quinta-feira, 12 de julho de 2012

O NORDESTE, SÁBADO, 14 DE JUNHO DE 1952

MANOEL DE OLIVEIRA PAIVA (XIII)
Uma vocação em disponibilidade
J. Paiva
Charge de 1870 a respeito da QUESTÃO RELIGIOSA. A legenda
diz: " S. M. aproveitou a ocasião para, não desfazendo do macarroni do
Papa, fazer valer as vantagens de uma boa feijoada". No prato de macarrão
aparece a palavra Syllabus (título de um documento do Papa Pio IX condenando
os erros da civilização moderna), e no da feijoada, Constituição.(Wikipédia).
Charge do jornal  O MOSQUITO, publicada em 1875. (Blog História por
 Imagens, de Hermes Júnior, sob o titulo "As palmadas que D, Pedro II levou".)
Dom Pedro II, na "Fala do Trono" em pintura 
de Victo Meirelles.
Papa Pio IX, cujo papado foi de 1846 a 1889.
( Fonte e imagem:Wikipédia)
Loja Maçônica Grande Oriente do Ceará ( Imagem: Wikipédia)
Salão interno de uma loja maçônica  (Imagem: google).
Igreja do Pequeno Grande, inaugurada em 1903, vendo-se à sua
esquerda a antiga capela do Colégio da Imaculada  Conceição,que 
 era frequentada por Manoel de Oliveira Paiva e todos os seus familiares.
. No Colégio, tornaram-se freiras, Irmãs de Caridade, três de suas irmãs.
 O Sítio da família Oliveira Paiva ficava 100 metros à frente...
(Foto: Arquivo Nirez)
Interior  da Igreja do Pequeno Grande, em  Fortaleza. (Foto: google)


Voltara o rapaz de sua estranha aventura, magro, esquelético, com os maxilares salientes, quase irreconhecível, fraco em extremo e revoltado, toda  sua fisionomia cadavérica, olhar de espanto, conversação desconexa, causando grande pena e tristeza à sua família e ao circuito de sua amizade. Blasfemava como quem, num círculo de ferro, morde as costas das próprias mãos e apostrofa a imensidade porque não n'o precipita do nada!  Minha avó materna, a pobre mãe de Oliveira Paiva, nada dizia, estarrecida e penalizada, porém conformada.

Ninguém, por ignorância da exata doutrina católica, queria compreender que a mãe amorosa, que julgava ter o filho João para auxiliar no sustento da família, e o filho Manoel para o serviço da Igreja, pudesse aceitar em casa um filho "excomungado".  Apesar de Piedosa que era, acrescendo agora a convivência diária com as Irmãs de Caridade, tão suas amigas e tão boas para ela, às quais, por essa mesma época, estava entregando, após um estágio no Colégio da Imaculada Conceição, com órfãs, três filhinhas, três manas do seminarista expulso de um estabelecimento dos Padres da Missão, seus naturais Superiores , trânsfuga imberbe do sacerdócio e provavelmente da Congregação, a vovó recebera o filho com os braços abertos....

Ainda por esse tempo (vamos ilustrar e ambientar esta biografia), fumegavam os prélos  de Fortaleza, onde se editavam a "Fraternidade", órgão maçônico e  "A Tribuna Católica". Pugna terrível essa da Questão Religiosa, cujos mais gloriosos gladiadores na imprensa foram o sereno jornalista Antônio Manoel dos Reis e o violento panfletário Saldanha Marinho, na Corte.  A 6 de Maio de 1874, por exemplo,  lia-se no órgão cearense da Maçonaria, este provocante desafio ao evangélico Dom Luiz Antônio dos Santos: "Ah! Monsenhor, vós franqueais...falta-vos a coragem no momento supremo. O governo...o tribunal... um processo...uma prisão...uma fortaleza...isto são fantasmas que assaltam a imaginação do nosso brando Bispo!...Tanto melhor: isto será um triunfo de mais para os filhos da viúva..."  E, ainda mais recentemente, a 30 de março de 1875: " Que se nos ataque pois como os Atanásios, que se não seja cobarde..."

No entanto, Dom Luiz, atravessava os sertões do Ceará, a cavalo, nas suas estafantes visitas pastorais; fundara dois Seminários e já ordenara 120 sacerdotes!  E não sabemos se lá para as bandas do Outeiro, em plena mata, o meu tio, jovem hereje, ouvia o rugir da luta dos valentes órgãos provincianos, das duas fortalezas, a da Igreja e a da Maçonaria. O que é certo é que o Padre Chevalier, nos seus sermões do Colégio, vibrava de indignação quando a imprensa maçônica, dando descanso aos Bispos e ao Papa Pio IX, assestava  suas ferinas baterias contra Nossa Senhora!  
Isso nos contava em casa a mamãe, irmã de Manoel de Oliveira Paiva, a qual, aos nove anos, com os mais da família, frequentava habitualmente a Capela do Colégio da Imaculada Conceição.              
À vida curta do romancista se prendem muitas cousas...
Por J. Paiva
...continua...


