quinta-feira, 25 de outubro de 2012

APOSENTADORIA COMPULSÓRIA


"Abre alas", vou arruar, no presente e no passado...
No dia 21 de julho último, meu único filho, Rodrigo casou-se com a Raquel.
  No lugar que seria de meu marido, Gambeta, falecido em 03\ 11\2011, está   
   o seu sobrinho mais velho,Vasco, representando a família, que é de Goa.
  Foi uma ocasião muito feliz, apesar das saudades sentidas...imensas.. 

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No século passado, em 1993, completados os anos exigidos para uma aposentadoria, requeri a minha e logo senti-me livre de cumprir,  rigorosamente, uma carga de 40 horas semanais.
A partir dessa data, passei a executar trabalhos temporários, de assessoria pedagógica, em escolas particulares do Rio de Janeiro, onde eu morava e, depois, em Fortaleza, para onde regressei em 1995, após 25 anos, distante de minha terra natal.
Assim permaneci, durante quase cinco anos. No final do ano 1997, prestei concurso para a Secretaria de Educação do Ceará, para o cargo de professora, sendo admitida, após aprovação, no início do ano seguinte, onde trabalhei por 10 anos, solicitando então, voluntariamente, a aposentadoria proporcional ao tempo trabalhado - 10 anos.
Nessa altura, eu já trabalhava vinculada à Secretaria de Educação do Município, também como professora, para jovens e adultos, desde 2001, admitida também por concurso. No total, eram 60 horas semanais de trabalho : 4 horas, em cada turno, manhã, tarde e noite...

No serviço público, é sabido e é de lei, o servidor não pode continuar trabalhando após completar 70 anos de idade. Pois é, essa dita idade, eu atingi no último dia 16 de outubro... 
Não "perdi" tempo! Já bem sedo da manhã do dia seguinte, 17, arruei pelo Benfica, apanhei o ônibus e rumei para o Departamento de Pessoal, da regional V, onde sou (era) lotada, e requeri, compelida, a tal aposentadoria compulsória, em decorrência da idade. É compulsória, mas se pede, devido à famigerada burocracia...

Agora, fecha-se (abre-se?) um novo ciclo para mim. No mês de julho passado, realizou-se o casamento de meu único filho. Há sete dias, sou uma senhora aposentada estando eu, portanto, livre para viajar e usufruir dos bons momentos de lazer que a vida me oferece...
A blogosfera, há quase dois anos, é parte integrante da minha vida, pelas amizades que venho "coletando" e pelo imenso prazer que são proporcionados  à , e da, Cadeirinha de Arruar...
...Ula, lá!!! 
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Assim sendo..."abre alas"...


Francisca Edwiges Neves Gonzaga , mais conhecida como Chiquinha Gonzaga (Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1847- Rio de Janeiro de Janeiro de 1936) foi uma compositora e pianista brasileira (saiba mais sobre a Chiquinha na Wikipédia e em muitas outras fontes, é muito rica, a sua biografia, até mini-série na TV já se fez, sobre a sua vida).
Este outro vídeo, com a música "Atraente", também de Chiquinha Gonzaga ( são inúmeras, as suas belas canções), eu trouxe até aqui, para fazer uma homenagem ao Rio de Janeiro, onde morei boa parte da minha vida (2 décadas e 1\2) , dos meus  70 anos de idade... 
  
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Na próxima semana, estarei de volta. Abraços!
......
P.S.
,

Sinto-me sensibilizada, por ter recebido o prêmio Dardos da querida amiga Eloah, do blog Além  dos Fragmentos.
Conheço as regras, mas vou "quebrá-las", sinto muito! Para indicar outros blogues, correria o imenso risco de não parecer justa, tantos são os talentosos "blogueiros" que tenho o prazer de seguir.
Obrigada, doce amiga Eloah, pela indicação.
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Até a próxima semana. Beijos!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ACEITO OU NÃO ACEITO?

QUE CAMINHO SEGUIR?

EIS O DESAFIO:

A querida amiga Olinda Melo, possuidora do finíssimo Xaile de Seda, veio à Cadeirinha de Arruar, para me propor um desafio, com regras e perguntas a seguir e a responder.
Confesso que, no primeiro instante, assustei-me, parei e vi, à minha frente, uma estrada deserta bifurcando-se. Então, me perguntei:   
- Que caminho, eu vou escolher? 
Por um acaso, naquele momento, a Ana Tereza, minha vizinha de 10 anos de idade, estava ao meu lado, acarinhando minha gata Sementinha no colo, e eu resolvi pedir a ela que apontasse qual o caminho que ela escolheria para seguir, no caso de dúvida, mostrando-lhe a imagem de uma estrada bifurcada, no meu computador: essa,  que vemos acima...
Antes, porém, eu pensei  em um não, para a estrada da esquerda, e no sim, para a  da direita. Ela apontou esta última opção...Pronto! Decidido! 
Sem mais delongas, portanto, vamos às regras e às perguntas!

