quarta-feira, 31 de agosto de 2011

PAPAI CANTAVA....

A NAU CATARINETA... (ou CATRINETA)...
José Joaquim de Oliveira Paiva, meu pai, nasceu em
Fortaleza, capital do Ceará,  a 7 de novembro de
1895 e faleceu a 19 de junho de 1977. De profissão
foi Guarda-Livros (hoje Contabilista). Na Fênix 
Caixeiral, instituição em que se graduou, tornou-se
professor de língua francesa e bibliotecário. Na Fênix,
filiou-se ao grupo literáro  Arcádia Fenixta,  que alí
existiu na década de 1920.Foi jornalista, escrevendo 
no jornal "Correio do Ceará", como Pio Valério. Foi 
livreiro, proprietário da Livraria Clássica. Escreveu,
 por muitos anos, no jornal católico "O Nordeste",
nos anos 1950 e 1960 assinando, então, J.J. Paiva. Por
vários anos publicou matérias na revista da Sociedade
São Vicente de Paulo.Líder católico, pertenceu às
Congregações Mariana, Franciscana e Vicentina,
permanecendo nelas... até se finar...

No mês de abril, do corrente ano, partindo do dia 15, publiquei sete matérias com as canções que mamãe mais gostava de cantar.
Hoje, revendo as letras das canções, resolvi iniciar uma série semelhante àquela, trazendo aqui, as canções (ou modinhas)
que meu pai mais gostava de cantar. Meu pai, como minha mãe, sempre embalaram com belas cantigas, durante toda a infância, os seus seis filhos, também depois da infância... muito além....até se ir, em 1977....Agora,vale recordar!
De todas as canções, lembro-me das letras e melodias. Como não possuo gravações, digitarei, as letras das canções. Nesta primeira, a "Nau Catarineta" (versão brasileira) e a "Nau Catrineta" ( em versão portuguesa) consegui vídeos, no YouTube. Com o intuito de complementar melhor, a postagem, publico os respectivos vídeos, após a letra da canção e as notas que se seguem...


NAU CATARINETA


Faz vinte e um anos e um dia
Que andamos n'ondas do mar
Botando sola de molho 
Para de noite jantar


A sola era tão dura
Que a não podemos tragar
Foi-se vendo pela sorte 
Quem se havia de matar  


Sobe sobe meu gajeiro
Meu gajeirinho real
Vê se vês terra de Espanha 
Areias de Portugal


Não vejo terras de Espanha
Areias de Portugal
Vejo sete espadas duas 
Todas para te marar


Arriba arriba gajeiro
Aquele tope real
Olha pra estrela do norte
Para poder nos guiar


Alvíssaras meu capitão
Alvíssaras meu general
Avisto terras de Espanha
Areias de Portugal


Também avistei três moças
Debaixo de um laranjal
Duas cozendo cetim
Outra calçando dedal


Todas três são minhas filhas
Ah! quem me dera  abraçar
A mais bonita de todas
É pra contigo casar


Eu não quero sua filha
Que lhe custou a criar
Quero a Nau Catarineta
Para nela Navegar


Tenho meu cavalo branco
Como não há outro igual
Eu dar-te-ei de presente
Para nele passear


Eu não quero seu cavalo
Que lhe custou a ensinar
Quero a Nau Catarineta
Para nela navegar


Tenho meu palácio nobre
Como não há outro assim
Com suas telhas de prata
Suas portas de marfim


Eu não quero seu palácio
Tão caro de edificar
Quero a Nau Catarineta
Para nela navegar


A Nau Catarineta amigo
É d'El-Rei de Portugal
Eu não serei mais ninguém
Se El-Rei te há de dar


Desce desce meu gajeiro
Meu gajeirinho real
Já viste terras de Espanha
Areias de Portugal