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Notas:
1- A ortografia do texto biográfico de J. Paiva, foi mantida conforme fora publicado em 1952, no jornal católico O NORDESTE, de Fortaleza;

2- Consideramos importante, a ilustração com imagens e legendas relacionadas à Igreja Católica e à Maçonaria, neste capítulo, por conta da "famigerada" Questão Religiosa;

3-  O Capítulo XIV , permanece com o sub-título "Uma vocação em disponibilidade" para, no seguinte, dar lugar ao sub-título "Na Escola Militar do Rio".

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Estarei de volta, em uma semana......um abraço!
  

60 comentários:

  1. Forte este texto! quantas vítimas foram feitas ao longo da história quando se pensa nas pessoas que a compõe. E Jesus só queria que nos amássemos uns aos outros.assim caminha a Humanidade.Manoel Oliveira era sem dúvida uma mente brilhante, ferida em sua alma pela injustiça.Continuo lendo o romance da Guidinha do poço e a leitura surpreende no que tem de modernidade e autenticidade em todos os sentidos e principalmente na política do sertão, tão atuante ainda.Um abraço

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    1. Você faz uma análise perfeita, sobre as vítimas das injustiças e dos desajustes, "ao longo da história". este pequeno exemplo, no Ceará, já basta, para aquilatar...é o "drama" de uma família, apenas...
      O romance da Guidinha, é muito interessante, até porque foi inspirado em um fato real, mostra o quadro da época, o que não difere muito do que hoje ocorre.

      Um forte abraço

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  2. Venho ler e ver as imagens, que gosto muito.
    Naquele tempo para se fazer uma visita pastoral, tinha de ir montado a cavalo, atravessando os sertões como fazia Dom Luiz num grande esforço.

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    1. É sempre um prazer, ter a sua opinião, Élys.
      Dom Luiz, segundo a história,foi um grande ministro da Igreja, junto às suas ovelhas...
      Um abraço, amigo.

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  3. Olá Lúcia....
    Este é mais um belo episódio, que, à semelhança dos demais, vem também acompanhado de bonitas imagens que me encantam...
    Que bom que é poder acompanhar uma história tão bem contada e que ao lê-la, fico com a sensação que estou, "lá"...., onde tudo se passou e na época em que se passou....!!!!!!
    É maravilhoso....!!!!
    Tenha um bom fim de semana Lúcia
    Um abraço
    Albertina

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    1. A história de vida do moço cearense, comove. Ao digitar aqui, o que meu pai escreveu, percebo o quanto ele amava esse tio que nem conheceu pessoalmente. Tudo que relata, foi por ter lido nas publicações e por ter ouvido dos familiares mais velhos, como sua mãe...Fica tudo muito nítido, para nós. As imagens, complementam bem.
      Obrigada, Albertina, um abraço,
      da Lúcia

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  4. Gostei de ver as fotos, pois nunca tinha visto uma loja maçonica e quando estive aí em Fortaleza também não vi essa Igreja que parece belíssima. Deve ter sido um desgosto muito grande para a mãe do Manuel ter de volta o filho " excomungado" e não ter saído de lá o sacerdote que ela tanto queria.. Como sempre, Lucia, muito interessante esta tua " saga " familiar. Cá estarei na próxima semana para continuar a ler-te. Se demorar, não penses que desisti da leitura, mas vou tirar uns dias de férias e não sei se poderei vir aqui. Fica bem, amiga e muitos beijinhos
    Emília

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    1. Em Fortaleza existem algumas Lojas Maçônicas. Essa Igreja do Pequeno Grande é,realmente, belíssima, em estilo neogótico, tendo vindo da França, muitos dos seus componentes, como sinos, vitrais, grades de ferro... Busque na Wikipédia, que terá a sua história detalhada.
      Tenha boas férias, Emília querida.
      Beijinhos,
      da Lúcia

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  5. Verdadeira antologia que nos transporta a tempos idos e nos deixa verdadeiras lições da história.
    Fico aguardando o que vem a seguir.

