível!
Eu ajoelhava prostrado ante a divina figura do Mestre e o meu olhar trespassava-lhe também o coração fonte do amor. Mísero pecador, sumido na multidão, quisera que me visse, que soubesse que eu lhe quero bem. E parecia de seu peito cair o sangue tão puro e verdadeiramente como caiu no Calvário. Eu tinha vontade de lhe gritar - Eu te amo porque tu sofres.
Entretanto, senti que no coração dele outro olhar estava abrigado, e que o meu espírito, que lá estava, pergunta - Que quereis? E quase o outro olhar me pergunta o mesmo.
Inquirimo-nos, entretanto, conjuntamente: - Aqui não é a fonte do amor?
E as duas almas, feitas uma para a outra, encontradas la dentro do coração de Jesus disseram-se: - Bebamos, pois, da fonte do amor!...
O padre continuava, mas nós não entendíamos. O meu corpo inane caia cada vez mais sobre os joelhos, numa adoração profundíssima. E do sudário, desaparecera o Jesus sanguinolento, para pintar-se ela com o seu vestidinho preto e e as suas pulseira de ouro, a olhar-me para meu coração soluçante.
O padre me apontava era para os lábios mudos de sentimento, e e para a sua fronte livre de pesadumbres.. E gritava-nos: - Amai, arrependei-vos do tempo perdido...
E eu apertava o meu peito com as duas mãos.
E adormecido, entorpecido, ignorante, alheio, tomado de dor e de ventura, ouvi as últimas palavras: et tradit spiritum...e entregou o seu espírito.
De um lado, ali no coro, aglomeravam-se em ordem as educandas do colégio, e via-se o chapéu das irmãs de caridade, como grandes aves que querem voar. A ordem superior de varandas, bilateralmente, estava repleta, e a inferior, com os seus balaustres brancos e o seu coreto de linhas de cadeiras ascendentes.
Era como num teatro em que houvesse enchente à cunha.
As grossas colunas da nave pareciam caçapar-se ao peso das parede altíssimas.
Grandes véus negros encobriam as duas capelas colaterais. Nas aras velas de cera de um amarelo sombrio e cru, em castiçais pretos e cada nicho estava transformado numa janela escura.
O doirado das obras de talha destacava-se apenas, bordando o custoso emolduramento dos altares como uns longínquos luzimentos mundanos.
La dentro da capela-mor as janelas de varandas auribrancas estavam prenumbradas. Do enorme pano que tocava no teto e erguia-se ao fundo do templo sentia-se baforar toda aquela escuridão que se equilibrava no ar, e dilatava-se por todos os cantos. O mármore róseo do arco da capela-mor abria em iris sobre aquela nuvem negra; e lá no tapete multicolorido, os padres, uns de batina e sobrepeliz de rendas, outros de alva e casula cor do sol, diziam segredos em voz alta, ora paravam, ora iam, ora vinham, ora assentavam,, misteriosos, vagarosamente, lendo em grandes livros, queimando incenso, e soltando para o espaço, como aves negras, umas após outras, as notas tristes do cantochão. A fumacinha como prateada do incenso perdia-se logo.
Algumas vezes punham a mitra, depois de beijá-la, sobre a fronte encanecida do diocesano, e este levantava-se com o seu rico capelo de ouro.. Aparecia, às vezes,, com o seu roquete de finíssimo bordado, com a batina roxa, e a sua murça que lhe dava uns ares reverentes, e o grosso trancelim com a cruz cravejada caindo sobre o peito e o anel de esposo da igreja, às vezes com pesadas capas de rei, com púrpura e arminhos; às vezes com a longa santidade das vestimentas pontifícias.
Mas os sentimentos dos fiéis não estava geralmente para esse recinto do sanctus sanctorum, para o simbólico erudito das cerimônias, para a piedade do ato, dentre aquela multidão a mais não poder, com o espírito lia-se os espíritos na direção ou no vago das pupilas, na atitude dos ouvidos, nos lábios em sorrisos, em conversação, ou em recolhimento, na fronte, no porte, no todo compungido ou disfarçado, religioso ou mundano.
Da capela do Sacramento, ouvia-se bater um martelo, ensurdecido, acolchoado e, de quando em vez, a rangedeira abafada de uns passos cautelosos. Naturalmente, preparos de novas cerimônias.
Grunhiam os pesados gonzos de uma longa porta sumida num dos corredores, entrando ou saindo alguém, e um jato de claridade branca e diurna, despejava-se pela igreja. Depois voltava o escuro.