REGRAS:
1- Avisar, ao blogueiro que o indicou, quando fizer o post;
2- Ser sincero/a nas respostas ou não responder;
3- Ter que fazer 5 indicações de blogues para que tenha continuidade;
4- No final da postagem, indicar um tema a quem o indicou;
5- Se for contra essas regras, recusar-se a fazer o mesmo.

PERGUNTAS:
1 - Algo que você não fala para ninguém.
R- Não existe, por enquanto, este "algo", sou "um livro aberto"...

2 -  Se você pudesse ouvir apenas uma canção no próximo mês, qual seria?
R-  "Aquarela" , ouça também, fique à vontade!

3 - Um sentimento que nunca sentiu.
R- Não me lembro de já ter sentido desprezo por alguma pessoa, procuro esquecer, quando sou magoada, por parecer o melhor "remédio"...

4 - A pessoa  mais importante para você.
R- É meu filho, Rodrigo Alboim, desde que nasceu, e por toda a minha vida...Aí está ele, cheio de charme, de palhaço estilizado, ao chegar em casa depois de uma festas das crianças no colégio, quando tinha 2 anos e 1\2...

5 - Agora, onde você queria estar?
R- Em Goa, visitando a família de meu saudoso marido, falecido em novembro do ano passado, aonde não vou desde 1992, quando estive com o meu marido, levando o Rodrigo para apresentar à avó, tios, primos e... vice-versa. De "quebra", eu  passaria por Lisboa, onde moram uma cunhada,  duas concunhadas, sobrinhos, outros parentes e amigos, muito queridos, todos...

6 - Já deram um tapa na sua bunda, gostou?
R- Não...apenas palmadinhas, na menina que desobedecia à mamãe, vez por outra...Eu não gostava, ficava triste e chorava de arrependimento, pela desobediência.

7 - Quem levaria para uma ilha deserta?
R- Acredito que uma ilha deserta ofereça muitos perigos. Sei ser prudente, fujo sempre do perigo, mesmo em boa companhia...  

8 - Quem você mandaria para o Iraque com uma camisa escrita 
"I love USA"?
R- Primeiro, eu não teria a camisa, por não amar os USA; segundo,
por seguir o princípio do respeito a qualquer nação e ao seu povo. Provocação, nem pensar, sou pela Paz, pelo Amor, reinando sobre a Humanidade!

9 -  O que deixa a sua vida de cabeça para baixo?
R-  Um grande acúmulo de tarefas que deva ser executado em prazo exíguo.

10- Se alguém lhe dissesse que você poderia realizar um sonho agora, qual seria?
                   Glauce Rocha
                                                              
                                                                          Sara Bernhardt
R- Voltar no tempo, em mais ou menos quatro décadas, e ser uma grande atriz, como a brasileira Glauce Rocha, a francesa Sarah Bernhardt ou tantas outras...

11- Algo que gostaria de fazer , mas que não tem ou teve oportunidade ?

R- Viajar pela colossal Amazônia, sobrevoando toda a sua extensão e depois navegar por seus rios e apreciar , in loco, a
pescaria de tucunarés com o retorno, de cada peixe fisgado, à água...como está no vídeo...

12- Você não sai de casa com o que?

R -Por eu ser portadora da "síndrome de Sjögren", não saio de casa 
sem um colírio lubrificante e uma garrafinha térmica com água fresquinha, a minha carteirinha de idosa, e uns "trocadinhos", para saborear um suco de cajá, ou de siriguela, de graviola ou, ainda, suco  de açaí, muricí, sapoti...etc, etc.....Preciso me hidratar !

13- Já beijou ou beijaria alguém do mesmo sexo?
R - Já beijei e vou continuar beijando (as minhas irmãs, cunhadas,  sobrinhas, nora, amigas....) Por que, não posso, não devo?