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  6. Meu pai transportou para o texto biográfico, todo o amor e admiração que cultivou sobre a curta vida de seu tio, que fez história em sua amada terra...
    Aguarde, Manuel, que virá mais...
    Obrigada, forte abraço

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  7. Acho que vou ficar "doutorado" em História:)!
    Excelente
    Bom fim de semana

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    1. Dar-te-ei, também, o título de "Doutr Honoris Causa",
      pelos belíssimos escritos que compartilhas com os teus leitores...
      Obrigada,Lins,
      Um abraço

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  8. É muito curioso este seu cantinho. Há aqui muito saber. Gosto muito.
    Um abraço

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    1. Obrigada, Maria da Fonte, volte sempre!
      Um forte abraço,
      da Lúcia

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  9. É curios este seu cantinho. Há aqui muito saber,
    Gosto muito.
    Beijinhos

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  10. Lucia.....em primeiro lugar muito obrigada pelas palavras gentis que voce deixou em meu blig. Voce é um anjo...
    deixei minha definição de anjo lá..

    Parabéns por resgatar um pouco da historia com estes excelentes textos e estas belas imagens!

    Quanto capricho!!

    Um beijo com amor..

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    1. Boa e querida MA,você tem mãos mágicas e coração de
      pássaro, tal a leveza de sua de suas palavras e Arte...
      Obrigada, pela presença tão carinhosa.

      Meu beijo afetuoso.

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  11. Existem paginas de história que nem todos conhecem mas que honram o nome dos nossos antepassados.
    A história do ex-seminarista e a sua revolta foi muito frequente até finais do 1980, data em que a Igreja começou a abrir-se mais e a renovar-se na formação académica e religiosa dos rapazes.

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    1. São tantas as histórias, conhecidas ou não, que nos dão satisfação conhecer...independente, de onde ocorreram.
      Boa observação, Coelho, houve muita renovação e abertura na Igreja, em muitos aspectos.

      Obrigada, por te rvindo aqui.Um abraço!

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  12. Ter vc comigo é maravilhoso! Obrigada pelo carinho e sua amizade.
    Obrigada por reservar um cantinho em sua vida. para abrigar o meu amor e carinho.
    obrigada por partilhar comigo.momentos tão sublimes nesta troca gratuita de amizade!
    Que Deus te proteja hoje e sempre.
    Obrigada também por estar sempre comigo
    em todos os momentos da minha vida.
    E através dessa magica telinha que encontrei
    alegria de viver e lutar sempre .
    Aqui tenho amigos reais por isso
    sempre digo.
    Amigos para Sempre.
    Um feliz e abençoado final de semana.
    Beijos no coração,Evanir.
    Não se esqueça que ..
    Estou seguindo -te e te amando.

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    1. Obrigada, Evanir, pela linda mensagem,
      Retribuo-lhe, todos os sentimentos expostos.
      Tenha um bom domingo e uma excelente semana.

      Obrigada, por me seguir,com o seu terno amor!
      Beijinhos,
      da Lúcia

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  13. Como sempre, seus textos são ricos em detalhes em formato q nos leva a construir a história mentalmente. Muita paz!

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    1. Sou detalhistas, me parece que por herança paterna rsrs, como também gosto de contar as histórias de família, como o meu pai o fazia...
      Muita paz, querida Denise!

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  14. "a vovó recebera o filho com os braços abertos...."
    e não podia ser diferente.

    Gostei das fotos e das charges também.

    Xêro.

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    1. Amor maternal, "não podia ser diferente"...
      Tenho tido facilidade em encontrar imagens que
      se adequam perfeitamente à algumas citações do texto.

      Bom domingo, Estela! Xêro!

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  15. Como se ama uma planta que não floriu?
    Como se ouve um coração em silêncio total?
    Como se sente uma dor que a paixão desenhou?
    Como se alcança o Sol quando o dia morreu, acabou?

    Um Outono invadiu esta ausente Primavera
    Povoei esta ilha com palavras em baixela de poesia
    Encontrei uma casa da manhã com verdade e revolta
    Construi a claridade com fogo de uma chama já morta

    Bom fim de semana

    Doce beijo

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    1. Profeta e, extraordinariamete,um grande
      poeta, que sabe cantar as belezas da natureza...

      Bom domingo, beijos!

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  16. Querida amiga é sempre um prazer enorme vir até aqui para continuar a ler a história da sua familia.
    Bom domingo
    Beijinhos
    Maria

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    1. Maria, querida amiga, gosto muito de tê-la sempre aqui, com a sua tão carinhosas palavras, apreciando as minhas histórias de família...
      Beijos,
      da Lúcia

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  17. Lúcia

    a arquitetura da loja maçónica tem semelhanças com algumas casas portuguesas...

    o tio herege e as meninas orfãs entregues às Irmãs, a saga continua!

    e gosto muito de chá-mate leão! :)


    beijinhos

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  18. É sim, Manuela. Até finais do século XIX, foram muitas as edificações semelhantes às portuguesas...
    A saga continua!
    Beijos

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  19. O Vaticano é um ninho de víboras elá se pratucam as maiores traições aos ensinamentos de Cristo.