NOTAS:
1- Essa letra, era a que papai cantava. Lembro-me que, ao final do 3º verso, de cada quadra, acrescentava-se "oh! Tolina", repetindo-se, então, os dois últimos versos. Este refrão, facilitava o entoar da melodia de a Nau Catarineta, além de ficar mais "bonito" e mais "animado"'...o nosso cantar...Formávamos um "harmonioso coral",  (modéstia à parte), o pai com as três filhas . Os três meninos, mais velhos, raramente estavam presentes, à sessão de canto...
2- Nas pesquisas que fiz, na internet, encontrei várias versões, tanto de letras quanto de melodias(nos vídeos), da Nau Catarineta. Considerei importante, trazer a nota que exponho abaixo:
                                                                                 
 Nota de Luis da Câmara Cascudo, para a Nau Catarineta:   
Xácara portuguesa narrando as peripécias de uma longa travessia marítima, as calmarias que esgotaram os mantimentos, a sorte para sacrificar um dos tripulantes, a presença da tentação diabólica e a intervenção divina, levando a nau a bom porto. Publicou-a Almeida Garrett no seu Romanceiro e Cancioneiro Geral, Lisboa, 1843. Impossivel indicar o número de variantes em Portugal e no Brasil. No Romanceiro de Garrett é a XXVI, A Nau Catarineta. Muitos dos elementos sobrenaturais da xácara ocorrem nos romances El Marinero e Santa Catarina, divulgadíssimos na península ibérica e América espanhola, motivos da sedução demoníaca e da bondade divina. Houve realmente uma nau Catarineta que sofreu dolorosa jornada para Lisboa. Em 1666, os capuchinhos Michael Angelo de Gattina e Denis Carli de Piacenza, indo do Brasil para Portugal, encontraram calmarias no Equador e recordaram a tragédia do infellice vascello detto Catarineta (Mário de Andrade, A Nau Catarineta,, Revista do Arquivo Municipal. LXXIII, São Paulo, 1941; Renato Almeida, História da música brasileira, 211-216,ed. Briguiet, Rio de Janeiro,1942). É o documento mais antigo e revelador da historicidade do acontecimento. Transmitida oralmente, a xácara tem sido cantada initerruptamente por todo o Brasil, isolada,como em Portugal, ou reunida à jornadas de um auto tradicional, fandango ou marujada, taqualmente sucede com outras outras xácaras portuguesas, O  Capitão da armada, por exemplo, que também está no fandango;(Jaime Cortesão, O que o povo canta em Portugal, 142.Livros de Portugal, Rio de Janeiro, 1942).


Versão portuguesa, para a Nau Catrineta...


Versão brasileira, para a Nau Catarineta
                                                       
Assim, vimos a letra de a Nau Catarineta ,a que meu pai cantava, a nota de Câmara Cascudo e duas versões, em vídeo, uma portuguesa e outra brasileira, dentre as inúmeras versões existentes desta bela e sempre presente MARUJADA...
                                            ******
Já vou..................................................mas eu volto, um abraço!

56 comentários:

  1. Lúcia, querida! Que bom vc ter ido me conhecer, só assim eu tive oportunidade de vir aqui tb, conhecer seu blog e um pouco de vc. Adorei conhecer um pouco de sua história, de sua familia. É emoconante! Já estou te seguindo e espero sua visita mais vezes, não quero te perder de vista. Eu voltarei, beijo grande!

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  2. Navegar, navegar e navegar...Gostei da sua postagem cultural, não conhecia. Um abraço, Yayá.

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  3. Oi, Lúcia! Buscar nossas origens. Partilhar nossas lembranças. Isso nos confere mais humanidade. Lenitivo para nossas almas. Quem teve pai, mãe que acalentava-nos com suas canções teve berço de ouro! Parabéns! Abraço, Célia.

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  4. Tão lindo navegar pelas doces lembranças.Muito lindo!Ótimo SETEMBRO!!!beijos,chica

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  5. Querida Lúcia,

    É emocionante lembrar-se das canções que cantavam os que nos são queridos mas às vezes, é numas circunstâncias muito tristes, como hoje, para mim...

    Beijinhos
    Verdinha

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  6. Amiga; Nau Catarineta é uma canção folclórica de abrangência em todo o espaço lusófono, notadamente brasileiro. Uma viagem de volta à que fez Cabral.
    No sul faz parte dos "fandangos" e festas de origem portuguesa, principalmente nas cidades e recantos onde a influência lusitana é mais marcante, como Florianópolis, São José, Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre. Ela adquire nuances regionais como a versão que Câmara Cascudo apresenta. Muito boa postagem.
    Meu falecido pai não era muito afeito a cantorias, porém, me lembro sempre, de uma "coplita" que ele tinha nos lábios e que assoviava displicentemente enquanto cuidava das lides da roça.