Nas altíssimas janelas da nave, que dão para cima dos telhados, o dia salpicava apenas pela fímbria dos tristes véus pretos, e ornava de estrelas os buraquinhos do pano. Pedacinhos de claridade caiam esfarinhados, na parede. O órgão às vezes mugia, às vezes balava, ou soluçava e gemia, acompanhado pelo violoncelo, pelo ofclide, pela flauta e pelo delgado violino penetrante sob o grosso esvoaçar das vozes dos cantores.
Era uma provocação desabrida para as lágrimas.
E, enfim, no púlpito suspenso na parede, cujo caimento parecia repassado do esfuminho, apareceu o padre, um rapaz gordo, alvo, risonho, fazendo muito por tornar-se carrancudo com as largas mangas do seu roquete caindo sobre a toalha que arrodeava o corpo da tribuna.
Virou-se para o santuário e persegnou-se largamente. E, depois, com as duas mãos nas bordas do púlpito, debruçando-se para o auditório, começou, alto e pousado e vibrante:
- Et inclinato capite...tradit spiritum!...
E toda aquela multidão distribuida e apinhado pelos corredores, pelas varandas, pelo coro, pelo corpo da igreja, pelo pé dos altares, por todos os cantos, prestou olhos e ouvidos.
O pregador se destacava bem. Um pouco acima de seus cabelos crespos ficava o alto da porta, ornado de um frontão que desprendia uma auréola, como um sol desabrolhando. O corpo da tribuna findava em uma maçaneta, para baixo, como um cacho de uvas de ouro atado à ponta de uma cortina. E todos olhavam para cima, e o padre continuava na placidez da sagrada eloqüência.
De quando em vez saia-lhe como um raio trêmulo, como uma faísca elétrica entre os rebordos das nuvens aclarados e escurecidos momentaneamente.
E prosseguia a chuva abundante da palavra de Deus.
Como a chuva ensopa com o inverno e fazem nascer as sementes no agreste, assim as almas estremunhavam, acordavam e, metidas no sombrio, na luz coada, no morno, despertavam da carne pecaminosa e esterilizada...
Em dado momento, apareceu nas mãos do pregador uma tela pendurada, um lençol branco e nele estampado a imagem de um homem despido, com uma toalha nos rins.
E, em lágrimas, num trêmulo crescente, a mão vacilante, cheio de dor, o padre murmurava choroso:
- Ei-lo, ei-lo o vosso pai, o vosso amigo, o vosso irmão,, o vosso Jesus...ei-lo... assim maltratado, assim golpeado...Esta cabeça cheia de ciência, rasgada por uma coroa de espinhos; este coração fonte de amor, atravessado por uma lança; estes joelhos, que só se dobravam para levantar os mortos e curar os enfermos, descarnados até os ossos; estas mãos repassadas de divino eflúvio, esmagadas barbaramente por duros cravos; estes pés, que palmilharam sobre as ondas, conjuntamente arrepelados e arrebentados com um cravo dilacerante; estes ombros, vede-os cristãos, vede-os como ficaram no peso da cruz...vede-os..."
E a mor parte dos fiéis soluçava...Já não se via contínuo e embastido movimentos de leques pela superfície da multidão. Ouvia-se um guincho de uma mulher nervosa e o assoar do bendito muco do choro santo...
Sentia-se uma consternação inexprimível!
Eu ajoelhava prostrado ante a divina figura do Mestre e o meu olhar trespassava-lhe também o coração fonte do amor. Mísero pecador, sumido na multidão, quisera que me visse, que soubesse que eu lhe quero bem. E parecia de seu peito cair o sangue tão puro e verdadeiramente como caiu no Calvário. Eu tinha vontade de lhe gritar - Eu te amo porque tu sofres.
Entretanto, senti que no coração dele outro olhar estava abrigado, e que o meu espírito, que lá estava, pergunta - Que quereis? E quase o outro olhar me pergunta o mesmo.
Inquirimo-nos, entretanto, conjuntamente: - Aqui não é a fonte do amor?
E as duas almas, feitas uma para a outra, encontradas la dentro do coração de Jesus disseram-se: - Bebamos, pois, da fonte do amor!...
O padre continuava, mas nós não entendíamos. O meu corpo inane caia cada vez mais sobre os joelhos, numa adoração profundíssima. E do sudário, desaparecera o Jesus sanguinolento, para pintar-se ela com o seu vestidinho preto e e as suas pulseira de ouro, a olhar-me para meu coração soluçante.
O padre me apontava era para os lábios mudos de sentimento, e e para a sua fronte livre de pesadumbres.. E gritava-nos: - Amai, arrependei-vos do tempo perdido...