    Aliás, é só ler "O Vaticano Contra Crsito" , escrito por menbros da Cùria,e ficamos a saber as intrigas e tudo o mais .


    Um abraço

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    1. É mesmo de estarrecer, tem coisas que nem Deus
      de tão bem forjadas, as mirabolantes tramoias, de
      há muito...

      Um abraço

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  20. Quanta coisa vais descobrindo e nós aprendendo...Lindo!beijos praianos,chica

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    1. Ainda tenho "muitos panos p'ras mangas", chica!
      Xêro litorâneo...

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  21. Ora bem mais um episódio bem ilustrado que nos transporta no tempo para uma época em que as lutas religiosas eram constantes.
    Um abraço e fico à espera.

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    1. Portugal e Brasil passaram por essas lutas religiosos,
      principalmente no período imperial.

      Aguardo você, elvira, um abraço.

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  22. Oi amiga!

    Vim para o seu café e encontro mais um primor à minha espera...o café pode esperar,a leitura não.
    Estou penalizada com o destino do pobre excomungado por uma Igreja que diferia tanto dos ensinamentos de Cristo...ainda bem que a mãe,dele se compadeceu,visto que naquela época,a palavra maior era a dos que o excomungaram...e a ela caberia acatar.

    Gostei das fotos com que ilustraste a palavra de teu pai...a Loja Maçônica,parecida com a que meu avô frequentava,em Minas Gerais e conheci através das Festas Brancas lá realizadas.

    Obrigada pela atenção às Memórias de uma Senhorinha.Muito aprecio os teus comentários,sempre pertinentes.

    Bjssssss,
    Leninha

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    1. Obrigada, por ter vindo. Adorei a sua última postagem.
      É, o pobre rapaz, não teve sorte, naquilo que pretendia.
      Partiu para a Escola Militar do Rio de Janeiro. Interessante que os últimos anos que passei no Rio, o meu local de trabalho, era quase vizinho aquele prédio, na Urca.

      Obrigada, Leninha, pelo carinho e assiduidade à Cadeirinha. Volte sempre!
      Beijos

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  23. Lúcia,
    Obrigada por ir partilhando conosco essas histórias de tempos tão idos e a postagem que faz com zelo e primor, com imagens bem selecionadas.
    Bjks doces

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    1. Extraordinária, a sua pesquisa sobre o "de marré desci"
      Obrigada, pelas palavras.
      Beijinhos

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  24. Oi Lúcia
    Já àquele tempo as charges eram engraçadas e retratava com certa ironia o cotidiano.
    Nem sempre a Igreja recolhia seus 'filhos'como Cristo pregava.Por essa razão sempre digo que nosso templo é o nosso coração.
    Belas e ricas construções, inúmeras catedrais pelo mundo afora e o que temos? quais ensinamentos ficaram?
    O mundo carece do verdadeiro templo, o que está no peito de cada um.
    Gosto de vir te ler Lucia, muito bom saber do passado e nao temer o futuro.
    boa noite, um abraço grande.

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    1. Eram muito boas, bem elaboradas, com muito detalhes, as charges.
      A Igreja cometeu incríveis erros, muitos imperdoáveis.Muita pompa, muita riqueza mal direcionadas, na maioria das vezes.
      Você tem razão, o templo de cada um é o seu coração.
      Obrigada, Lis, pelo carinho
      Um forte abraço

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  25. São tão interessantes estas histórias de tempos tão longínquos, obrigada por partilhar estas preciosidades.
    Bjs

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    1. Acabei de chegar do seu maravilhoso Perfume de Jacarandá. Lindo, o Monólogo felino!

      Obrigada, querida, pelo seu carinho!
      Beijinhos,
      da Lúcia

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  26. Que bom, obrigada!
    Vou sim, fazer-lhe uma visita, Lidi!