14- O que estaria fazendo se não estivesse fazendo isto?
R - Iria para os "braços de Morfeu", depois de ouvir falar tanto em sonho a realizar...afinal, já passa da meia-noite (ainda tem hífen?) e,
amanhã, tenho uma porção de tarefas a concluir...Mas, compromisso, é compromisso e prometi publicar esta entrevista logo mais, quando acordar dentro do prazo acordado... Tenho que cumprir! Sou uma pessoa "certinha", como a Olinda...rsrsrs..

15- O que está pensando agora?
R - Finalmente!!! a última pergunta!!! Ufa!!!
Agora tenho que digitar, com imenso prazer, o tema em homenagem à blogueira que me indicou: a minha querida amiga, Olinda Melo, e ao seu fascinante Xaile de Seda.

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Passo o DESAFIO, aos seguintes BLOGUES:

. Caderno Poético
. Começar de Novo
. Olhos Azuis
. Sonhos e Reflexões
. Tudo a Ver

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Dedicatória:
...para  a querida  amiga Olinda, com afeto...
...de Mário Quintana, (em clima de final de ano...para o ano novo.)

ESPERANÇA

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança,
E ela pensa que quando as sirenas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E...

- Ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada
Outra vez criança...
E em torno dela indaga o povo:
- Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)

Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam.
- O meu nome, é  ES- PE - RAN- ÇA .
(Mário Quintana)
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Na próxima semana, estarei de volta! Um abraço!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

"ÉRAMOS SEIS....ATÉ 23 de MAIO DE 1941..." :

(Dito por Maria José, minha mãe, parafraseando Dona Lola, personagem principal  do romance "ÉRAMOS SEIS", de Maria José Dupré).

 
Foto de 1939, quando a família Bezerra de Paiva ainda era composta de seis: 
sentados,José Joaquim e Maria José; em pé: José Maria, à direta da mãe; 
José Maurício, à esquerda do pai; Carlos Alberto, entre a mãe e o pai; e
Zélia Maria, no colo..... Mamãe costumava dizer:  "Na época dessa foto,
ÉRAMOS SEIS...só depois, vieram a Margarida e a Lúcia". Influência do
romance de sua homônima, acredito, que estavan  no auge, na década de 1940.
 Foi o livro de maior sucesso, de Maria José Dupré...A composição do núcleo
familiar, dos Bezerra Paiva, até 1940, era idêntica a do romance "ÉRAMOS SEIS"...
 (Foto: arcevo pessoal)...Obs: clique nas fotos, para ampliar.
Romance lançado em 1943 (acervo pessoal).
Elenco principal, da primeira versão da novela "Éramos Seis",
 transmitida pela TV Tupi, em 1977. (foto: google) 
Elenco principal, de ´"Éramos Seis", na versão de 1994, pela SBT. 
Antiga Lagoa do Garrote, no Parque da Liberdade,mais conhecido por
Parque da Criança, no centro de Fortaleza, vendo-se a Igreja do Sagrado
Coração de Jesus.  (Foto: Arquivo Nirez).
Foto aérea, de 1940, onde se vê, o Parque da Criança, ao lado esquerdo a Igreja
 Coração de Jesus. Veja que, abaixo da lagoa, destaca-se um vila de casas iguais,
que tem o nome de Vila Romero (ainda existe, totalmente descaracterizada). ...
. Na casa 76 dessa vila, moravam meus pais e os quatro filhos, até então nascidos.
 Foi lá, na VILA ROMERO, que a sete de outubro, nasceu a menina ZÉLIA...
(Foto: Arquivo Nirez)
Foto atual do Parque da Criança, tendo à frente a Igreja Coração
de Jesus (hoje denominada Santuário), modificada em sua arquitetura
por ter sofrido um desmoronamento em 1957.(Clique no arquivo,
no marcador Igreja Coração de Jesus, descrevendo o acidente).
A Vila Romero fica na rua à esquerda da Lagoa, próxima ao parque.
(Foto: google).
Vê-se, no centro do Lago, a "Ilha do Amor", onde está uma estátua
de Cupido (Foto: google)
A "Ilha do Amor" mais próxima, refletida no lago..
Eis o Cupido, que eu conheço há quase 7 décadas...todo pichado,
pelos casais de namorados...(? ).... (Foto: google)
Nesta foto,acima, estão quatro dos seis irmãos, filhos de Maria José e 
José Joaquim, e mais três sobrinhos (atrás). Em pé, no meio, Margarida
à esquerda, e Zélia... Sentados: José Maria e Lúcia (eu)...Hoje,, sou eu 
que digo :  ÉRAMOS SEIS, os filhos do papai (José Joaquim ( o J. Paiva)
e da mamãe (Maria José)...."Restam" quatro irmãos, porquanto, o José Maurício e
Carlos Alberto "partiram", deixando saudades....A vida, é mesmo assim, imprevisível... 
NOTA: Abaixo, apresentação da novela "Éramos Seis" da TV Tupy. A história de
Dona Lola, passada na São Paulo de 1920, semelhante a tantas histórias passadas
em  qualquer cidade, como Fortaleza ...(Foto do meu acervo...recente)
Em 1995, quando foi feito esse registro fotográfico, toda a família
Bezerra de  Paiva, filhos e netos, parentes e amigos se reuniu em Fortaleza,
para comemorar o Centenário de Nascimento de José Joaquim (falecido
em 1977). Nesta foto, em momento descontraído, a 5ª da esquerda é minha
 irmã Zélia Maria seguindo-se o José Maurício, o Carlos Alberto e o José Maria,
 os quatro filhos de Maria José e José Joaquim que estão na primeira foto, a de 1939
 quando o núcleo familiar era composto de seis....( Fotografia de meu acervo)..........