    É sempre um prazer sentar na cadeirinha.

    Um abraço.

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  7. O Fandango de Canguaretama canta a mesma canção, mas entre os vensos eu entendo "Hó tão linda".
    Tolinda ou Tolina (?) deve ser o nome de algum lugar (que não usa mais) ou de alguém, não sei (ainda)!
    Por aqui a canção começa assim:
    "Bela Nau Catarineta, dela vinhemos contar..."

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  8. Lúcia,
    Parabéns por não deixar que as suas memórias fiquem cobertas de pó, preferindo dar-lhes o devido destaque...

    Bj

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  9. Linda e terna lembrança...
    "Uma Ode á vida"

    "Ela Dá e Ela Tira"...

    A vim visitar e gostei!

    Maria Luísa

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  10. Oi, Milla, senti que você viria, pela
    afinidade. Gostei muito dos seu blog.
    Obrigada, venha sempre.
    Beijos

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  11. Yayá, é sempre preciso: navegar e cultura...
    Essa Nau, é velha companheira.
    Beijinho

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  12. É,Célia, são tão felizes lembranças,
    que preciso compartilhar. Guardá-las,
    só para mim, seria um desperdício.
    As canções, valem ouro, no embalar
    da infância.Obrigada,amiga.
    Beijos

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  13. São lembranças doces, chica, nesse
    eterno navegar...Feliz Setembro!
    Um beijo, amiga

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  14. Oi, Verdinha, preciso saber que tristeza
    é essa, circunstancial, de hoje. Irei
    logo, logo, visitá-la, amiga.
    Beijinhos

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  15. Clóvis,amigo,é bom ver aqui um comentário
    sulista. A Nau Catarineta, foi, e ainda é,
    cantada e decantada, em todos os ricões.
    Às vezes me percebo cantando-a.. As canções
    que mamãe cantava, uma neta dela gravou.Tenho um
    projeto para ela,Márcia Paiva, gravar as que lembram mais o vovô Paiva. Vai sair!
    Obrigada, pelo contributo.
    Um fraterno abraço.

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  16. Amigo Galvão,já lí há algum tempo, uma postagem
    sua sobre a Nau Catarineta no seu blog.Até "salvei" uma bela foto em preto e branco do Fandango de Jaguaretama.São muitas as versões e adaptações teatrais. Quanto ao refrão, Tolina, ou outros que vc cita, há que pesquisar, não é? Já li, em algum lugar poderia ser "tão linda"...é mais provável. Do meu pai eu ouvia "Oh! Tolina".
    O começo, da de Canguaretama, é lindo!
    Um abraço

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  17. AC,amigo, todos os dias passo uma "suave flanelinha" na minha memória, de modo que o pó fica longe...
    É necessário que destaquemos o que tem significado para nós e possa interessar a tantos...Obrigada,
    por suas palavras.
    Beijos

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  18. Maria Luiza, foi a palavra que achei mais
    adequada, para asua bela poesia à VIDA...
    Então gostou? Volte sempre!
    Beijinho

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  19. Lúciamiga

    Quando eu andava no Liceu (para vocês Ginásio) Camões, aqui em Lisboa, era solista do orfeão dele. Aliás, no frontespício está lá Lyceu Camões.

    E quando vejo o teu artigo - mais uma vez excelentíssimo - começo a cantar a Nau Catrineta - que interpretei, tinha eu os meus 16 anos. Há quanto tempo... No dia 20 deste mês faço 70...

    Vieste abrir a caixa craniana e reviver a actuação no meu velho liceu. Por isso, estou a trautear a velha canção lenga-lenga -

    Acima, acima gajeiro
    sobe no mastro real
    Vê se vês terras de Espanha
    Areias de Portugal...

    Uma ligeiríssima diferença de palavras, mas a mesmíssima cantiga. Estou feliz, muitíssimo obrigadérrimo.