    Beijinhos,
    da Lúcia

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  27. E em cada capítulo, uma "nuance" com caraterísticas bem diferentes das ditas normais. E encanta-me Lúcia o estudo aturado com os pormenores das fotografias sempre pertinentes
    o que nos situa melhor no tempo.
    Mais que narradoraa, és uma verdadeira historiadora!
    Encantada
    Grande abraço, querida

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    1. Você faz observações que muito me agradam, Manu. Obrigada. Não é dificultoso, encontrar na internet imagens sobre um tema histórico tão discutido, ainda.
      Juntei a boa escrita de meu pai, feita com o amor devotado pelo tio, com essas imagens, dando um bom "casamento", parece!
      Um beijo, amiga!

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  28. Gosto da história e você a traduz com lealdade, mantendo, inclusive, a ortografia. A Igreja muito interferiu no mundo e, nem sempre, com a sabedoria da humildade. A disputa pelo poder e os acordos nem sempre levaram em conta os reais princípios que norteiam a religião em si. Bjs.

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    1. É história de vida, que muito prezo e gosto de contar, Marilene. Quando o texto é nosso, temos a liberdade de atualizá-lo. Não me achei no direito, de alterar esse, sem a "autorização" do autor...que "partiu" em 1977.
      Sua análise, sobre a Igreja, está perfeita. Beijinhos!

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  29. OI LUCIA!
    NESTA ÉPOCA A IGREJA SAIA DE SEU OBJETIVO MAIOR, QUE DEVERIA SER, LEVAR A PALAVRA DE DEUS E SE IMISCUÍA EM ASSUNTOS QUE NADA TEM A VER COM ISTO.
    TAMBÉM A MAÇONARIA TEVE SUA FORÇA NO PASSADO.
    LEGAL LUCIA, SEMPRE É BOM VIR TE VISITAR.
    ABRÇS

    zilanicelia.blogspot.com.br/
    Click AQUI

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    1. Sim, Zilani, a Igreja se desviou, em muito dos seus preceitos. Não podemos negar que existiram muitos bons ministros...Como em toda entidade, há os bons e os maus.
      O poder da Maçonaria, é inegável, está na historiografia.
      Obrigada, pela visita e comentário.
      Um abraço

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  30. Lucia,

    Tudo bem? Boa noite! Obrigada pela visita ao Navegando no Cotidiano e chegando aqui, parabenizo-a pelos escritos relevantes.

    Quanto ao texto, a ideia da intervenção da igreja, não é pela questão ideológica, mas de autopreservação e de controle. As mensagens subliminares estão até na feijoada que é um prato português com miúdos, nos fez parecer que era tipicamente brasileiro.

    Beijos e boa volta.

    Lu

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    1. Muito interessante, a parceria que sua com a Ana.
      Quanto amim, só tenho a agradecer.
      Muito boa a sua análise, a auto-preservação e controle vem desde as origens, poucos séculos, depois de Cristo.
      "Nosso" soberano, descendia de soberano português que trouxe a Corte de Portugal para o Brasil e com ela costumes, gastronomia,arquitetura...
      Gosto, não só de feijoada, mas também de sarapatel e outras heranças lusitanas...Houve mudanças, em alguns ingredientes...

      Beijinhos, volte sempre!

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  31. Lúcia, tudo bem?
    Primeiro quero te agradecer pela visita e o comentário em razão da minha parceria com a Luciana Santa Rita, gostei bastante das tuas palavras no Humoremconto, muito obrigada!

    Quanto ao teu post, excelente!
    Interessante como a história, sociologia, política, economia se misturam e interagem nos cenários, pontuando fatos e também instigando a crítica e as pessoas que viveram naquela época. As charges, de fato, estão muito boas, a do D. Pedro II, do Jornal O Mosquito, em especial, achei muito hilária!

    Época essa em que a Igreja, detentora do poder político, acima de tudo e todos, mantinha seu controle nas relações mantidas a braços juntos com a Coroa.

    Muito bom, Lúcia. Interessante teu espaço virtual!
    Voltarei mais vezes!

    Grande beijo e ótimos dias!

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    1. Que bom, Cecília, um imenso prazer, a sua vinda. Chamei-a de Ana, mas vejo que você usa o segundo nome rsrs..
      A parceria de vocês duas, como muitos afirmaram nos comentários, tem perfeita sinergia. As produções literárias irão fluir naturalmente.
      Suas observações, são pertinentes, a "parceria" da Igreja com a Coroa era patente, para manter o poder, a História nos revela bem.

      Obrigada e volte sempre.
      Grande abraço!

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  32. Lúcia querida que aula de História deliciosa, sempre aprendo e muito vindo aqui...beijinhos sempre em seu coração

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    1. Conto histórias reais, "enfeitando" um pouco...não chega a ser uma aula, tem lá um certa "didática" por eu ser professora. Agradeço sua presença e carinhoso elogio.
      Beijinhos,
      da Lúcia

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