Há poucos dias, indo ao centro da cidade, à Rua 25 de Março, peguei o ônibus do Bairro de Fátima e desci no ponto final,  junto ao Parque das Crianças, no "coração" de Fortaleza. Contornei metade de toda a calçada (minha velha conhecida), que  circula o parque, atravessando a Rua Visconde do Rio Branco, "cortando" pela  velha Vila Romero, onde nasceu, na casa de nº 76, a minha irmã Zélia, no dia 7 de outubro de 1938. Zélia, foi a primeira filha dos meus pais, que já tinham três meninos (primeira foto).

Naquele instante, observando as grandes mudanças arquitetônicas das casas da vila, que antigamente eram todas do mesmo estilo, veio à minha memória uma série de lembranças...,

Tínhamos em casa, um antigo álbum de fotografias, com as tradicionais "cantoneiras" que prendiam as fotos em seus quatro ângulos. A foto que eu mais gostava (e ainda gosto), é a da família, com o casal (meus pais) e meus quatro irmãos: o mais velho, José Maria(1932), o José Maurício(1934-2010), o Carlos Alberto(1936-2000)e a Zélia Maria (1938). Margarida e eu, ainda não havíamos nascido, na época em que a tal foto foi registrada, em 1939.

Por vezes, ouvi minha mãe se referir a essa foto, com a frase:"Nesta época, éramos seis"!... Certamente, ela queria explicar que o seu núcleo familiar, ali retratado, ainda não estava completo...completar-se-ia, só quatro anos depois, com o nascimento de minha irmã Margarida Maria, em 1941 (única de ano ímpar), e o meu, sua caçula, em 1942, de nome Lúcia Maria. 

Em 1943, a escritora paulista, Maria José Dupré,
(mesmo nome de minha mãe) lançou aquela que seria a mais importante de suas obras, "Éramos Seis", sobre uma família paulista que era composta da mesma forma que era a de meus pais, até 1940: um casal, com quatro filhos, sendo três meninos e uma menina...

Quando completou 12 anos, minha irmã Zélia ganhou,como  presente de aniversário, o romance "Éramos seis". Naquela altura, eu então com 8 anos, já lendo  fluentemente, "devorei", com os olhos ávidos, a história de  vida de Dona Lola, a personagem principal... 

No domingo passado, dia 7 de outubro, fui abraçar a minha irmã, Zélia, pelo seu 74º aniversário, contando então para ela que, a casa onde ela nascera, na Vila Romero, Nº 76, ao lado do parque onde brincávamos em criança, foi totalmente reformada, em sua fachada. Fiquei surpresa, quando ela me apresentou uns versinhos que papai escrevera, quando a família, então de seis pessoas,  mudou-se para a Rua 25 de Março Nº 737 ,  ali bem perto, onde nasceram as duas últimas filhas, Margarida e Lúcia (eu) e que, durante toda a sua vida cantou, inúmeras vezes, usando uma melodia conhecida...

Para homenagear a Zélia, pelo seu aniversário, no último dia sete, transcrevo abaixo os singelos versos de nosso pai, para a sua filha mais velha... (das meninas!)... 