E eu apertava o meu peito com as duas mãos.
E adormecido, entorpecido, ignorante, alheio, tomado de dor e de ventura, ouvi as últimas palavras: et tradit spiritum...e entregou o seu espírito.
(1888)
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Vou....... mas volto!.................Um abraço!
Em Geografia Estética de Fortaleza, Raimundo Girão descreve a chegada das freiras francesas que vieram para dirigir o Colégio das Órfãs, mais tarde, Imaculada Conceição. E falou do espanto dos moradores ao se deparar com aquela gente de vestes estranhas: uns se ajoelhavam, outros tentavam tocar-lhes as vestes. Era a primeira vez que viam uma Irmã de Caridade
ResponderExcluirMuito interessante, essa sua informação, Fátima, obrigada. Lembro-me bem, de quando elas ainda usavam esses hábito. Imagino, o espanto que causou!
ExcluirDe nuevo por tu casa disfrutando de las cosillas que nos dejas. Un placer siempre.
ResponderExcluirSaludos y feliz domingo.
Obrigada, Ricardo!
ExcluirÉ sempre um enorme prazer, a sua visita.
Um abraço e feliz domingo.
Querida Lúcia
ResponderExcluirContinuo a acompanhar, com o maior interessa, a saga, riquíssima de acontecimentos, da sua família.
É um relato que prende mesmo a atenção.
Deixe-me só chamar a sua atenção para um pequeno pormenor que penso ser distracção: na foto inicial vc escreveu " A Igreja foi construída posteriormente à igreja" - Certamente vc quer dizer 'posteriormente ao colégio' - será?
Votos de óptimo domingo. Beijinhos
Minha querida Mariazita, agradeço o seu interesse e os seus ricos comentários.
ExcluirFoi muito bom ter chamado a minha intenção, ao "pormenor". Já corrigi, era "colégio" e não "igreja".
Valeu, amiga!
Bom domingo e beijinhos.
Riqueza familiar invejável, no bom sentido... Cultura vivenciada e diagnosticada em suas pesquisas. Parabéns!
ResponderExcluir[ ] Célia.
Foi a maior herança que recebi, o que me faz muito feliz, pela riqueza.
ExcluirObrigada, Célia!
Um bom domingo.
Beijo,
da Lúcia
Como já disse não conhecia até entrar neste blogue este escritor. Mas o que me é dado a conhecer é muito bom. Não sei porquê não é mais conhecido especialmente aqui em Portugal, já que no Brasil o poderá ser.
ResponderExcluirOxalá nos continue a brindar com a partilha dos seus contos.
Um abraço e bom Domingo
Agora,já conhece o escritor, apresentado por mim rsrs... Estive no seu Sexta-Feira e, além de me encantar com os dois dois capítulos sobre o "seu" Manuel, ainda dei uma explicação do "por quê" o "meu" Manuel não é conhecido em Portugal e, nem tanto, aqui no Brasil...
ExcluirBoa semana, já que aí é quase segunda-feira...
Lúcia, amiga querida;
ResponderExcluirA vida por vezes exige-nos que priorizemos alguma atividade específica em detrimento de outras.
Não significa, porém, que tenhamos negligenciado ou esquecido estas.
Então hoje venho com calma assentar-me na cadeirinha, não só pelo conforto e bem-estar que ela me proporciona, mas para, através dela, passear pelos caminhos do teu universo.
Apreciei cada postagem. Vi que a Cadeirinha de Arruar completou um ano. Acompanhei-a, timidamente à princípio, algumas vezes mais participativo depois. Em cada história contada retratos de uma saga, de uma vida, de várias vidas, de uma história, da História.
Parabéns e vida longa à ti e à essa liteira que nos leva a passear para o desvendar de fatos que os livros oficiais não trazem.
Teu acervo é riquíssimo. A forma como se nos apresenta é um legado.
A Paixão, do Manuel de Oliveira Paiva é belíssima. A riqueza de detalhes nos ambienta e nos leva, a nós leitores, a fazer parte do cenário e dos sentimentos do autor. Gostaria muito de obter as obras dele para sorver do seu estilo e da sua forma de narrar os fatos. Grande escritor!...
Para não alongar-me muito desejo-te um ótimo domingo e uma feliz semana.
Um grande abraço.
Aceito todas as suas explicações, querido amigo Clóvis.
ExcluirQue bom, que veio com calma...sinto muita falta de sua presença tão querida. Obrigada, pelas palavras sempre tão elogiosas e pelo carinho.
