O poeta da abolição
J. PAIVA
JOÃO BRÍGIDO dos Santos (1829-1921), foi
historiador, jornalista, monarquista assumido.No entanto,
depois da Proclamação da República, tornou-se um
defensor do novo regime. (Fonte: Wikipédia).
Lamentavelmente, não disponho de foto antiga, do "ribeiro" Pajeú,
mais conhecido como Riacho Pajeú (publico fotos atuais). Há alguns
anos, a administração pública "batizou" essa praça de Parque Pajeú.
O Parque Pajeú é bastante aprazível, com relação ao paisagismo
mas, entanto, deixa muito a desejar quanto à preservação e higiene.
Vê-se,na foto, o quanto está degradado, com a poluição...
(Foto): blog Fortaleza em Fatos e Fotos)
mais conhecido como Riacho Pajeú (publico fotos atuais). Há alguns
anos, a administração pública "batizou" essa praça de Parque Pajeú.
O Parque Pajeú é bastante aprazível, com relação ao paisagismo
mas, entanto, deixa muito a desejar quanto à preservação e higiene.
Vê-se,na foto, o quanto está degradado, com a poluição...
(Foto): blog Fortaleza em Fatos e Fotos)
Parque Cocó, por onde corre o Rio Cocó....(foto: google)
Foz do Rio Cocó,em Fortaleza. (Foto: Galeria Alex Uchoa - net)
Foz do Rio Cocó,em Fortaleza. (Foto: Galeria Alex Uchoa - net)
Foz do Rio Cocó, em Fortaleza. (Foto: Galeria Alex Uchoa - net)
Foz do Rio Cocó, em Fortaleza. (Foto; Galeria Alex Uchoa - net)
Rio Cocó, em Fortaleza. (Foto; Galeria Alex Uchoa- net)
Foto mostrando o casario da ladeira que desce do planalto do, chamado outrora,
Outeiro da Prainha até a antiga Praia do Peixe, hoje Praia de Iracema. (Arquivo Nirez)
Outeiro da Prainha até a antiga Praia do Peixe, hoje Praia de Iracema. (Arquivo Nirez)
Ladeira da Prainha, vindo da Igreja de N.S. da Conceição da
Prainha, localizada no planalto do Outeiro da Prainha....(nome
do antigo bairro de Fortaleza - Foto: Arquivo Nirez).
Vê-se na foto toda a extensão da Praça Cristo Redentor, no planalto
do antigo Outeiro da Prainha, vendo-se, ao fundo, a Igreja de Nossa
Senhora da Conceição da Prainha....(Foto: Arquivo Nirez)
Monumento ao Cristo Redendor, bem próximo à
Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Prainha.
(Visite o blog, cujo site está impresso na foto acima,
para maiores informações).
Esta foto me foi cedida, por e-mail, por Fátima Garcia, dona do
blog Fortaleza em Fotos e Fatos, cujas matérias retratam, com
excelência, a Fortaleza de ontem e de hoje. Vê-se, na foto, o
Riacho Jacarecanga, aí denominado de Lago Jacarecanga....
Casarões do bairro Jacarecanga, que era considerado o
"bairro das elites"( intelectual e rica)de Fortaleza. Poso afirmar
que, realmente, haviam belas mansões, na década de 1950,
60, quando eu por lá andava....(Foto: Arquivo Nirez)
Casarão de Thomaz Pompeu Sobrinho, no bairro JACARECANGA
que foi restaurada e onde, atualmente, funciona a Escola de Artes e Ofícios
Thomaz Pompeu Sobrinho, gerida pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará.
(Site: Projeto Patrimônio Para Todos).
Foto mostrando um poluído Riacho Jacarecanga.
(Imagem cedida, por e-mail, por Fátima Garcia, do
blog Fortaleza em Fotos e Fatos).
Desenho mostrando a Igreja de Santana, no Rio de Janeiro, onde se
instalaria o Jardim da Aclamação, depois Campo de Santana e ,
posteriormente, Praça da República, (mais conhecido por Campo
de Santana. (Imagem: google).
Postal com o belo Jardim (ou Parque) da Aclamação, no Rio. de Janeiro...
Foto atual do antigo Jardim da Aclamação, hoje Praça da República, que
já foi Campo de Santana, e que, por este nome, é mais conhecido, no Rio...
O antigo JARDIM DA ACLAMAÇÃO, ocupa uma imensa quadra,
do lado da Av.Getúlio Vargas,fica em frente à Central. do Brasil, de onde
chegam e partem os trens para a zona norte do Rio de Janeiro(Foto; google)
Joaquim Manoel de MACEDO (1820-1882) ,
que bem descreveu o Rio de Janeiro em seu mais
famoso romance "A Moreninha"....
que bem descreveu o Rio de Janeiro em seu mais
famoso romance "A Moreninha"....
