domingo, 24 de abril de 2011

LETRAS das 7 CANÇÕES que a MAMÃE mais CANTAVA - V

Passamos do meio... esta, é a Canção de nº 5, das 7, que a mamãe
mais gostava de cantar. Antes de transcrevê-la, porém, quero lhes
mostrar a  igreja que a "viu" nascer, no antigo bairro do Outeiro,
à margem do Riacho Pajeú, em Fotaleza: Igreja do Pequeno
Grande, anexa , desde 1903, ao Colégio da Imaculada Conceição,
onde ela estudou  por alguns anos..


Foto antiga, da Igreja do Pequeno Grande,inaugurada em 1903. 
À esquerda, do templo, o Colégio da Imaculada Conceição,
onde minha mãe estudou, por alguns anos...
(Foto da Galeria de fotos do Windows) 



Foto atual, da Igreja do Pequeno Grande, com o Colégio da Imaculada Conceição.
  A igreja foi inaugurada em 1903, há mais de um século, portanto...
(Foto da Galeria  de fotos do Wimdows)



A bela Igreja do Pequeno Grande, com sua imponente arquitetura neogótica...
(Foto da Galeria de fotos do Windows)

Agora, sim, a letra da canção de nº 5, Ave-Maria,
cujo autor é Erothides Campos . Cantores
famosos, como Augusto Calheiros e Francisco Alves, a
gravaram, na primeira metade do século XX. A última
gravação, de que tenho conhecimento, foi a de Jair Rodrigues,
mais recentemente.

Letra da Canção 5

AVE-MARIA

Autor> letra e música: Erothides Campos

Cai a tarde tristonha e serena
Em macio e suave langor
Despertando em meu coração
A saudade do primeiro amor
Um gemido se esvai lá no espaço
Nesta hora de lenta agonia
Quando o sino saudoso murmura
Badaladas da Ave-Maria

Sino que tange
Para amenizar a saudade
De um tempo que vivo a sonhar
Mil ventura suave harmonia
É minh'alma ao som da Ave-Maria

Estes sons de profundo mistério
Faz pulsar meu fiel coração
Quando penso tão triste sosinho
Num passado de grata ilusão
Eu me lembro das tardes de outrora
Que contigo sonhava poesia
De um amor que fiel te jurava
Ao murmúrio da Ave-Maria

Sino que tange
Com mágoa dorida
Recordando o sonho da aurora da vida
Dai ao coração paz e harmonia
Na prece ao som da Ave-Maria

No alto do campanário
Uma cruz simboliza o passado
De um amor que já morreu
Deixando um coração amargurado
Lá no infinito azulado
Uma estrela formosa irradia
A imagem do meu paasado
Quando o sino tange Ave-Maria

******

NOTAS : 1). Na postagem do dia 16/04, passado, há um
comentário, de Vera Lúcia, em que diz ser  a canção,
O Jangadeiro, de autoria de Stefana de Macedo.
Fica aqui, portanto, o registro.
                  2). A letra da canção postada hoje, Ave-Maria,
foram gravadas, pelos cantores, contendo um menor
         número de versos. Esta versão, aqui postada, com mais versos, era a que mamãe sempre
cantava. Desconheço, qual a composição original,
criada por Erothides Campos.





Voltarei ,em breve, com a canção de nº 6................um abraço!



















24 comentários:

  1. Maravilhosa a sua homenagem à sua MÃE. Porque as MÃES são eternas.
    Um beijo.

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  2. Bom dia e Bela canção, é muito bom ouvir ou ler cançoes antigas pois nos remetem aos verdadeiros valores em que todas as familias se espelhavam e viviam de forma tranquila e feliz...Parabens e bjin

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  3. Isabel (vou "falar" apenas um, tá bem?),obrigada
    por sua visita. Vou já procurar, de onde você
    vem...pelos nomes,penso que seja do meu querido
    Portugal (?).
    Beijo.