Não sou nada organizada, com o meu acervo, vou e volto nos assuntos...Muitas vezes, falta-me um componente e, aí, "quebra-se" a ideia de uma continuidade em determinados assuntos. Outro "senão" é a minha falta de habilidade e conhecimento nesses "meandros" técnicos... dessas máquinas, com as quais não me "afino" rsrs
Na postagem anterior, informo como conseguir a obra dele na internet.
Boa semana, amigo.
Um beijo.
Minha amiga como sempre uma narrativa brilhante que nos prende na história e nos leva a divagar com ela. A familia são as nossas raízes e são a nossa maior riqueza.
ResponderExcluirBom restinho de domingo e uma excelente semana.
Beijinhos
Maria
Olá, Maria querida.
ExcluirEsta riqueza, da qual me orgulho, precisava trazer. Ele foi mesmo, um grande escritor, é inegável. Pena, que viveu tão pouco.
Obrigada, amiga.
Excelente semana. Beijinhos...
Seu relato prende a atenção...adorei a foto
ResponderExcluirdas Irmãs...aquele hábito , deixa a impressao
q elas voavam....me lembre da serie noviça rebelde.
beijo
Então, Margoh, a foto precisava estar aí, nem todo muito ia entender, quando o escritor descreve as irmãs de caridade. É muito interessante! Eu as alcansei usando esse hábito, Achava bonito!
ExcluirBsijo
Oi Lucia...
ResponderExcluirObrigado pela presença lá no Verseiro...
Bela maneira de narra a história de sua família, pelo jeito uma familia de artistas...adoro fotos antigas e o conteudo que cada uma tras para abrilhantar ainda mais a história...
Voce foi minha seguidora 500 também...rs...digo também...rsrs....porque voce seria a de numero 501, mas nesse meio tempo entre a postagem e o seu comentário algum seguidor me abandonou...rsrs, não seja por isso, me envie seu endereço e te enviarei um exemplar de uma antologia de poetrix da qual participei ok
Meu e-mail é: tuiribepi64@gmail.com
Aguardo...um ótimo fim de domingo e parabéns pelo seu blog...
Um abraço na alma...
Beijo
Elcio, foi muito interessante, a chamada da Monica para ir visitar o seu Veseiro...fui correndo...e valeu à pena. vou lá passar um e-mail e dar meu endereço. Desde já, agradeço.
ExcluirQuanto a eu ser o número 500, foi também interessante, você comemorava os 500 seguidores e eu vi o 499 lá...Valeu! O desistente, não imagina o que está perdendo rsrs.
Um abraço, apertado!
Um testemunho verdadeiro de parte de nossa história e a importância da igreja católica como formadora do pensamento social.Muito bem escrito ,de forma imparcial,reflete a realidade de seu tempo...
ResponderExcluirUm abraço
É isso mesmo, Guaraciaba...ele, praticamente, vivia naquele colégio...a família morava em um sítio vizinho.
ExcluirObrigada, por ter vindo
Um abraço,
da Lúcia
Boa tarde Lucia, passando para descansar um pouco em sua cadeirinha, tenha uma otima semana...bjs
ResponderExcluirEsteja sempre à vontade, amiga. Descanse o tempo que quiser rsrs..Beijos! Boa semana!
ExcluirLucia,Meu amiguinho Tigre(beagle) está participando do concurso Esconde esconde no blog da Kika,preciso de seu votinho na fotinha dele....O NÚMERO É 47 e este é o link :
ResponderExcluirhttp://kikaeassuasideias.blogspot.com/
Muito grata!Beijos de luz
Ok, Selma, vou lá, votar no Tigre...o que não se faz por um beagle!
ExcluirAbraço iluminado!
Mais uma narrativa enriquecedora e brilhante! continuo a acompanhar este testemunho incrível da sua herança familiar.
ResponderExcluirObrigada pela partilha.
Bjs
Obrigada, Lilá(s)! Minha herança faz parte da minha vida e o o que mais gosto de partilhar são as histórias herdadas.
ExcluirUm beijo
Paixão e Ódio separados por linha tênue e unidos na mesma força da palavra.
ResponderExcluirBelíssima composição!
Os chapéus das freiras... parecem pássaros querendo voar. Já não se vê freiras como antigamente, elas, agora são modernas.
Xêro.
Estela, eu havia esquecido de escrever, abaixo de A Paixão, o ano em que ele teria escrito o conto: 1888.
ExcluirSó agora digitei o ano. O estilo de sua escrita é realmente de muita beleza...Há poesia, até na descrição dos chapéus das freiras.O modernismo tomou conta, nos modelitos "sagrados"...como ele diria... provavelmente!
Xêro!