    O teu Pai, José Joaquim, onde quer que esteja, deverá certamente sentir de igual modo. Há coisas que nos marcam para a vida e - quem sabe? - para a morte. Ainda que eu não acredite na vida eterna... Nem já na interna, quanto mais...

    E por aqui me fico, encantado até mais não.

    Abçs diversos, xeros da Kel e qjs, muitos, para tu

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  20. Ferreiramigo, navego nessa Nau há tanto tempo. Hoje, mesmo sem o seu Paivinha, quando nos reunimos pras prosas, quase sempre sempre, as tres manas a Nau retorna e outras cações. É lenga-lenga, mas é BÃO, como diz os mineiro, uái!
    Varia, de lugar pra lugar mas, no fundo, é a mes Nau...rsrs...
    Xeros na Kel e tu

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  21. Lucinha querida
    Esta é a versão mais conhecida, a que minha avó contava. Estava a lê-la e ia lembrando o verso seguinte. Há muitas versões mas, esta, mais palavra menos palavra, é a mais vulgar.
    Tenho esta versão do Fausto. Conheço as outras dos Cancioneiros.
    A história tem um fundo de verdade. Quantos navios terão ficado sem comida?
    Continua a navegar na Nau. Eu fico com a Barca-Bela.
    Beijinhos, minha irmã do outro lado do mar.
    Talvez um dia, as nossas Naus se encontrem.
    Maria

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  22. Irmã lusa, Querida Maria,amiga, sinto que, mais dia menos dia nossa nossas Naus hão de encontrar-se. Irei postar outras canções que "seu" Paivinha cantava,que acredito façam parte dos Cancioneiros.
    Lá em casa haviam muitos cancioneiros.
    Beijinhos
    Lúcia

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  23. Querida amiga

    Há na postagem
    um mergulho nas lembranças,
    na simplicidade
    e na ternura
    das coisas simples,
    e que justificam a nossa vida.

    Tudo belo,
    tudo pleno de sentimentos.

    Viver é sentir os sonhos
    com o coração.

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  24. Este comentário foi removido pelo autor.

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  25. Oi Lúcia
    Era mais natural que fosse CATARINETA do que CATRINETA, mas o que é certo é estas parónimas ficaram nas nossas mentes.
    É curioso, a partir de certa altura da vida, a gente recordar-se dos miminhos de papai e mamãe. É na altura que estamos mais carentes que vêm ao de cima esses gestos lindos que não voltando mais pairarão sempre em nossos pensamentos.
    Beijinho para ti

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  26. Amiga Lucia excelente post. Como é bom navegar pelas boas recordações.
    Bom fim de semana
    Beijinhos
    Maria

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  27. Olá, Aluisio amigo,mergulhar nessas lembranças,
    há muito, é meu "passa-tempo" preferido, sendo
    a vida, assim justificada, no terno e simples...
    Obrigada. Um abraço.

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  28. Não quero opinar, Kim, no entanto devo dizer que, de fato (ou facto) nós brasileiros é que "herdamos" a língua.Sendo a língua dinâmica, porém, surgiram(e surgem) as variantes(parônimas).
    Quanto aos mimos, estão todos guardados na memória, é só trazê-los à tona, quando a saudade bate...
    Beijinhos, amigo de além mar...

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  29. Maria, querida, obrigada!
    Navegar, já é bom, sendo nas boas
    lembranças...melhor ainda...
    Bom final de semana.
    Beijinhos

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  30. Olá!
    Chego através do blog coração de professor e vendo que somos conterrâneas,lendo o conteúdo de alguns dos seus registros decido começar a acompanhá-la também daqui.
    Abraços,

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  31. Lucia, muito interessante esse recordar histórico. É uma parte da história em sua vida. Fiquei admirada com a história de seu pai, uma pessoa muito culta e esclarecida. Essa é uma herança de uma riqueza impagável. Bela infância. Muita paz!