José de Alencar (1827 - Messejana- Ceará , 1877-
Rio de Janeiro) escritor, autor do romance IRACEMA...
Era filho de José Martiniano de Alencar (foto abaixo).
(Fonte; Wikipédi)
José Júlio Albuquerque Barros (1841, Sobral-CE-
1893, Rio de Janeiro), foi presidente da Província do
Ceará de 1878 a 1880 e da Província do Rio Grande
do Sul de 1883 a 1885). Foi BARÃO DE SOBRAL.
(Fonte: Wikipédia).
1893, Rio de Janeiro), foi presidente da Província do
Ceará de 1878 a 1880 e da Província do Rio Grande
do Sul de 1883 a 1885). Foi BARÃO DE SOBRAL.
(Fonte: Wikipédia).
Uma particularidade : João Brígido faz uma completa descrição do ribeiro Pajeú,que dividia a Fortaleza de 1810 em duas zonas distintas, a da margem direita, o planalto, conhecido por Outeiro da Prainha; e a do lado oposto, ocidental, os terrenos ligeiramente acidentados, onde se ergueu grande parte da capital, até o ribeiro da Jacarecanga. Oliveira Paiva, que morara, em conta redonda, 7 anos no Rio, tão bem descrita por Macêdo, na esplêndida maturidade do Segundo Império, e por este mais e melhor romanceado do qe por Alencar, voltava a adorar os penates e portanto escrevia:
"Por entre os coqueirais do Pajeú
Já penetrava o sol.
As cunhãs com as cuias de bejú,
As velhas rezadeiras de lençol,
Os matutos co'as cargas de farinha,
Vendedores da Feira, os da geninha
- Corrução da gostosa gengibirra -
Na hora em que se acorda e que se espirra
Saindo ao ar da frígida manhã.
Transitavam na rua:
Como transita a lua
Entre as nuvens do céu linda e louçã.
Onde foi que o Jardim da Aclamação,
No Rio de Janeiro,
Pôde mais comover o coração
- Apesar de cheirar muito a dinheiro -
Que o nosso majestoso Pajeú?
Onde contrasta a gia, o cururu,
Com o vem-vem, o canário e a patativa!
Era, não há dúvida, uma nota de saudade do tempo anterior ao Seminário, quando, chegados ao Outeiro, todos da Família Paiva de Oliveira, que o eu tio Manoel mudou logo para Oliveira Paiva ao voltar da Escola Militar, num ano de bom inverno, banhavam-se nas águas do Pajeú, ex-Marajaitiba, Ipojuca e Telha, que vinha dos lados do Cocó até a represa ou açude feita em 1836 (Senador Alencar) e reconstruída em 1878 (José Júlio)Campus ubi Troja fuit...e eu também por alí fui nado e criado, ouvindo o coaxar sinfônico dos batráquios e um rasto de cantar melodioso dos pássaros, apesar da baladeiras dos meninos do fim do século.
Vamos limitar este capítulo a um círculo de cerca de dois anos : 1883 - 1884, pois a Abolição no Ceará teve seu complemento ruidoso a 25 de Março, quando Manoel de Oliveira Paiva publicou outro poemeto que não possuo. Segundo José dos Santos (Miguel Linco, da Padaria Espiritual), em 1884, ele ao lado de João Cordeiro, Antônio Bezerra, João Lopes, Antônio Martins e outros, "trabalhava empenhadamente em prol da liberdade do escravo", e Araripe Júnior, em um artigo Um romancista do Norte, observava( no jornal Tempo, do Rio) que "nesse tumulto de entusiasmo, Oliveira Paiva extenuou-se em discursos e versos".
No grupo dos fundadores da "Sociedade Libertadora Cearense", a 8 de dezembro de 1880, impresso à página 7 do Boletim nº 3, de 21 de fevereiro de 1941, do Instituto do Ceará, 1º Centenário de Nascimento de excelso historiógrafo Antônio Bezerra, Manoel de Oliveira aparece ao lado das inolvidáveis figuras do mesmo Antônio Bezerra e de Isaac Amaral,Papi Júnior, William John Ayres, Abel Garcia, João Cordeiro, Francisco do Nascimento (Dragão do Mar), Alfredo Salgado, João Lopes,, José do Amaral e Antônio Martins. Não sabemos, por falta de dados completos, qual a posição oficial de Oliveira Paiva nesse movimento, mas o que nos parece é que naquele conjunto um pouco ampliado no número de pessoas, ele surge como uma necessidade indispensável de vincular no heróico movimento sua onimoda participação, sacrificando, à causa, grande parte de sua energia que se esgotavam já aos poucos, como veremos pelos seus restantes anos de vida...