Amiga querida,
ResponderExcluirSou muito curiosa e já estou a imaginar quais seriam os motivos a levar o tio a sair do seminário...talvez a paixão?Que descreve tão fortemente em seu conto?
As vidas de nossos antepassados eram repletas de paixões e se nos fosse dado voltar no tempo,nos assombraríamos com seua arroubos.Meu avô se tornou famoso pelas conquistas no terreno amoroso e minha avó simplesmente ignorava estes fatos e não permitia que lhos contassem.
Temos realmente uma história com muitos pontos em comum...um de meus tios também fugiu do seminário,vendendo todo o enxoval,caríssimo na época,para deitar o capital arrecadado ao jogo.Perdeu fortunas com o vício...
Bjsssssss,
Leninha
Leninha querida, já lhe adianto que não um amor "lá fora" que fez Manuel sair do Seminário. Foi algo impensável...As famílias, ao menos as seguiam os dogmas da Igreja Católica, tinham vidas semelhantes. Gostei, de saber um pouco da sua. Estou acompanhando os seus relatos no Sonhos e Encantos e comparo as semelhanças...
ExcluirObrigada, pelo carinho.
Beijos, amiga!
Sabes Lúcia, antigamente aqui em Portugal o primeiro filho homem ia quase sempre para o seminário; todas as famílias faziam questão de ter um padre. O meu marido teve um irmão que teve de seguir esse destino; morreu aos 80 ainda sacerdote. Um outro a seguir também foi para o seminário, mas abandonou-o e casou. Outra coisa que se fazia era que a irmã mais velha acompanhasse o irmão para ser a empregada dele; o irmão do meu marido levou com ele a irmã que o acompanhou sempre e nunca casou. Hoje vive sozinha; foi uma vida não escolhida por ela, pois houve alturas em que andou quase a começar um namoro, mas, claro, fizeram de tudo para que isso não acontecesse. Exageros duma época!
ResponderExcluirAinda me lembro dos " sermões" que se faziam na igreja da aldeia onde nasci; assisti a muitos, pois a minha mãe obrigava-me a ir a todas essas cerimónias, mas não gostava; Eles os padres às vezes eram assustadores. Um beijinho. Lúcia e mais uma vez, parabéns por todas estas narrativas tão interessantes que nos enriquecem muito. Fica bem e desejo-te uma bela semana
Emília
Sim Emília, é tudo muito igual, certamente todos esses hábitos de vida, herdamos dos nossos colonizadores. Quando estive em Portugal senti bem de perto isso. Agora, tendo esses contatos com vocês, portugueses, venho constatando cada vez mais. As semelhanças são incríveis.
ExcluirPassei por tudo isso que você passou, saindo, aos domingos, pela madrugada, sem um alimento consumido, ainda infante, para assistir à missa...além da caminhada até à igreja..."Exageros duma época", diz muito bem você, amiga...
Obrigada, pelo carinho. Uma santa semana! Beijinhos,
da Lúcia
Vim agradecer seu votinho no concurso esconde esconde da amiguinha kika.
ResponderExcluirMamis esqueceu de deixar a regrinha
1-seguir o blog da kika
2-deixar no comentário o votinho com o meu nº47
è que se fugir a regrinha o votinho não é válido...
Estou seguindo seu blog...
Muito grato,au...au...(meu jeitinho de agradecer)
Tigre.
Tudo concluído, com grande êxito...
ExcluirAu, au, au...Tigre,
da Lúcia
Lúcia, obrigada por passar lá pelo cantinho. A conta do rapaz está publicada por lá bem no fim da postagem. Nós que estamos mais perto estamos nos movendo com autoridades e secretarias específicas porque ele chegou a um ponto de desesperança que nada mais fazia. Agora está mais confiante porque o pessoal tem ajudado muito. E o mundo virtual também é isso... Seu carinho e atenção e o positivismo de pensamento ajudam... Grande abraço
ResponderExcluirMalu, querida, fiquei comovida e dolorida, com o desespero do rapaz. Que bom, que há muitas pessoas solidárias. Não vi, os dados da conta, vou voltar lá.
ExcluirLi muitos comentários das pessoas, dando força a ele.
Desejo que ele consiga um bom atendimento e saia-se bem, dessa triste situação...
Grande abraço,
da Lúcia
Olá Lúcia......
ResponderExcluirQue linda história, que linda família, que belo percurso que todos fizeram....!!!!
A escrita deste seu tio fascina-me.....
Parabéns Lúcia
Tenha uma boa semana
Beijinhos
Albertina Granja
Tenho muito a falar sobre ele, a partir do que meu pai deixou escrito sobre ele. Sou fascinada pela sua escrita, como meu pai era e muitos que passam a conhecer a sua obra são.