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  32. Oi, Bergilde, que bom, mais uma conterrânea!
    Vou já retribuir essa visita. É grande, o prazer
    de tê-la aqui.
    Abraços

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  33. Papai era extraordinário, Denise, deixou
    um legado imaterial inegável. De material
    ficaram seus escritos, que me instiga à
    partilhar com os amigos...Foi bela, a infância!
    Muita paz!

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  34. Querida amiga

    Hoje a minha visita
    é para agradecer
    suas generosas palavras
    sobre a entrevista
    que fiz para o
    blog da amiga
    Sonia Silvino.

    Muito obrigado.
    As palavras vindas
    de fontes puras
    como são as suas
    nos alimentam a alma,
    e valorizam a vida.

    Obrigado de coração.

    Aluisio Cavalcante Jr.

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  35. Oi Lúcia,
    Não poderia ter sido melhor este meu final de noite, com a Nau Catarineta. Fico a imaginar o seu pai cantando com as filhas (coisa parecida acontecia na minha casa -rsss- afinal somos uma família nordestina!).
    O Nilton, meu maridão, conta que o seu velho avô (português), cantava a versão portuguesa, porém tendo o diabo como protagonista querendo a alma do capitão.
    Adorei ver o vídeo com Ariano Suassuna e Antônio Nóbrega, este último, tive a oportunidade de vê-lo cantar tal versão aqui no Rio.
    Obrigada amiga por esta postagem. Nilton lhe manda um abraço.
    Um xêro.

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  36. Amigo Aluisio, apenas disse o que
    para mim é verdadeiro e que brota
    do coração. Obrigada, pelas gentis
    palavras.
    Um abraço
    Lúcia

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  37. Estela querida,fico feliz, quando o
    que me agrada, também agrada a tantos.
    São lembranças tão antigas, mas que ainda
    repercute até hoje.Então, o Nilton também
    partilhou dessa leitura, que bom. A versão
    com o diabo, com o Gajeiro, é também muito
    encenada, cantada. É bem interessante, toda
    essa gama de varianates, da Nau Catarineta.
    Abrace o Nilton, por mim...
    Um xêro

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  38. Cadinho RoCo, que bom
    que você considerou "Muito bom!"...
    Obrigada!
    Um abraço!
    Lúcia

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  39. Lúcia querida,mais coincidências em nossas vidas:meu pai também era guarda livros,formado em Juiz de Fora,na Academia de Commércio,que lhe outorgou o título de Perito Contador...durante muito tempo trabalhou com o pai,comprador de café
    no leste de Minas,tendo deixado este serviço para se tornar bancário e professor de contabilidade...
    também cantava,O jangadeiro,que minha mãe tocava ao piano...fazia suas poesias,cujo tema era um só:seu grande amor por minha mãe.
    Minha sogra cantava a Nau Catarineta,muito bem,por sinal.
    Muito bem elaborado o teu texto,como todos
    que escreves,aliás.Parabéns,amiga.Emocionante!!!
    Bjssssssssss ternos,
    Leninha

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  40. Que venham mais coincidência entre nós, Leninha,
    para a amizade se solidificar mais. Vou fazer o mesmo que fiz ao gravar as musicas preferidas da Dona Mazé, mina mãe, tenho um projeto para minha sobrinha gravar as modinhas preferidas do Seu Paiva. Preciso deixar essas canções registradas para as futuras gerações.
    Obrigada, minha amiga querida.
    Beijinhos
    Lúcia

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  41. Interessante como as memórias mais vívidas sempre são músicas. Muito bonito registrar isso.
    Abraço.

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  42. Lúcia, não pude deixar de encantar-me.
    Que bela história esta que divide conosco de um pai tão belo assim.
    Abraços

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  43. É mesmo, Clarice, a música geralmente permeia
    momentos felizes vivido,sendo mais retidos à memória. Gosto, de registrar. Obrigada!
    Abraço

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  44. Oi, Malu, esse, é só um pedacinho da história
    com meu pai,que era encantador...Obrigada!
    Abraços

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  45. Querida amiga Lúcia!

    Depois de uma temporada de trabalho com na realizações de festas, cá estou eu já com menos trabalho e com mais disponibilidade para o que gosto que são os meus blogues e seguidores.

    Coisa linda você lembra e escreveu pra nós! Adorei mesmo!