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  4. Grata,querida. O que você
    diz é verdadeiro. Lembro-me que
    eu ficava horas ouvindo minha mãe,
    e também meu pai "cantar e cantar e cantar"...
    com diz a canção rsrs...
    Obrigada, Simone
    Beijo

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  5. Pois é, querida Lúcia, quando vocês ainda estão aproveitando o restinho de sábado, já nós estamos gastanto o domingo:)))
    Sabe uma coisa engraçada? O meu grande sonho (não realizado) era ter sido actriz de teatro. Parece que estamos em sintonia...
    E no que respeita a cantigas... a minha Mãe e o meu Pai cantavem muito, e muito bem. Pela minha parte... a modéstia não me deixaria dizer que cantava muito bem... mas como não sou modesta vou logo dizendo...Os meus pais chegaram a pensar em mandar-me aprender canto. Depois desistiram da ideia, não sei porquê, eu era pequena na altura, tinha uns 11 ou 12 anos quando ouvi falar nisso lá em casa.
    Lembro-me com os meus 15 ou 16 anos ir para a cama e continuar a cantar, deitada. Parece que tinha qq coisa dentro de mim que me obrigava a cantar. A minha Mãe tinha que me mandar calar, porque eram horas de dormir... :)
    Ainda hoje canto muito, apesar de a voz não ser nada do que era:)))
    Pus-me (indelicadamente) a falar de mim, e o post? Pois digo-lhe que o poema é muito bonito, posso imaginar como seria bom ouvi-lo cantado.
    E assim vc vai homenageando sua Mãe. Lindo, seu gesto!

    Uma semana feliz. Beijinhos

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  6. Para nossa mãe, fazemos tudo, estando ela presente ou não...você sabe, Mariazita.
    Amiga, já tinha percebido que temos um bocado em comum, nós duas. Já cantei no palco, fui "cantriz", em uma peça de Garcia Lorca - Bodas de Sangue- em que eu fazia uma mãe...cantava uma canção de ninar, numa das cenas.
    Segundo o Maestro que digia a parte musical, eu teria voz de contralto...era só estudar canto.
    Larguei o palco e fui ser só professora.

    Foi bom, conhecer mais dos seus talentos, Mariazita.
    Grata, pelo carinho
    Boa semana, beijinhos

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  7. Nossa que postagem mais linda!!
    Eu simplesmente amei seu blog.
    e já estou seguindo você com muito carinho.
    Senti uma saudade infinita dos meus pais ao ler seu poema .
    Uma linda tarde .
    Uma abençoada semana beijos e beijos,Evanir.
    www.aviagem1.blogspot.com

    www.fonte-amor.zip.net

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  8. Tudo lindo demais... Fico encantada com suas postagens. São de um lirismo sem par. Toda esse arquivo familiar merece ser passado para infinitas gerações, que certamente saberão cultivar a memória de gente tão especial.
    Bjks
    Renata http://cercaviva.blogspot.com

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  9. Olá Evanir, suas palavras carinhosas,
    para quem está começando neste ofício,
    são mesmo animadoras... fico muito grata.
    Quanto ao poema, provoca saudades sim, mas,
    veja que eu apenas o transcrevi, quem o criou
    foi Erothides Campos, no ano de 1924...uma beleza,não é?
    Obrigada, por estar na "cadeirinha", me seguindo.
    Beijinhos

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  10. Muito bom, você aqui, Guidinha querida!
    Suas palavras me deixam envaidecida e me dão ânimo para prosseguir e, quiçá, criar mais com
    o rico acervo afetivo e intelectual que possuo.
    Tento passar, ao meu modo, às novasa gerações, da família, amigos antigos e os novos, que este espaço nos permite fazer.
    Beijinhos, amiga.
    Boa e produtiva semana>>>

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  11. Devemos Preservar nossa memória.Parabenizo e Agradeço e desejamos tudo de bom para você e seus familiares.