ExcluirObrigada, Albertina.
Excelente semana e muitos beijinhos,
da Lúcia
Belo post!Belas memórias! Trazer para o presente a beleza dos momentos do passado é um privilégio.Você cara amiga tem este dom.Parabéns!
ResponderExcluirQuerida, mulheres são assim, doces, ternas, amadas , amantes,fortes e guerreiras, sempre levando da vida o que de melhor tem a oferecer. Nesta semana em que se comemora o Dia Internacional da mulher deixo aqui meu carinho e flores para enfeitar tua vida.Felicidades e na alma a eterna primavera. Bjs. Eloah
Às vezes me engano, ao clicar...leia abaixo, amiga Eloah.
ExcluirSeu carinho, tão ternamente espontâneo e lindo, me deixa muito feliz, querida Eloah. Obrigada, pelo comentário à postagem e pela mensagem trazida, pelo Dia Internacional da Mulher.
ResponderExcluirRetribuo a você todos os mimos!
Beijinhos, da Lúcia
Qual o nome das irmãs (freiras) de Oliveira Paiva?
ResponderExcluirConfesso, Anamélia, que antes de responder-lhe, dei um clique e viajei até ao seu Tauá. Queria saber, de onde vinha esse interesse, em saber os nomes das irmãs Oliveira Paiva. Com prazer: Ana (Irmã Paulina, na congregação) Maria (Irmã Clotilde e Jacinta (Irmão Isabel);segundo meu pai, em seus escritos, elas "foram as mais antigas postulantes do Ceará, entre 1875 e 1879". Essa informação está na biografia que meu pai escreveu (ainda não publicada) de Manuel de Oliveira Paiva.
ExcluirObrigada, por ter vindo. Logo irei fazer-lhe um visita mais demorada.
Um abraço,
da Lúcia
O interesse deu-se devido Oliveira Paiva e Francisca Clotilde terem sido escritores e contemporâneos. De repente, caso as irmãs dele também fossem escritoras era bem possível que tivessem publicações na revista A Estrella, da família de Francisca Clotilde, em Aracati. Pelo visto, não foram. Vi seu comentário e agradeço. Um abraço.
ExcluirAnamélia Mota
Lucia querida, ainda estou aguardando de sua parte, a informação de endereço da Escola Francisca Clotilde, aí em Fortaleza (que você disse passar em frente todos os dias).Revendo material de pesquisa que tendo sobre Francisca Clotilde, veja o que encontrei:
ExcluirNotícias dos Jornais da Época sobre escritores
"A REPÚBLICA – 1892 - OLIVEIRA PAIVA"
A comissão encarregada da subscripção, promovida n’esta Capital, da viúva do saudosíssimo amigo Manoel de Oliveira Paiva, não tendo podido até agora prestar suas contas por estar esperando o resultado de uma outra subscrição que mandou abrir entre os cearenses residentes no Rio de Janeiro, resultado que ainda não tiveram conhecimento, resolveu entregar a mesma viúva, a importância que tinha em seu poder, conforme se vê o recibo que abaixo vai publicado.
Esses 73$000 são provenientes da subcripção e do produto líquido do espetáculo em benefício da viúva por alguns amadores.
Fortaleza, 14 de março de 1892.
Ciro Monteiro – Antonio Sales.
RECIBO
Recebi dos srs. Ciro Monteiro e Antonio Sales a quantia de setecentos e trinta e sete mil réis (rs. 737$000) proveniente de subscripção promovida pelos mesmos entre os amigos de meu finado marido Manoel de Oliveira Paiva.
Fortaleza, 14 de Março de 1892.
Thereza de Oliveira Paiva
(In Capítulos de História da Fortaleza do Século XIX, 1985, p. 111)
Boa noite e boa semana.
Renovo meu aprendizado na literatura brasileira cada vez que venho aqui.
ResponderExcluirAbraço carinhoso desejando desde já a você grande Mulher um feliz dia Internacional da Mulher que se aproxima!
Olá, conterrânea querida!
ExcluirObrigada, pelo carinho, no elogioso comentário.
Desejo-lhe também um feliz dia da Mulher, comemorado internacionalmente, no próximo dia 8.
Beijinhos!
.
ResponderExcluirEstou seguindo o blog da
beleza. Tão simples, tão
puro, mas tão rico...
Siga o meu, vai!
silvioafonso
.
.
Obrigada, Sílvio, que elogio tão meigo!
ExcluirEu achava que estava lhe seguindo...vou já lá, claro!