Por J. Paiva
...continua...
3- A foto do grupo da SOCIEDADE LIBERTADORA CEARENSE,
citada no capítulo de hoje, foi publicada na postagem do Capítulo XVIII, de duas semanas atrás;
"Por entre os coqueirais do Pajeú
Já penetrava o sol.
As cunhãs com as cuias de bejú,
As velhas rezadeiras de lençol,
Os matutos co'as cargas de farinha,
Vendedores da Feira, os da geninha
- Corrução da gostosa gengibirra -
Na hora em que se acorda e que se espirra
Saindo ao ar da frígida manhã.
Transitavam na rua:
Como transita a lua
Entre as nuvens do céu linda e louçã.
Onde foi que o Jardim da Aclamação,
No Rio de Janeiro,
Pôde mais comover o coração
- Apesar de cheirar muito a dinheiro -
Que o nosso majestoso Pajeú?
Onde contrasta a gia, o cururu,
Com o vem-vem, o canário e a patativa!
Era, não há dúvida, uma nota de saudade do tempo anterior ao Seminário, quando, chegados ao Outeiro, todos da Família Paiva de Oliveira, que o eu tio Manoel mudou logo para Oliveira Paiva ao voltar da Escola Militar, num ano de bom inverno, banhavam-se nas águas do Pajeú, ex-Marajaitiba, Ipojuca e Telha, que vinha dos lados do Cocó até a represa ou açude feita em 1836 (Senador Alencar) e reconstruída em 1878 (José Júlio)Campus ubi Troja fuit...e eu também por alí fui nado e criado, ouvindo o coaxar sinfônico dos batráquios e um rasto de cantar melodioso dos pássaros, apesar da baladeiras dos meninos do fim do século.
Vamos limitar este capítulo a um círculo de cerca de dois anos : 1883 - 1884, pois a Abolição no Ceará teve seu complemento ruidoso a 25 de Março, quando Manoel de Oliveira Paiva publicou outro poemeto que não possuo. Segundo José dos Santos (Miguel Linco, da Padaria Espiritual), em 1884, ele ao lado de João Cordeiro, Antônio Bezerra, João Lopes, Antônio Martins e outros, "trabalhava empenhadamente em prol da liberdade do escravo", e Araripe Júnior, em um artigo Um romancista do Norte, observava( no jornal Tempo, do Rio) que "nesse tumulto de entusiasmo, Oliveira Paiva extenuou-se em discursos e versos".
No grupo dos fundadores da "Sociedade Libertadora Cearense", a 8 de dezembro de 1880, impresso à página 7 do Boletim nº 3, de 21 de fevereiro de 1941, do Instituto do Ceará, 1º Centenário de Nascimento de excelso historiógrafo Antônio Bezerra, Manoel de Oliveira aparece ao lado das inolvidáveis figuras do mesmo Antônio Bezerra e de Isaac Amaral,Papi Júnior, William John Ayres, Abel Garcia, João Cordeiro, Francisco do Nascimento (Dragão do Mar), Alfredo Salgado, João Lopes,, José do Amaral e Antônio Martins. Não sabemos, por falta de dados completos, qual a posição oficial de Oliveira Paiva nesse movimento, mas o que nos parece é que naquele conjunto um pouco ampliado no número de pessoas, ele surge como uma necessidade indispensável de vincular no heróico movimento sua onimoda participação, sacrificando, à causa, grande parte de sua energia que se esgotavam já aos poucos, como veremos pelos seus restantes anos de vida...
Por J. Paiva
...continua...
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NOTAS:
1- Desde o Capítulo I temos mantido a forma ortográfica de como foi escrito o texto original de J. Paiva, em 1952;
2- Trazemos, desde o primeiro capítulo, muitas imagens para que o leitor,tenha uma "visão" anterior a da descrição do texto biográfico, e para que haja uma melhor "compreensão" da época;
3- A foto do grupo da SOCIEDADE LIBERTADORA CEARENSE,
citada no capítulo de hoje, foi publicada na postagem do Capítulo XVIII, de duas semanas atrás;
4- Os três próximos capítulos trarão, como sub-título, "O assalto da idéias". Aguardo você, sempre!
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Em uma semana, estarei de volta. Um abraço!