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  12. Canção, Lúcia, que ainda hoje deve acalentar a sua alma. Beijos

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  13. Oi querida Lucia!
    Que beleza este seu post. Adorei, é lindo, se sua mãe for viva se orgulhará com sua ideia!

    Um beijão em seu coração.

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  14. Oi Lucia,passei aqui pra conhecer a sua Cadeirinha e estou encantada com a sua sensibilidade,seu apego às tradiçoes familiares,o lirismo do seu texto e as lembranças que em mim suscitaram...minha mãe também cantava esta melodia e a ouvíamos aos domingos no programa do Francisco Alves,que ela não perdia...vc me fez viajar à minha infância e adolescência nas MINAS GERAIS que tanto amo.Obrigada,amiga.Beijos,Leninha.

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  15. Devemos preservar tudo que tenha significado e impontância para nós. Ontem, fui no seu Monumento, Arquitetura e Arte:que justa homenagem ao Zé Tarcísio, pelo Salão de Abril, do qual êle sempre participa, com suas belas
    Artes Plásticas. Parabéns a êle...
    Parabéns a você, pelo excelente blog.
    Um abraço,Edimar!

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  16. Acalenta sim, Antônio, e como!!!
    Fico feliz, com o seu retorno, obrigada...
    Um beijo

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  17. José, querido, mesmo estando ausente
    da Terra, há exatos 30 anos, mamãe está
    sempre presente em meu pensamento...isto,
    será para sempre...
    Veja a minha postagem do dia 14 p.p. que
    entenderá melhor essa homenagem que venho
    fazendo há dias.
    Beijo, amigo

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  18. Olá, Leninha, obrigada pelas gentis palavras.
    Saiba que eu adoro Minas Gerais,a conheço bem,
    principalmente Juiz de Fora, onde eu ia muito, quando morava no Rio.
    Fico feliz, em ter lhe proporcionado relembrar a sua infância e adolescência, na sua terra amada.
    Beijinhos,
    Lúcia

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  19. Olá Lúcia,
    Realmente não posso passar por aqui correndo,amiga. Tenho que sentar na cadeirinha da Arruar, fechar os olhos e me embalar ouvindo a voz de minha mãe contarolamdo esta bela canção que também é parte de seu repertório.
    Musica, letra, linda, linda! e traz uma saudade imensa.
    Beijos amiga e continue com esta sua mágica de trazer o passado para o presente e tocar com sua varinha de condão os nossos corações.

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  20. Dalinha, você sempre tão gentil!
    Gostou,então, de relembrar gostosos
    momentos, em família. A música une e
    harmoniza o viver...eu, adoro. Quando
    juntamos, os irmãos, é no que mais falamos.
    Desta série, faltam duas músicas...é aguardar!
    Beijinhos...

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  21. Lúcia,

    Obrigada pela a visita no meu cantinho,sempre que quiser visitar será muito bem vinda. Gostei muito do seu comentário.
    Adorei vir aqui e poder apreciar tudo que se refere a família que é maravilhoso.
    Voltarei mais vezes.
    Tenha uma semana iluminada.
    Beijos.

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  22. Seu blog, Lucimar, é muito interessante.
    Porisso ,estou seguindo...volte, quando quiser.
    Obrigada, pelo carinho
    Beijo

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  23. Lucinha querida
    Demorei, porque tive meu filho doente. Mais uma linda canção minha conhecia.
    Vou procurar no Youtube. Depois digo mais.
    Um cheirinho de tília e beijo
    Maria

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  24. Oi, querida Maria, lamento, pelo filho...desejo que já esteja bem. Essa vc encontra, com vários cantores. A mais bonita, acho eu, é com Augusto Calheiros. Mas êle não canta todos esses versos.
    Saúde, ao filhote...
    Adorei, o cheirinho de tília
    Em Santa Catarina, há uma cidade chamada
    Três Tílias...dizem que é linda
    Mando cheiro de jasmim
    Lúcia

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