Um abraço,
da Lúcia
Lúcia, Querida
ResponderExcluirAos poucos, vou conhecendo algo sobre a Literatura, em paralelo com as (quase) Biografias.
A Terra que amas começa a "dever-te" créditos.
Beijos
SOL
http://acordarsonhando.blogspot.com/
SOL, meu querido!
ExcluirPretendo trazer mais, gosto do que esse tio nos legou.
Quanto à Biografias, pretendo trazer a que meu pai escreveu, ainda inédita, feita à luz das recordações da família. Já exitem algumas, como na Wikipédia, mas algumas "pecam" por inverdades sobre alguns fatos.
Quanto aos créditos, a mim, não espero já que o que faço, é unicamente por amor...
Beijos,
da Lúcia
.
ResponderExcluirOuvir você falar é beber
um copo cheio de sabedoria.
Adoro...
Beijos,
silvioafonso
.
Não me deixe assim,silvioafonso, com a "tez enrubecida",
Excluircomo diria meu parente...
Obrigada, no entanto!
Beijos,
da Lúcia
Querida amiga
ResponderExcluirTudo muito bonito,
a história,
o personagem histórico,
a mensagem das palavras.
Aprendo a gostar mais
de minha cidade,
a cada nova postagem sua.
Desejo que a alegria
faça folia em sua vida.
A nossa Fortaleza, é adorável. Hoje, está um tanto
Excluirmaltratada, pelas gestores. Ainda bem que mostro mais de seu passado, quando realmente era muito bela.
Obrigada,Aluisio
Um Xêro!
Olá Lucia
ResponderExcluirVenho agradecer o voto que deu ao meu gatinho Freddy o nº61
lá no blog da amiga kika, adorei o seu blog já sou sua seguidora, virei cá com mais tempo para ler todas estas lindas histórias que eu gosto muito, obrigada pelo seu carinho.Beijnhos
Que bom saber o nome do seu gatinho, e o seu, Gertrudes.
ExcluirMinha gatinha, que tem o pelo semelhante, chamo de Rouquinha, já tinha esse nome, quando a adotei. Quase não se ouve o seu "miau", é rouco e baixo. Foi abandonada na rua e sofreu maus tratos. É um doce!
Beijinhos,
da Lúcia
Querida Lúcia,
ResponderExcluirSua família deixou uma carga genética que faz jus a este seu enorme talento quer na literatura como na amizade, na arte.
É um previlégio, vir aqui te ler . Fico embevecida com a forma como tudo é transmitido, e com a sua imensa sabedoria.
O conto, a biografia, a foto linda!...
Um grande abraço
Manu, Querida, assim você me envaidece...mais do que já sou (vaidosa e orgulhosa, com a minha herança)rsrs...
ExcluirApenas me esforço, para não ficar no esquecimento tantos fatos históricos que pertentem a todos, não devem ser mantidos no baú...Gosto de compartilhar. Há que se tornar público as riquezas literárias, históricas, humanas...
Obrigada, amiga.
Beijinhos,
da Lúcia
Uma bonita narrativa e uma bela história. Aqui aprendemos, sempre.
ResponderExcluirBeijos.
Tão boa, a sua vinda aqui, Élys, sempre com tanto carinho. Obrigada, amigo.
ExcluirBeijos.
Amiga querida,
ResponderExcluirVenho oferecer-te flores,pelo Dia Internacional da Mulher e a minha homenagem por seres este exemplo de garra e suavidade,energia e ternura,coragem e delicadeza.
Muitos beijos,
Leninha
Nossa! que belo presente, Leninha querida...vou já no Sonhos e Encantos, retribuir essa bela homenagem pelo Dia Internacional da Mulher...já amanhã, dia 8 de março..Muito bom! Obrigada, pelo carinho!
ExcluirBeijinhos,
da Lúcia....e inté!
Lucia o votinho do Tigrinho para ser valido é preciso ser seguidor,você seguiu?pode confirmar?Muito grata amiga,beijos de luz
ResponderExcluirÉ a 3ª vez que você me diz. Cliquei e vi meu retratinho, só se deletaram!!! rsrsrs...bjus doces!
ExcluirQue beleza!
ResponderExcluirCadinho RoCo
Obrigada! Estou devendo-lhe visitas.
ExcluirUm abraço, Cadinho RoCo...
Boa noite minha querida amiga!
ResponderExcluirDesejo para o Dia Internacional da Mulher,um dia especial... deixo aqui meu carinho e mil flores para enfeitar tua caminhada desejando, minha doce amiga, muitas felicidades e que a tua alma seja uma eterna primavera.