    Um beijo bem grande.

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  46. Querida Lúcia

    Cheguei ao seu blogue na altura em que estava a postar as canções que a sua mãe cantava e tive ocasião de as apreciar.
    Acho lindíssimo este seu gesto de amor filial e mais agora que publica também as que o seu pai cantava.
    Conheço bem a Nau Catrineta. Costumávamos declamá-la numa cantilena ... :) logo, faz parte do meu imaginário.
    Hoje não vou poder ouvir os videos mas voltarei para isso.

    Beijo

    Olinda

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  47. José, querido amigo,fico feliz com seu retorno ao trabalho e à Cadeirinha...Obrigada, por tão gentis
    palavras. Hoje, vou visitar você, no Transpondo Barreiras, tão maravilhoso!

    Um carinhoso abraço

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  48. Olinda, querida, lembro-me de quando nos conhecemos...rs. Esse amor filial, quando os pais
    estão ao nosso lado, demonstramos na forma de contato físico, num beijo, num abraço, na palavra dita oralmente,se estão próximos. Depois que "partem", havemos de encontrar alternativas para demonstrar nosso amor filial...Aqui, encontrei o lugar ideal...
    A Nau Catarineta, cantilena "gostosa", é nossa, estará no imaginário popular, com certeza...

    Volte sempre
    Beijinhos

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  49. Lúcia querida, fiquei muito feliz por você ter sentido minha falta, na verdade passei por um vale, como em 2010 eu também passai por um momento muito complicado na minha vida, só que foi pessoal, eu acabei deixando escapar quando escrevia, desta vez eu nem tinha como falar. Já que você das amigas virtuais foi a única que senti falta, eu passei por este vale, estive no CTI e fiquei internada muitos dias, estou com algumas complicações, mas agora já me sinto melhor e logo eu voltarei, escrevendo sobre flores, verão, amor, todas as coisas que me inspiram. Obrigada e Beijos.

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  50. Lúcia que prazer conhecer seu cantinho. Que riqueza de conteúdos!
    Adorei ver o detalhismo de suas história e me trouxe saudade d Fortaleza, essa sua foto lembra as praças (do Ferreira, portuga...) saudades do sol!
    Fiquei curiosíssimo com seu trabalho de pesquisar genealogia. Minhas origens e um caldeirão só e adoraria destrinchar esse emaranhado! Quem sabe você não me ajuda?
    Parabéns querida!
    beijo na alma.
    " o sol está nos olhos de quem brilha, o sol está nos olhos de quem vê no sol, a poesia e alegria de viver!" - Pingo de Fortaleza

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  51. OI, Lucimar,
    Agora, ao menos estou ciente do que se passa com
    você. Sinto,pelo que passou, desejando que se logo fique boa, voltando ao nosso convívio "virtual", compartilhando suas excelentes postagens <<<
    Beijinhos
    Lúcia

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  52. Pedro, obrigada,por estar aqui. O que você viu, é o que sei fazer, com muita satisfação e tenacidade. Dê-me algumas "dicas" de seu "caldeirão" e vamos tentar buscar destrinchar.
    Estou às suas ordens, amigo.
    Obrigada, pelo comentário, e pelo "pedaço" da poesia do grande Pingo de Fortaleza.
    Volte sempre,um abraço...

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  53. Oi, Lucia!

    Acho incrível como você consegue resgatar tanta coisa da história de sua família: que maravilha!
    Interessante a pequena biografia do seu pai.
    Eu não conhecia a modinha da Nau Catarineta. Achei bacana a letra, mas, infelizmente não consegui ver os vídeos.
    Obrigada por partilhar conosco a sua história, tão cheia de novidades e emoções.

    Um abraço, amiga
    Socorro Melo

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  54. Na verdade, Socorro, é um resgate de certa forma fácil, porque está tudo muito bem sinalizado rsrs
    papi deixou muitos escritos e conservava bem as relíquias, deixando esse maraviloso legado.
    Vê se consegue ver os vídeos direto no you-tube.
    Obrigada amiga, beijinos

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  55. Apreciando profundamente.
    Isso sim é que é gosto.
    Xeros

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