Vila Romero
Para minha filha Zélia Maria

Oh! que saudades que eu tenho
Da bela Vila Romero
Daquela linda casinha
Que eu tanto amo e venero

Em frente à bela casinha
Havia um pé de Camélia
Foi lá que a sete de outubro
Nasceu a menina Zélia

Também em frente à casinha
Havia um jardim inglês
E o número da casinha
Era o setenta e seis

Ficava perto do parque
Onde mora a seriema
E bem pertinho da praça
Pra gente ir ao cinema
Por José Paiva  
  

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Imagens: acervo próprio e google.


Estarei de volta, na próxima semana..........Um abraço!



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O NORDESTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE JULHO DE 1952

MANOEL DE OLIVEIRA PAIVA (XXV)
O romancista e o maestro
J. Paiva
Maestro Alberto Nepomuceno (Fortaleza, 1864- Rio de Janeiro-1920)
Maestro Alberto Nepomuceno.
Maestro Alberto Nepomuceno.
Foto antiga da Avenida Alberto Nepomuceno,no centro de Fortaleza.
Foto atual da Av. Alberto Nepomuceno, em Fortaleza, vendo-se
ao lado esquerdo o Mercado Central tendo ao fundo as torres da
da Catedral (Sé).
Monumento que homenageia o Maestro Alberto Nepomuceno,
localizada no início da avenida que tem o seu nome, em Fortaleza.  
Prédio da Escola de Música da Universidade Federal 
do Rio de Janeiro (UFRJ), da qual foi Diretor o Maestro
 Alberto Nepomuceno,de 1902 a 1903 e de 1906 a 1916.
Na Escola de Música da UFRJ, encontra-se a Biblioteca
Alberto Nepomuceno..., cujo" logotipo" do site, vai postado a seguir...

Romancista Manoel de Oliveira Paiva (Fortaleza,1861- 
Fortaleza- 1892), tio materno do Maestro Alberto Nepomuceno.
À esquerda, Manoel de Oliveira Paiva ao lado do
de seu amigo de letras e lutas, Antônio Martins.
Avenida Oliveira Paiva, localizada na zona sul de Fortaleza.
Avenida Oliveira Paiva - zona sul de Fortaleza, capital de Ceará.
João Francisco de Oliveira (São Miguel dos 
Açores, ? - Fortaleza, 1871), foi escultor, fotógrafo,
agrimensor, marcineiro, fabricante de órgãos( para igrejas).. Pai de 
Manoel, avô de Alberto, avô de José Joaquim (J. Paiva) e... meu bisavô...
 
Maria Isabel, mãe de Manoel de Oliveira Paiva,
com a sua neta Jacinta, única filha de Manoel,que
tinha 10 meses quando o pai faleceu (1892).Alberto 
Nepomuceno era filho de sua enteada, Maria Virgínia,
irmã, por parte de pai, de Manoel de Oliveira Paiva, de
 minha avó, Rosa de Oliveira Paiva. e mais 6 filhos. A primeira
esposa de João Francisco de Oliveira, Emília Jacinta (açoriana), teve
 duas filhas: Maria Virgínia e Joana. Joana era mãe Tereza e avó de Jacinta
(a menina da foto). Tereza, portanto, era sobrinha e esposa de Manoel de Oliveira
 Paiva. Joana, era tia materna de Alberto Nepomuceno. Maria Isabel foi minha bisavó...
Primeira edição de Dona Gudinha do Poço,
publicada pelas Edições Saraivas, em 1962,
60 anos após a morte do escritor....
Obs.: Pelo tempo transcorrido, a sua obra
 tornou-se de "DOMÍNIO PÚBLICO"... 
Abaixo, seguem-se imagens de algumas 
edições já publicadas, por outras editoras....







Lúcia Miguel Pereira (Barbacena, MG,1901-
Rio de Janeiro,1959). Escritora e crítica,
prefaciou os dois romances de Manoel de
Oliveira Paiva :" Dona Guidinha de Poço" e 
"A Afilhada" , em suas primeiras edições.
Primeira  edição do romance A Afilhada (1961).
com um extenso prefácio da escritora e crítica 
literária, Lúcia Miguel Pereira .
Este romance; havia sido publicado em "folhetim",
no jornal A Quinzena, ainda em vida do autor (1891).

José Ramos Tinhorão(Santos-SP, 1928), jornalista, escritor e crítico 
de música popular brasileira .
Rolando Morel Pinto, reuniu toda a obra de
Manoel de Oliveira Paiva, (romances, contos
poesias) no livro"Obra Completa de Manoel de
Oliveira Paiva" além de livro acima, sobre o autor.
José Joaquim de Oliveira Paiva (Fortaleza,1895-1977),
jornalista, líder católico,sobrinho materno de Manoel de Oliveira Paiva ,
autor da biografia, cujo último capítulo vai hoje publicado, é meu pai....