Bjsssssssssssssssssss
Obrigada, Severa, pela bela mensagem,
Excluirdesejo-lhe um maravilhoso dia, minha querida.
As flores estão sempre florindo o meu caminho,
que elas também enfeitem a tua produtiva vida.
Beijos,
da Lúcia
É cativante tudo que aqui li, desde a Biografia do Manoel de Oliveira Paiva, ao conto Paixão, tão rico em detalhes, e tão instigante.
ResponderExcluirFeliz dia da mulher!
Socorro Melo
Obrigada, Socorro. Devo-lhe uma visita...irei em, breve, minha querida.
ExcluirFeliz dia da Mulher.
Beijos,
Lúcia
Amiga,viva intensamente este dia,
ResponderExcluirSinta o aroma dos mais variados prefumes,
Muitas flores coloridas para você
Neste dia especial
Parabéns...
Tem mimo para você...
Beijos de luz
http://mariaselmadr.blogspot.com
não esquece de deixar sua marquinha de seguidora no blog da kika....rsrs
Oi, Selma, segui os passos direitinho...
ResponderExcluirInté>>>
Querida Lúcia
ResponderExcluirChamou-me logo a atenção a idade com que faleceu este seu parente, com 31 anos. Naquele tempo a tuberculose ceifava os jovens na flor da idade. Lembro-me, por exemplo, de Júlio Dinis, de Cesário Verde...
O conto é uma preciosidade em prosa poética, em pormenores tão importantes para nos imbuirmos do ambiente, da santidade do lugar. Depois de tudo o final é tão inusitado...realmente ali era a fonte do amor. :)
Minha querida, desejo que tenha passado um excelente dia 8 de Março. Todos dias do ano são dias nossos,não é mesmo?
Beijos
Olinda
Olinda querida, enganei-me, ao clicar, e postei um comentário, em resposta ao seu, depois da amiga Mônica. Ainda não me acostumei com este "modelo"...Veja lá...
ExcluirBeijos!
Lucia
ResponderExcluirParabens pelo nosso dia e por mais um espaço de cultura, que tanto me comove
com amizade e carinho de Monica
Oi Mônica, obrigada, pelos parabéns! O seu dia
Excluirtenha sido excelente,no meio de tantas MULHERES mineiras...Não te levei o abraço ontem, mas envio hoje.
Para você uma SEMANA DA MULHER, bem feliz, pra compensar a minha "falha".
Um carinhoso beijo,
da Lúcia
Minha querida Olinda, é o que mais dói, a juventude, tanto mais teriam produzido, esses valores da nossa terra, Brasil, Portugal e tantas outras. Era comum, a terrível tuberculose, naqueles tempos, levá-los tão cedo à morte.
ResponderExcluirQue bom, que gostou, do conto e do estilo. Ele escrevia com muitos detalhes, o que muito nos prende à narrativa.
Foi tudo bem, no "nosso dia" que são todos os dias, com certeza...
Beijinhos,
da Lúcia
Já de volta. Agradeço seu comentário lá no Cadinho. Com relação à medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças, vá ao http://a-medalha-milagrosa.blogspot.com/ e de lá obterá as informação que busca.
ResponderExcluirCadinho RoCo
Obrigada, pela informação.
ExcluirUm abraço!
Lúcia
O problema é que a tuberculose ainda não foi eliminada !
ResponderExcluirEu estou com tosse neste momento e espero que não seja isso...;)
O seu artigo é bem interessante e gostei do texto do Manuel de Oliveira Paiva.
beijinhos
Verdinha
A tuberculose não foi eliminada, mas já se conhece o tratamento, com certeza de cura, naquela época não.
ResponderExcluirEspero que sua tosse sare logo. Deve se tratar!
Obrigada, Verdinha.
Beijinhos,
da Lúcia
Parabéns, Maria Alice, pelos 500 seguidores!
ResponderExcluirUma bela tarde!
Lúcia
OI LUCIA!
ResponderExcluirEU AMO HISTÓRIA DO BRASIL E TEU BLOG É RIQUÍSSIMO EM DETALHES, VAI-SE LENDO E AQUI E ALI NOS DEPARAMOS COM ALGO QUE JÁ LEMOS, PRINCIPALMENTE SOBRE OS COSTUMES DA ÉPOCA.
GRATA POR TUA VISITA E COMENTÁRIO CARINHOSO.
ABRÇS
Zilanicelia.blogspot.com
Click AQUI
Gosto, de ler, ouvir e contar história, principalmente de História do Brasil. É muto rico esse universo de costumes, dada as regionalidades...
ResponderExcluirObrigada, Lani.
Beijos,
da Lúcia