(...continuação...)
Na fotografia -típica a que nos referimos, vemos, dentre outros o professor de música Alberto Nepomuceno, filho do Maestro Vitor Nepomuceno,  e o nosso biografado Manoel de Oliveira Paiva.

Vitor Nepomuceno, adotado como filho por Antônio Raposo, primo de meu avô João Francisco de Oliveira, pai de Manoel de Oliveira Paiva, casou-se com uma irmã deste pelo lado paterno, sendo porém Alberto seu sobrinho. 

Aos seus tios João e Manoel de Oliveira Paiva deveu Alberto Nepomuceno, em parte, ter podido elevar-se na Arte que abraçou. Tendo encontrado na família de João Francisco de Oliveira o ambiente propício que lhe despertou a vocação musical, no entanto Vitor Nepomuceno tornou-se um perfeito boêmio, e naquela época (1888) sua esposa, (minha tia) e a filha já residiam em Recife onde ele foi morrer. Por intermédio de uma das manas Irmãs de Caridade, os dois irmãos Oliveira Paiva obtiveram o regresso de ambas para Fortaleza, tomando-as sob sua guarda. A irmã de Alberto Nepomuceno, Emília, casou-se com Alcides Brasil de Matos, pai do saudoso jornalista e educador Alcides Montano, sendo seus filhos Luiz e Francisco Nepomuceno de Matos, residentes em Fortaleza.

Alberto Nepomuceno seguira para o Rio de Janeiro, de onde descortinou logo sua gloriosa carreira artística, à qual não faltariam desgostos íntimos, coroando a sua vida por uma edificante morte, "deixando, como diz o Barão de Studart, mãe e irmã aos cuidados de um tio". Durante algum tempo residiu Alberto Nepomuceno na Casa Velha do Outeiro, enquanto "decidido a viajar e a conhecer a música nos seus centros de maior cultura e aproveitamento, dava seus concertos no nosso Clube Iracema em que mais de uma vez os laureados artistas (ele e Frederico Nascimento) foram devidamente aplaudidos e saudados pelo que de mais seleto a sociedade cearense".

Num dos apartamentos da residência do Outeiro, a velha casa de taipa, moravam, com os mais da família, além de Manoel e João de Oliveira Paiva, meus tios; Alberto Nepomuceno, eu primo e Manoel de Castro Paiva, meu tio pelo lado paterno, em certo tempo no futuro figura saliente da Lábrea, ao lado do Monsenhor Francisco Leite Barbosa. Era a mamãe, Rosa de Oliveira Paiva, irmã e prima dos quatro, privada de continuar seus estudos na Escola Normal, por suas ocupações domésticas, quem para todos cozinhava e engomava. Ela muitas vezes nos contara esta silenciosa e solicita coadjuvação ao irmão que somente muito de sua morte teria seu nome consagrado nas letras nacionais e ao sobrinho de cuja consagração vinha tendo conhecimento. Nas suas conversações no último ano de vida (1951), às vezes lhe viam aos lábios os nomes do "Vitor", do "João" do "Manoel" e do "Alberto"  êstes dois o romancista e o maestro a quem, como irmã, tia e arrumadeira da casa, solicitamente servira em anos que haviam ficado para trás, reduzida agora à solidão dos seus 85 anos...
Por J.Paiva
..."FIM"...


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Notas:
1- Em todos os capítulos da biografia escrita por J. Paiva, até então publicados neste espaço, foi mantida a ortografia original
do texto escrito em 1952;

2- Foi feita uma exaustiva pesquisa, para complementar o  que foi escrito há 60 anos, ilustrando-o, a fim de contextualizá-lo com o ambiente da época narrada ( homens e fatos) ,trazendo-o, de certa forma, para o momento presente para que fosse melhor apreciado;

3- É minha intenção trazer em breve,a este espaço, um pouco da vida e obra do Maestro Alberto Nepomuceno, cuja mãe, Maria Virgínia, era irmã de minha querida avozinha Rosa, para quem dediquei uma postagem..em outubro de 2011...(é só clicar no marcador Laranja Da Terra, no arquivo, caso lhe interesse uma receita de laranja da terra...e apreciar a bela compoteira que ela deixou de herança...

4- FONTES: Wikipédia, google, acervo pessoal.
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Volto, em uma semana...........um abraço!